Na entrada da Escola Classe Jardim Botânico, nos arredores de Brasília, um painel mostra crianças brincando sob a faixa: "Aqui se educa com carinho e educação". Dentro, porém, a realidade hoje mostrava servidores perplexos e crianças assustadas. As aulas acabaram mais cedo. No dia anterior, a professora Fátima Maria Gomes Bordini, de 49 anos, havia sido levada da sala para a delegacia, presa por abusos contra um menor.
A vítima, I.S., de 5 anos, é um menino hiperativo que recebe acompanhamento psicológico desde o ensino infantil. Ouvida, a professora disse que ele estava impossível e quis dar "um corretivo" para acalmá-lo. A polícia apurou que ela amarrou o garoto à cadeira no canto da sala e, com a mesma fita adesiva, tapou a boca dele. Em seguida, continuou dando aula, enquanto I S. soluçava.
Quando passava nas salas para distribuir o lanche, a copeira se assustou com a cena e comunicou a direção da escola, que imediatamente soltou a criança e convocou uma reunião do conselho escolar, integrado por professores e representantes dos pais. Só então a professora teria se dado conta do erro e reconhecido que havia se excedido. Disse, então, que pediria desculpas à família. Mas não funcionou. A mãe Terezinha Maria da Silva exigiu providências legais, e a diretora Melina Melara procurou a polícia.
Fátima foi levada presa pelo Batalhão Escolar, prestou depoimento e foi liberada à noite, após assinar termo circunstanciado. A secretaria de Educação afastou a professora das atividades e abriu sindicância. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente indiciou a professora por maus tratos, constrangimento ilegal e por ter submetido a criança a vexame - crimes pelos quais pode pegar até quatro anos de reclusão, disse a delegada Alessandra Figueiredo. "Ela sabe que errou e terá de arcar com as consequências perante a lei."
A delegacia recebeu hoje telefonemas anônimos de pessoas que, se dizendo pais de outras crianças, relataram casos de comportamento agressivo da professora. A delegada apelou para que as pessoas formalizem queixa ou mandem provas, mesmo que anonimamente, porque os dados recolhidos até agora indicam que Fátima era uma professora dedicada. "Nada, porém, justifica tamanho absurdo."
Fátima já tinha completado 30 anos de trabalho e cumpria seu último ano de magistério antes da aposentadoria. Mesmo que seja punida com pena branda, um prejuízo já está confirmado: a aposentadoria será adiada porque, conforme a lei, ela só obtém o benefício após cumprir a condenação.
A mãe levou o menino para a primeira de uma série de avaliações psicológicas. Ela não quer tirar I.S. da escola por motivos práticos, mas só o laudo psicológico indicará se a criança deve ser transferida ou não. A professora, porém, já foi desligada da escola pela Secretaria de Educação e provavelmente nunca mais volte a uma sala de aula.
(Agência Estado)
A vítima, I.S., de 5 anos, é um menino hiperativo que recebe acompanhamento psicológico desde o ensino infantil. Ouvida, a professora disse que ele estava impossível e quis dar "um corretivo" para acalmá-lo. A polícia apurou que ela amarrou o garoto à cadeira no canto da sala e, com a mesma fita adesiva, tapou a boca dele. Em seguida, continuou dando aula, enquanto I S. soluçava.
Quando passava nas salas para distribuir o lanche, a copeira se assustou com a cena e comunicou a direção da escola, que imediatamente soltou a criança e convocou uma reunião do conselho escolar, integrado por professores e representantes dos pais. Só então a professora teria se dado conta do erro e reconhecido que havia se excedido. Disse, então, que pediria desculpas à família. Mas não funcionou. A mãe Terezinha Maria da Silva exigiu providências legais, e a diretora Melina Melara procurou a polícia.
Fátima foi levada presa pelo Batalhão Escolar, prestou depoimento e foi liberada à noite, após assinar termo circunstanciado. A secretaria de Educação afastou a professora das atividades e abriu sindicância. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente indiciou a professora por maus tratos, constrangimento ilegal e por ter submetido a criança a vexame - crimes pelos quais pode pegar até quatro anos de reclusão, disse a delegada Alessandra Figueiredo. "Ela sabe que errou e terá de arcar com as consequências perante a lei."
A delegacia recebeu hoje telefonemas anônimos de pessoas que, se dizendo pais de outras crianças, relataram casos de comportamento agressivo da professora. A delegada apelou para que as pessoas formalizem queixa ou mandem provas, mesmo que anonimamente, porque os dados recolhidos até agora indicam que Fátima era uma professora dedicada. "Nada, porém, justifica tamanho absurdo."
Fátima já tinha completado 30 anos de trabalho e cumpria seu último ano de magistério antes da aposentadoria. Mesmo que seja punida com pena branda, um prejuízo já está confirmado: a aposentadoria será adiada porque, conforme a lei, ela só obtém o benefício após cumprir a condenação.
A mãe levou o menino para a primeira de uma série de avaliações psicológicas. Ela não quer tirar I.S. da escola por motivos práticos, mas só o laudo psicológico indicará se a criança deve ser transferida ou não. A professora, porém, já foi desligada da escola pela Secretaria de Educação e provavelmente nunca mais volte a uma sala de aula.
(Agência Estado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário