quarta-feira, 6 de abril de 2011

Ibama apreende 1,6 mil cabeças de gado no Pará.

Fiscais do Ibama ocupam desde quinta-feira, 31 de março, três fazendas que criavam gado em áreas desmatadas e embargadas no sudeste e sudoeste do Pará. A ação faz parte da operação Disparada, que combate a pecuária ilegal em cinco regiões da Amazônia Legal localizadas no Pará, Mato Grosso e Amazonas. Na frente paraense, até o momento, cerca de 1,6 mil cabeças de gado foram apreendidas em Cumaru do Norte (500 bois), São Félix do Xingu (200) e Altamira (900). Em toda a Amazônia, o número chega a 4,5 mil animais. O gado flagrado nas áreas ilegais será doado ao Programa Fome Zero, do Ministério do Desenvolvimento Social. "A operação quer mostrar ao produtor rural que não se admite mais a pecuária em área desmatada ilegalmente, quem não respeitar os embargos e não se adequar está sob o risco de ter o rebanho apreendido", diz o chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama no Pará, Paulo Maués. Além de perder o gado, os proprietários que descumprirem os embargos serão multados em R$5 mil por cada hectare onde impediram, com o pastoreio, a regeneração da floresta, e entre R$10 mil e R$1 milhão pelo não atendimento à notificação para a retirada dos animais da área proibida. PERDAS Os fiscais chegaram de helicóptero a uma propriedade multada em R$1,6 milhão, em 2006, por ter derrubado mais de mil hectares de floresta, em Cumaru do Norte, a 170 km de Redenção. A atividade pecuária estava proibida na área, mas o fazendeiro não respeitou o embargo. Para apreender os cerca de 500 animais flagrados pastando no local, o Ibama usou até cavalos. O responsável pela infração foi multado em R$5,3 milhões, por impedir a regeneração da floresta, e em R$200 mil, por não atender a notificação do Ibama para a saída dos animais. Mais 200 cabeças de gado foram flagradas sendo criadas em uma área embargada de 343 hectares, desde 2010, em São Félix do Xingu. O responsável foi multado em R$1,7 milhão por impedir a regeneração da floresta. PROTESTO Os manifestantes que ocupavam o escritório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Novo Progresso (PA) fizeram um acordo, mediado pela prefeita e vereadores do município, e liberaram o escritório. A invasão do escritório do Ibama começou por volta as 11 horas de ontem (4) por produtores rurais e, segundo o jornal Folha do Progresso, logo ganhou apoio de grande parte da população local. O jornal estima que cerca de 500 pessoas participaram da manifestação. Durante a invasão, o grupo amarrou com cabos de aço um helicóptero do Ibama usado como apoio aéreo na fiscalização. O grupo protesta contra a operação "Disparada", do Ibama, que visa apreender gado criado ilegalmente. Segundo o instituto ambiental, a invasão ocorreu após a apreensão de 891 cabeças de gado e aplicação de multa de R$ 6,7 milhões em uma propriedade da região. Segundo a reportagem da Folha do Progresso, os manifestantes saíram do escritório após conversar com o coordenador da operação Disparada, Bruno Barbosa, por telefone. O Ibama informou aos manifestantes que não irá recuar quanto à operação, mas aceitou ir ao município para negociar com o grupo. Além disso, a Polícia Federal foi acionada para abertura do inquérito, e vai verificar possíveis danos ao patrimônio público e ao helicóptero Fonte: Redacão Ecoamazônia

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