A campanha eleitoral pega fogo antes mesmo de começar com força total. Ontem, nos minutos finais do prazo de registro de candidaturas individuais, a Executiva Estadual do PMDB decidiu fazer o requerimento de registro de candidatura para a segunda vaga ao Senado Federal. O segundo candidato peemedebista, que estará na chapa ao lado do deputado federal Jader Barbalho, é José Nazareno Sanches da Silva, 2º Tesoureiro da legenda e funcionário da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Estado.
O ilustre desconhecido também já foi 2º suplente de senador as eleições de 2002. Nazareno terá como 1ª suplente a advogada e ex-presidente da Paratur, Ann Pontes. A segunda suplência foi ocupada por Roberto Zahluth de Carvalho, advogado que hoje ocupa o cargo de secretário-adjunto do partido.
O lançamento da segunda vaga ao Senado pelo PMDB tem dois significados. O primeiro deles é que o partido se viu ameaçado, de alguma forma, pela candidatura registrada pelo PTB do empresário Fernando Yamada. Ao preencher a segunda vaga ontem, o PMDB também estaria rompendo um acordo tácito e "branco" com o PT, para que o segundo voto dos peemedebistas migrassem ao deputado federal Paulo Rocha (PT) e vice-versa.
Para alguns, há um recado claro no lançamento mesmo de um candidato "laranja" ao Senado Federal. O PMDB não quer acordo com o PT num eventual segundo turno das eleições. A coordenação da campanha da governadora Ana Júlia disse que não encara com surpresa a decisão do PMDB. "Não tem surpresa porque um partido que participou de todo o governo e que nós cumprimos nosso acordo, elegendo o presidente da Assembleia Legislativa por duas vezes, e depois esse partido lançar candidato a governador, não pode esperar surpresa. Eu não fico surpreso como coordenação de campanha", declarou André Farias.
PASSIVIDADE
Ele pontuou que o PT não tem a menor preocupação com a segunda vaga do PMDB e que vai mostrar à população, através do programa de televisão, de reuniões com a base social, com empresários, partidos, que tem a melhor chapa majoritária tanto para governo quanto para Senado. "Não concordamos com a passividade que hoje tem o Senado. Temos senadores que votaram contra a CPMF e o Pará perdeu recursos com isso", disse.
O PT, segundo André Farias, tentou de todas as formas a aproximação com o PMDB. Ele informou que desde o princípio a legenda sempre quis ampliar a coligação e iniciou a conversa com o PMDB para lançar a segunda vaga ao Senado Federal com os peemedebistas.
A inclusão de José Nazareno Sanches da Silva como candidato ao Senado muda uma estratégia que as duas principais coligações que concorrem ao governo do Estado adotaram, a partir do anúncio de que o PMDB teria uma chapa com apenas um concorrente a senador. Exatamente por isso, hoje, o dia será de reviravolta na Frente Popular Acelerá Pará (PT, PR, PP, PSB, PV, PCdoB, PTB, PRB, PSC, PHS, PTC, PTN, PTdoB e PDT) e na Juntos com o Povo (PPS, PMN, PRP, PSDC e PRTB). Aliás, as duas coligações devem avaliar hoje a decisão do PMDB e pode, se for o caso, também poderão optar por lançar um segundo candidato com a mudança de conjuntura política.
PT insiste na tese de que candidaturas individuais contrariam a lei
O PT analisa hoje com muito mais carinho, cuidado e zelo o nome do empresário Fernando Yamada para a briga por uma vaga ao Senado Federal. Não é por acaso. O partido, que estava em pé de guerra com PTB, PV e PSB pelo lançamento individual de candidaturas ao Senado Federal fora da coligação Frente Popular Acelera Pará, ontem à noite passou a querer resolver a divergência interna da aliança desde que tomou conhecimento do registro do segundo candidato a senador pelo PMDB.
Ontem pela manhã, o cenário era outro. O presidente da legenda, João Batista Barbosa da Silva, fez contato com os presidentes de PTB, PV e PSB para informar sobre a existência de um parecer jurídico, assinado pelo advogado Inocêncio Mártires, que derruba a tese de candidaturas individuais para o Senado Federal.
A tese descrita em um parecer jurídico mostra que a ata da coligação não previu que as legendas, individualmente, pdoeriam lançar candidaturas avulsas para o cargo. E o pior - o documento expõe que a coligação havia decidido não ocupar a segunda vaga. Por isso a única hipótese vislumbrada no parecer é o lançamento de apenas uma candidatura dentre as três existentes, porque os partidos só teriam direito à chamada vaga remanescente, que é justamente a vaga não preenchida pela coligação.
O entendimento é que se há uma coligação formada por 14 partidos, as legendas perdem o direito de decidir por si mesmas e essa condição passa a ser da coligação. O parecer mostra que não se pode coligar pela metade ou fracionar a coligação, com base em consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), efetivada pelo senador Francisco Dorneles.
O argumento politicamente correto da coligação Frente Popular Acelera Pará é que a coligação teme que os registros das candidaturas ao Senado Federal de Fernando Yamada pelo PTB, Rosineide Souza pelo PSB e Anivaldo Lima, o Savanas, pelo PV, sejam indeferidos. Mas por trás desse argumento há uma declaração que teria sido feita em reunião com esses partidos, no hotel Regente, em que o deputado federal Paulo Rocha afirmou que o lançamento de outras candidaturas ao Senado enfraqueceria a sua própria candidatura.
O coordenador geral da campanha à reeleição da governadora Ana Júlia Carepa (PT), André Farias, admitiu que a coligação pode absorver um dos três que disputam pelo PTB, PV e PSB para ocupar a segunda vaga. Ontem mesmo o empresário Fernando Yamada participou de reuniões com o objetivo de obter apoio.
INTROMISSÃO
André Farias disse que o contato feito com os presidentes de partidos sobre a interpretação do parecer não foi uma tentativa de o PT se intrometer na decisão de cada um deles. "Poderíamos ter feito antes, mas respeitamos. Já tínhamos levantado essa hipótese da inviabilidade dessas candidaturas. Os presidentes preferiram correr o risco", observou.
Mesmo com a publicação hoje pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará da lista em Diário Oficial Eletrônico com os candidatos registrados às eleições 2010, o prazo para inclusão de registros vai até o dia 10. Não é ideia do PT esperar. "Queremos apresentar logo para a sociedade a nossa cara", ponderou o coordenador geral da campanha da governadora. Ele informou que qualquer decisão só virá depois que a coligação tiver "segurança jurídica" para se posicionar, a fim de fazer a alteração e lançar dois candidatos a senador.
Tanto PTB, quanto PV e PSB sustentam que estão amparados pelas consultas de números 23.261 e 72971, feitas pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em que ele questionou ao TSE se os partidos A, B, C, D e E poderiam ter candidatos isolados a Senado Federal e a resposta teria sido "sim".
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O PMDB reúne hoje, às 19h, no Pará Clube, 40 candidatos a deputado estadual e 19 a federal para prestar esclarecimentos sobre propaganda eleitoral e prestação de contas. O encontro está sendo coordenado pelo Departamento Jurídico do partido e vai contar com a participação de um contador para os esclarecimentos e orientações que devem ser observadas durante e após a campanha deste ano, segundo o advogado Roberto Zahluth.
Amanhã, a governadora Ana Júlia Carepa, que concorre à reeleição pela Frente Popular Acelera Pará, participa de reunião com todos os candidatos do PRB, no hotel Regente, às 19s. O encontro servirá para que a candidata faça um balanço da primeira gestão, com o objetivo de nivelar os candidatos da legenda em relação ao governo.
A primeira agenda fora do Estado como candidata foi cancelada. Ana Júlia Carepa vai participar do encerramento da Exposição e Feira Agropecuária de Marabá no sábado, 10, mas apenas como governadora do Estado. O coordenador da campanha informou que a coligação preferiu esperar a emissão do CNPJ para deflagrar as ações propriamente de campanha e não incorrer em erros que poderão prejudicar a candidatura.
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• Fiscalizar é desafio para o Ministério Público
• Duciomar defende o projeto das PPPs
• Idesp premiará teses sobre gerenciamento
• Preços em geral são maiores no Pará
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O ilustre desconhecido também já foi 2º suplente de senador as eleições de 2002. Nazareno terá como 1ª suplente a advogada e ex-presidente da Paratur, Ann Pontes. A segunda suplência foi ocupada por Roberto Zahluth de Carvalho, advogado que hoje ocupa o cargo de secretário-adjunto do partido.
O lançamento da segunda vaga ao Senado pelo PMDB tem dois significados. O primeiro deles é que o partido se viu ameaçado, de alguma forma, pela candidatura registrada pelo PTB do empresário Fernando Yamada. Ao preencher a segunda vaga ontem, o PMDB também estaria rompendo um acordo tácito e "branco" com o PT, para que o segundo voto dos peemedebistas migrassem ao deputado federal Paulo Rocha (PT) e vice-versa.
Para alguns, há um recado claro no lançamento mesmo de um candidato "laranja" ao Senado Federal. O PMDB não quer acordo com o PT num eventual segundo turno das eleições. A coordenação da campanha da governadora Ana Júlia disse que não encara com surpresa a decisão do PMDB. "Não tem surpresa porque um partido que participou de todo o governo e que nós cumprimos nosso acordo, elegendo o presidente da Assembleia Legislativa por duas vezes, e depois esse partido lançar candidato a governador, não pode esperar surpresa. Eu não fico surpreso como coordenação de campanha", declarou André Farias.
PASSIVIDADE
Ele pontuou que o PT não tem a menor preocupação com a segunda vaga do PMDB e que vai mostrar à população, através do programa de televisão, de reuniões com a base social, com empresários, partidos, que tem a melhor chapa majoritária tanto para governo quanto para Senado. "Não concordamos com a passividade que hoje tem o Senado. Temos senadores que votaram contra a CPMF e o Pará perdeu recursos com isso", disse.
O PT, segundo André Farias, tentou de todas as formas a aproximação com o PMDB. Ele informou que desde o princípio a legenda sempre quis ampliar a coligação e iniciou a conversa com o PMDB para lançar a segunda vaga ao Senado Federal com os peemedebistas.
A inclusão de José Nazareno Sanches da Silva como candidato ao Senado muda uma estratégia que as duas principais coligações que concorrem ao governo do Estado adotaram, a partir do anúncio de que o PMDB teria uma chapa com apenas um concorrente a senador. Exatamente por isso, hoje, o dia será de reviravolta na Frente Popular Acelerá Pará (PT, PR, PP, PSB, PV, PCdoB, PTB, PRB, PSC, PHS, PTC, PTN, PTdoB e PDT) e na Juntos com o Povo (PPS, PMN, PRP, PSDC e PRTB). Aliás, as duas coligações devem avaliar hoje a decisão do PMDB e pode, se for o caso, também poderão optar por lançar um segundo candidato com a mudança de conjuntura política.
PT insiste na tese de que candidaturas individuais contrariam a lei
O PT analisa hoje com muito mais carinho, cuidado e zelo o nome do empresário Fernando Yamada para a briga por uma vaga ao Senado Federal. Não é por acaso. O partido, que estava em pé de guerra com PTB, PV e PSB pelo lançamento individual de candidaturas ao Senado Federal fora da coligação Frente Popular Acelera Pará, ontem à noite passou a querer resolver a divergência interna da aliança desde que tomou conhecimento do registro do segundo candidato a senador pelo PMDB.
Ontem pela manhã, o cenário era outro. O presidente da legenda, João Batista Barbosa da Silva, fez contato com os presidentes de PTB, PV e PSB para informar sobre a existência de um parecer jurídico, assinado pelo advogado Inocêncio Mártires, que derruba a tese de candidaturas individuais para o Senado Federal.
A tese descrita em um parecer jurídico mostra que a ata da coligação não previu que as legendas, individualmente, pdoeriam lançar candidaturas avulsas para o cargo. E o pior - o documento expõe que a coligação havia decidido não ocupar a segunda vaga. Por isso a única hipótese vislumbrada no parecer é o lançamento de apenas uma candidatura dentre as três existentes, porque os partidos só teriam direito à chamada vaga remanescente, que é justamente a vaga não preenchida pela coligação.
O entendimento é que se há uma coligação formada por 14 partidos, as legendas perdem o direito de decidir por si mesmas e essa condição passa a ser da coligação. O parecer mostra que não se pode coligar pela metade ou fracionar a coligação, com base em consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), efetivada pelo senador Francisco Dorneles.
O argumento politicamente correto da coligação Frente Popular Acelera Pará é que a coligação teme que os registros das candidaturas ao Senado Federal de Fernando Yamada pelo PTB, Rosineide Souza pelo PSB e Anivaldo Lima, o Savanas, pelo PV, sejam indeferidos. Mas por trás desse argumento há uma declaração que teria sido feita em reunião com esses partidos, no hotel Regente, em que o deputado federal Paulo Rocha afirmou que o lançamento de outras candidaturas ao Senado enfraqueceria a sua própria candidatura.
O coordenador geral da campanha à reeleição da governadora Ana Júlia Carepa (PT), André Farias, admitiu que a coligação pode absorver um dos três que disputam pelo PTB, PV e PSB para ocupar a segunda vaga. Ontem mesmo o empresário Fernando Yamada participou de reuniões com o objetivo de obter apoio.
INTROMISSÃO
André Farias disse que o contato feito com os presidentes de partidos sobre a interpretação do parecer não foi uma tentativa de o PT se intrometer na decisão de cada um deles. "Poderíamos ter feito antes, mas respeitamos. Já tínhamos levantado essa hipótese da inviabilidade dessas candidaturas. Os presidentes preferiram correr o risco", observou.
Mesmo com a publicação hoje pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará da lista em Diário Oficial Eletrônico com os candidatos registrados às eleições 2010, o prazo para inclusão de registros vai até o dia 10. Não é ideia do PT esperar. "Queremos apresentar logo para a sociedade a nossa cara", ponderou o coordenador geral da campanha da governadora. Ele informou que qualquer decisão só virá depois que a coligação tiver "segurança jurídica" para se posicionar, a fim de fazer a alteração e lançar dois candidatos a senador.
Tanto PTB, quanto PV e PSB sustentam que estão amparados pelas consultas de números 23.261 e 72971, feitas pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em que ele questionou ao TSE se os partidos A, B, C, D e E poderiam ter candidatos isolados a Senado Federal e a resposta teria sido "sim".
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O PMDB reúne hoje, às 19h, no Pará Clube, 40 candidatos a deputado estadual e 19 a federal para prestar esclarecimentos sobre propaganda eleitoral e prestação de contas. O encontro está sendo coordenado pelo Departamento Jurídico do partido e vai contar com a participação de um contador para os esclarecimentos e orientações que devem ser observadas durante e após a campanha deste ano, segundo o advogado Roberto Zahluth.
Amanhã, a governadora Ana Júlia Carepa, que concorre à reeleição pela Frente Popular Acelera Pará, participa de reunião com todos os candidatos do PRB, no hotel Regente, às 19s. O encontro servirá para que a candidata faça um balanço da primeira gestão, com o objetivo de nivelar os candidatos da legenda em relação ao governo.
A primeira agenda fora do Estado como candidata foi cancelada. Ana Júlia Carepa vai participar do encerramento da Exposição e Feira Agropecuária de Marabá no sábado, 10, mas apenas como governadora do Estado. O coordenador da campanha informou que a coligação preferiu esperar a emissão do CNPJ para deflagrar as ações propriamente de campanha e não incorrer em erros que poderão prejudicar a candidatura.
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Fonte: www.orm.com.br/oliberal/
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