Terminou em sururu uma missa à qual compareceu José Serra. Deu-se no município de Canindé, no Ceará.
O padre rendia homenagens a São Francisco. Ao chegar, Serra como que roubou a cena do santo.
O candidato chegou acompanhado de um séquito que incluía do tucano Tasso Jereissati a repórteres, fotógrafos e cinegrafistas.
O lufalufa deixou incomodado o padre, cujo nome não foi divulgado. Ele se queixou do tumulto. Avisou:
“A prioridade aqui é a palavra de Deus. Se você está aqui com outra intenção, assim como você entrou, pode sair”.
Mais adiante, o padre abespinhou-se com os fieis. Alguns pareciam mais interessados em Serra do que na homilia:
“Vocês não vieram aqui para ver os políticos. Vocês vieram aqui para ver quem? São Francisco”.
Na altura da comunhão, o padre voltou a chiar: “Estão atrapalhando com filmagens. Não é assim que se faz política, não...”
“...Estão atrapalhando a celebração do começo ao fim. Lamentavelmente isso é uma profanação”.
Reza daqui, cantarola dali, reclama d’acolá o padre resolveu rodar a batina. Manuseava um panfleto contendo mensagem anti-Dilma Rousseff.
A peça dizia que Dilma é a favor do aborto e está ligada às Farc. Anotava mais: “Nunca na história desse país houve tanta corrupção”. E o padre:
“Estão acusando a candidata do PT de várias coisas, [...] em nome da Igreja. Não é verdade! Isso não é jeito de se fazer política!. A Igreja não está autorizando isso.”
Ouviram-se aplausos. Tasso Jereissati crispou-se: “O senhor não pode fazer isso, disse o cardeal do tucanato cearense, marchando na direção do altar.
Uma assessora e a mulher de Tasso, Renata Jereissati, fizeram as vezes de turma do deixa-disso.
O padre bateu em retirada. Divididos, os fiéis gritavam os nomes de Serra e de Dilma.
E quanto a Serra? Sentado estava, sentado permaneceu. Fazia cara de paisagem, como se diz. Tirou fotos com eleitores.
Na saída, Tasso praguejava o sacerdote: “O padre é petista. Tá ali com uma bandeira petista dentro da Igreja. São esses padres que têm causado problema na Igreja”.
Do lado de fora, novo rififi. Simpatizantes do tucanato e militantes do petismo intercambiaram insultos e roçavam bandeiras.
Serra teve atravessar metros de confusão para chegar à van que o levou a Fortaleza. Saiu sem dar entrevista.
Antes da missa, num encontro com políticos tucanos e aliados, apresentou-se como vítima de “profissionais da mentira”.
“Se não fosse a minha história, eu estaria abalado. Mas eu tenho uma mola. Quanto mais bate, mais eu cresço”.
Folha.com
Escrito por Josias de Souza.com
O padre rendia homenagens a São Francisco. Ao chegar, Serra como que roubou a cena do santo.
O candidato chegou acompanhado de um séquito que incluía do tucano Tasso Jereissati a repórteres, fotógrafos e cinegrafistas.
O lufalufa deixou incomodado o padre, cujo nome não foi divulgado. Ele se queixou do tumulto. Avisou:
“A prioridade aqui é a palavra de Deus. Se você está aqui com outra intenção, assim como você entrou, pode sair”.
Mais adiante, o padre abespinhou-se com os fieis. Alguns pareciam mais interessados em Serra do que na homilia:
“Vocês não vieram aqui para ver os políticos. Vocês vieram aqui para ver quem? São Francisco”.
Na altura da comunhão, o padre voltou a chiar: “Estão atrapalhando com filmagens. Não é assim que se faz política, não...”
“...Estão atrapalhando a celebração do começo ao fim. Lamentavelmente isso é uma profanação”.
Reza daqui, cantarola dali, reclama d’acolá o padre resolveu rodar a batina. Manuseava um panfleto contendo mensagem anti-Dilma Rousseff.
A peça dizia que Dilma é a favor do aborto e está ligada às Farc. Anotava mais: “Nunca na história desse país houve tanta corrupção”. E o padre:
“Estão acusando a candidata do PT de várias coisas, [...] em nome da Igreja. Não é verdade! Isso não é jeito de se fazer política!. A Igreja não está autorizando isso.”
Ouviram-se aplausos. Tasso Jereissati crispou-se: “O senhor não pode fazer isso, disse o cardeal do tucanato cearense, marchando na direção do altar.
Uma assessora e a mulher de Tasso, Renata Jereissati, fizeram as vezes de turma do deixa-disso.
O padre bateu em retirada. Divididos, os fiéis gritavam os nomes de Serra e de Dilma.
E quanto a Serra? Sentado estava, sentado permaneceu. Fazia cara de paisagem, como se diz. Tirou fotos com eleitores.
Na saída, Tasso praguejava o sacerdote: “O padre é petista. Tá ali com uma bandeira petista dentro da Igreja. São esses padres que têm causado problema na Igreja”.
Do lado de fora, novo rififi. Simpatizantes do tucanato e militantes do petismo intercambiaram insultos e roçavam bandeiras.
Serra teve atravessar metros de confusão para chegar à van que o levou a Fortaleza. Saiu sem dar entrevista.
Antes da missa, num encontro com políticos tucanos e aliados, apresentou-se como vítima de “profissionais da mentira”.
“Se não fosse a minha história, eu estaria abalado. Mas eu tenho uma mola. Quanto mais bate, mais eu cresço”.
Folha.com
Escrito por Josias de Souza.com
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