terça-feira, 20 de setembro de 2011

Estupro de menina em cadeia leva a demissões no PA.

O governador paranense

Simão Jatene (PSDB) mandou exonerar o diretor e 20 agentes penitenciários de uma colônia agrícola prisional de Santa Isabel do Pará.

Nessa cadeia, assentada em município com nome de santa, uma menina de 14 anos foi estuprada por dententos durante quatro arrastados dias.

Diz-se que a adolescente foi aliaciada por uma mulher. As demissões revelaram-se inevitáveis. Mas não esgotam a encrenca. Longe disso.

Flutuam na atmosfera um lote de interrogações: Por que diabos os (i)rresponsáveis pela prisão permitiram que a menina fosse oferecida aos presos?

Quantos e quais detentos a estupraram? Que providências adotou o governo para investigar as gravíssimas violações?

Para assegurar que as respostas e as punições sejam providas, o Ministério Público Federal decidiu acompanhar o caso.

Alan Rogério Mansur Silva, procurador regional dos Direitos do Cidadão disse: "Tem de saber apurar e individualizar a responsabilidade de cada um…”

“…É importante que haja um inquérito policial para apurar essa situação, para investigar, ouvir os presos e individualizar essa conduta na área criminal."

Conciliado com o óbvio, o procurador Alan declara que o estupro da menina não pode ser tratado como "mero erro administrativo.”

“Houve um grau de violações dos direitos humanos. Submeter uma criança a essa situação por quatro dias é um atentado contra os direitos da criança…”

“…É inadmissível que isso continue ocorrendo no Estado do Pará e na sociedade brasileira."

Como se fosse pouco, há ainda a suspeita de que outras duas meninas foram submetidas aos mesmos suplícios sexuais.

O Pará é reincidente no crime. Em 2007, uma adolescente de 16 anos foi enjaulada em presídio masculino, junto com 20 presos.


Escrito por Josias de Souza

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