sexta-feira, 30 de setembro de 2011

BRASIL E O MUNDO

ONU deve defender claramente a liberdade religiosa

Cristãos são o grupo religioso mais perseguido pela sua fé

NOVA YORK, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 (ZENIT.org) - O respeito à liberdade religiosa de todas as pessoas é um dos três grandes desafios, junto ao da gestão da crise humanitária e da crise econômica, que a comunidade internacional deve enfrentar hoje.

Quem sublinhou isso foi Dom Dominique Mamberti, secretário da Santa Sé para as Relações com os Estados, em seu discurso na 66ª Assembleia Geral da ONU.

O respeito à liberdade religiosa, disse o representante vaticano, "é o caminho fundamental para a construção da paz, o reconhecimento da dignidade humana e a proteção dos direitos do homem".

No entanto, advertiu, "as situações nas quais o direito à liberdade religiosa é lesionado ou negado aos crentes das diferentes religiões são, infelizmente, numerosas".

"Observa-se ainda um aumento da intolerância por motivos religiosos e se constata que os cristãos são atualmente o grupo religioso que sofre o maior número de perseguições devido à sua fé", lamentou o prelado.

Neste sentido, Dom Mamberti sublinhou, diante da assembleia, que a falta de respeito à liberdade religiosa "representa uma ameaça para a segurança e a paz e impede a realização de um autêntico desenvolvimento humano integral".

Proteger as minorias

O prelado destacou a situação das minorias religiosas em alguns países.

"O peso particular de uma religião determinada em uma nação não deveria jamais implicar que os cidadãos pertencentes a outras confissões fossem discriminados na vida social ou, pior ainda, se tolerasse a violência contra eles", afirmou.

Sobretudo, quis chamar a atenção sobre a perseguição que as minorias cristãs padecem, sublinhando que os cristãos "são cidadãos com o mesmo título que os outros, ligados à sua pátria e fiéis a todos os seus deveres nacionais".

"É normal que possam gozar de todos os direitos de cidadania, de liberdade de consciência e de culto, de liberdade no campo do ensino e da educação e no uso dos meios de comunicação social", acrescentou.

Por isso, recordou a preocupação da Santa Sé "para que se adotem medidas eficazes para a proteção das minorias religiosas, lá onde elas são ameaçadas, com o fim de que, acima de tudo, os crentes de todas as confissões possam viver em segurança e continuar oferecendo sua contribuição à sociedade da qual somos membros".

O bispo afirmou a importância de que o compromisso comum de reconhecer e de promover a liberdade religiosa "seja favorecido por um diálogo inter-religioso sincero, promovido e posto em prática pelos representantes das diferentes confissões religiosas e apoiado pelos governos e pelas instâncias internacionais".

Secularismo

Por outro lado, afirmou, "há países nos quais, ainda que se conceda muita importância ao pluralismo e à tolerância, paradoxalmente se tende a considerar a religião como um fator estranho à sociedade moderna", ou inclusive "considerá-la como desestabilizador, buscando, por diversos meios, marginalizá-la e impedir-lhe toda influência na vida social".

"Como pode ser negada a contribuição das grandes religiões do mundo para o desenvolvimento da civilização?", perguntou à assembleia.

Neste sentido, indicou que "as comunidades cristãs, com seus patrimônios de valores e de princípios, contribuíram fortemente para a conscientização das pessoas e dos povos com relação à sua própria identidade e dignidade, assim como para a conquista das instituições do Estado de direito e para a afirmação dos direitos do homem e dos seus correspondentes deveres".

Por isso, concluiu afirmando a importância de que "os crentes, hoje como ontem, se sintam livres para oferecer sua contribuição para a promoção de um ordenamento justo das realidades humanas, não somente mediante um compromisso responsável no âmbito civil, econômico e político, mas também mediante o testemunho da sua caridade e da sua fé".



Mulher grávida é assassinada em Igreja em Madrid e os médicos salvam o bebê

MADRI, 29 Set. 11 / 06:41 pm (ACI/Europa Press) Um homem de 34 anos irrompeu em uma igreja de Madrid e matou uma mulher de 36 anos que estava grávida. Posteriormente o suposto agressor se suicidou, conforme informaram à Europa Press fontes da Chefia Superior de Polícia e de Emergências Madrid.

Neste incidente também resultou ferida gravemente uma mulher de 52 anos que recebeu um disparo no tórax. A mulher, consciente mas grave, foi traslada pelas equipes do Samur ao Hospital La Paz.

Os médicos do Samur confirmaram a morte do suposto agressor por feridas com arma de fogo na cabeça minutos depois do ocorrido, logo depois das 20:00h (hora local) desta quinta-feira.

Depois do incidente, médicos do SUMMA tentaram reanimar a grávida mas pouco depois de iniciar as técnicas de salvamento tiveram que certificar seu óbito.

Enquanto atendiam a mulher, doutores do Samur realizavam uma cesárea e tentavam reanimar o bebê que sofria uma parada cardíaca. Depois de estabilizá-lo, foi transladado ao Hospital La Paz.

Segundo fontes da Chefia Superior de Polícia, o fato ocorreu na paróquia da Santa María del Pinar, à altura da rua Jasmim, 7, quando um varão adultou irrompia na paróquia com uma arma, ainda sem determinar de que tipo era.

Um porta-voz de Emergências Madrid explicou que os psicólogos do Samur atenderam os paroquianos que se encontravam na paróquia na hora do ocorrido. Além disso, no lugar dos fatos se encontra a Polícia Nacional e a Polícia Municipal.


Silêncio, tema do Dia Mundial das Comunicações 2012


Em sintonia com o próximo sínodo sobre a nova evangelização

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 (ZENIT.org) - Bento XVI escolheu "Silêncio e palavra: caminho de evangelização" como tema do 46º Dia Mundial das Comunicações Sociais 2012, que se comemorará no dia 20 de maio, segundo divulgou hoje a Santa Sé.

"Com isso, manifesta-se o desejo do Santo Padre de sintonizar o tema do próximo Dia Mundial com a realização do sínodo dos bispos, que terá como tema precisamente 'A nova evangelização para a transmissão da fé cristã'", destaca um comunicado do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais.

"A sociedade da comunicação, com sua sobreabundância de estímulos, evidencia um valor que, à primeira vista, poderia parecer contrário a ela", destaca o texto.

O dicastério das comunicações sociais recorda que, "no pensamento do Papa Bento XVI, o silêncio não representa somente certo contrapeso em uma sociedade marcada pelo contínuo e incessante fluxo comunicativo, mas é um elemento essencial para a sua integração".

"O silêncio é o primeiro passo para acolher a palavra, precisamente porque favorece o discernimento e o aprofundamento", explica o comunicado.

Segundo a Santa Sé, "não há nenhum dualismo, mas complementariedade das duas funções que, em um adequado equilíbrio, enriquecem o valor da comunicação e a convertem em um elemento essencial do serviço à nova evangelização".

O Dia Mundial das Comunicações Sociais é o único dia mundial estabelecido pelo Concílio Vaticano II, por meio do decreto Inter Mirifica, sobre os meios de comunicação, de 1963.

Esse dia é comemorado em muitos países, de acordo com a indicação de vários bispos do mundo, no domingo anterior a Pentecostes (em 2012, será no dia 20 de maio).

A mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial das Comunicações Sociais é publicada tradicionalmente por ocasião da festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, em 24 de janeiro.



O desafio missionário hoje


O mês de outubro, como mês temático, tem duas vertentes. De um lado as Missões, que marcam as reflexões em nossas comunidades. É também o mês do Rosário, de antiga tradição, convidando-nos a uma vida de oração contemplativa. Estes dois temas se completam, pois necessitamos de uma densa vida espiritual e de orações para vivermos testemunhando Jesus Ressuscitado e anunciando-O às pessoas do nosso tempo. Somos essencialmente missionários. Fixemo-nos hoje no tema das missões.

A caminhada da Santa Igreja perpassa por várias correntes referenciais para levar aos fiéis a plena compreensão do Reino de Deus. Dentre as correntes que se adota no percurso da caminhada evangelizadora está a dimensão missionária.

Na caminhada histórica do Filho de Deus, a Igreja Católica apresenta o mês de outubro como o mês das Missões. Neste ano apresenta-se com o tema "Missão na Ecologia", que as Pontifícias Obras Missionárias (POM) realizam como a Campanha Missionária 2011. A temática, como nos anos precedentes, está diretamente ligada ao tema da Campanha da Fraternidade, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que este ano é "Fraternidade e a Vida no Planeta". Sempre foi consenso que os vários temas durante o ano poderiam ser ligados ou inspirados no tema da Campanha da Fraternidade. Nesse sentido, a Semana Nacional da Vida, começando no início de outubro e culminando com o Dia do Nascituro, nos recorda que toda a nossa reflexão ecológica não teria sentido sem a preservação e o respeito à vida humana.

Somos chamados também a refletir sobre o tema do dia Mundial das Missões, que a cada ano o Papa nos sugere. Neste ano, o Papa Bento XVI colocou como tema: "Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós" (Jo, 20,21). Notamos, de certa forma, como essa preocupação missionária está no coração e na mente do nosso Papa. Basta recordar o tema que ele escolheu para a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro: "Ide e fazei discípulos entre todas as nações".

A missão fundamental da Igreja é sempre de Anúncio da Palavra de Deus ecoada nos corações dos fiéis, testemunhada e vivida, que deve transparecer em toda a vida do povo de Deus. Todos nós nos tornamos seguidores e missionários a partir da Graça que de Deus recebemos através do santo Batismo, que nos impregna a ação do Espírito Santo. A partir do conhecimento da Graça de Deus, adotada no coração daqueles e daquelas que buscam a solidez da revelação divina em suas vidas, percebe-se a necessidade da missão. Também é missão da Igreja denunciar tudo que é contrário à Palavra de Deus, como por exemplo, as injustiças provocadas à luz de interesses particulares que desnorteiam a caminhada cristã. Dentro do contexto proposto para o mês das Missões no Brasil deste ano, a Igreja ressalta a ingente preocupação com a preservação do meio ambiente e conscientização ecológica.

Ser missionário é antes de tudo um grande compromisso que o cristão adota em prol da realização do Reino de Deus, onde as criaturas por Ele criadas devem proclamar e dar testemunho da própria fé, levando ao conhecimento de todas as pessoas a Palavra de vida que cura, liberta e salva. Ser missionário é, em primeiro lugar, o ato de assumir a fé por inteiro, numa dinâmica viva de acolhimento à própria vocação.

Nestes tempos de tantas dificuldades para a missão da Igreja, que sofre perseguições diversas pelo mundo, não é fácil "fazer discípulos", não é simples estar presente na sociedade em que uma minoria preferiria que "se esquecesse de Deus". Ao discernirmos os "sinais dos tempos", sentimos como é necessário uma "nova evangelização" e a coragem de proclamar em quem nós cremos, e como são importantes para a sociedade os valores proclamados pelos missionários.

Quando se ouve falar de missão ou em ser missionário, muitas vezes pensamos que para atuar como missionários precisamos ingressar em uma Ordem Religiosa e professarmos os votos para sermos enviados a uma terra distante e trabalharmos na evangelização dos irmãos. Há de se falar que de fato existe este tipo de trabalho missionário na vida da Igreja, principalmente de nossos irmãos que dão a sua vida no anúncio e no testemunho do Evangelho em lugares que Ele ainda não foi anunciado. Mas, em primeiro momento, a missão está de modo nato presente em todos nós batizados e devemos agir como verdadeiros missionários no ambiente em que vivemos, a começar pela nossa própria família e comunidade onde exercemos o nosso apostolado. Ser missionário faz parte do nosso ser cristão.

Como já falado acima, o mês de outubro é dedicado pela Igreja como sendo o mês das Missões. Nesta oportunidade se fala muito sobre o trabalho missionário e a sua devida importância como forma de fortalecimento na fé e na caminhada. Não é um mês exclusivo de se fazer missões, mas é um momento de reforçar o trabalho e rezar e ajudar em prol do bom êxito do trabalho dos missionários que estão em missão em terras realmente distantes do país ou cidades de origens, e é, também, oportunidade de fazer com que a nossa missão diária possa surtir os efeitos necessários no coração de todos os fiéis, para que caminhem buscando sempre a proximidade com Deus, que é o Criador de tudo e de todos.

O Catecismo da Igreja Católica nos exorta: "Tornados filhos de Deus pela regeneração batismal, os batizados são obrigados a professar diante dos homens a fé que pela Igreja receberam de Deus e a participar da atividade apostólica e missionária do povo de Deus" (cf. no. 1270).

A missão de todos nós consiste no fato de que temos que abraçar toda a proposta de Deus feita a nós desde o momento pelo qual, movido Ele por um amor incondicional, nos deu a vida. Podemos viver a nossa missionariedade em terras distantes ou em nosso próprio habitat, aqui no dia-a-dia de nossa Arquidiocese, aonde muitos ainda precisam conhecer Jesus ou redescobri-Lo, sendo que este último deve sempre ser o motivador maior do nosso ardor missionário - de sair de nossas casas e ir ao encontro do irmão para levar a Boa Nova da Salvação. Nestes últimos meses, e também neste outubro missionário, tantas iniciativas missionárias perpassam as atividades de regiões, foranias e vicariatos de nossa Arquidiocese. Isso tudo realizado pelas paróquias como também por grupos, comunidades e consagrados. Santa Terezinha do Menino Jesus nunca saiu do Carmelo, no entanto foi uma grande missionária, movida pelas suas contínuas orações, seu espírito missionário que trazia como inquietação em seu coração e profundo amor a Deus. Seja também você um missionário de Jesus Cristo, particularmente neste tempo da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro (agora com site oficial no ar, o concurso para a logomarca lançado e já inaugurada a sede do comitê organizador) e enquanto estamos unidos aos jovens que anunciam Cristo Jesus pelo nosso país, levando consigo o ícone de Nossa Senhora e a Cruz do Redentor!

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ


Administrar


Deus cuida de toda criatura. Tudo vive em harmonia, conforme as leis da natureza. Para o ser humano Ele tem atenção especial, mas, como sua imagem e semelhança, lhe dá uma incumbência de cuidar do planeta. Ele não interfere, a não ser falando continuamente à consciência, por meio de quem Ele incumbe de lembrar seus ensinamentos, através de sua Palavra e dos acontecimentos, para uma administração proveitosa em bem de todos. Cuidar ou não cuidar de tudo tem conseqüências buscadas pelo próprio homem. Apesar de tantos desvios da conduta humana, o Criador o adverte sempre através da história . Envia até seu Filho, que nos fala em linguagem humana sobre como viver na terra com meios e objetivo definidos: "Ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, tudo o que é virtude ou de qualquer modo mereça louvor" (Filipenses 4, 8). Fazer o contrário do proposto por Ele não dá frutos bons para nós: "o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos" (Mateus 21,43).

Mas o trabalho de administrar os dons, o convívio e as coisas não é só incumbência de cada um isoladamente. É preciso haver solidariedade, união, convergência de esforço, inteligência e boa vontade. Afinal, o barco da vida é veículo em que todos se encontram. As religiões devem ser os primeiros agentes de colaboração a que todos se entendam no mútuo apoio para o encaminhamento do transporte atingir sua meta. O estrago do navio levaria todos para o naufrágio. A cooperação de cada um para a boa conservação da nau e a convivência justa, pacífica, a proteção da vida e da saúde de todos farão o bem estar e a segurança geral.

Requisitos para a boa organização do convívio no meio de transporte da vida: infundir em cada um o valor da dignidade da vida acima de qualquer bem material; formar a consciência da cidadania em que cada um se sinta corresponsável com a promoção do semelhante e o cuidado com a natureza; cooperação de todos para a formação de famílias cultivadoras da grandeza do caráter, com a formação para o comportamento ético em todas as circunstâncias; utilização da política partidária de real serviço à coletividade, a partir dos mais fragilizados e excluídos; priorizar a educação de qualidade não só na aprendizagem cultural e técnica, mas, especialmente, com os bens da cidadania, da justiça, do respeito aos valores inerentes à natureza dos seres, da família e da vida.

Administrar os próprios dons deve ser conjugado com o bem do outro. Assim, os frutos serão de duas mãos, ou seja, de quem é ajudado e de quem ajuda o semelhante. Deus vai pedir conta do que fizemos da vida e dos outros dons a nós oferecido de graça por Ele. Aliás, nossa vida e conduta podem ser como a faca de dois gumes: ou os utilizamos para a vida ou a morte nossa e dos outros. É de bom alvitre aprendermos a usá-los para o proveito de todos. Não podemos pensar como quem rouba e acha que ficará impune. Em última análise, um dia deixamos esta vida terrena em busca da felicidade definitiva. Tomara que a mereçamos com plena felicidade. Tudo depende da misericórdia de Deus. Mas Ele haverá de ver nosso esforço e boa vontade para realizarmos o melhor de nossa parte, administrando bem a oportunidade que a vida nos oferece.

Dom José Alberto Moura, CSS
Arcebispo Metropolitano de Montes Claros - MG


Fonte: cleofas.com.br

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