TATIANA RESENDE
da Folha Online
O Brasil foi um dos cinco países que mais elevaram sua nota no ranking de competitividade da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), com crescimento de 30,2% entre 1997, primeiro ano da pesquisa, e 2008.
Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira pela entidade, a avaliação do país passou de 18,2 para 23,7, com a melhora nos gastos públicos em saúde, nos investimentos do setor produtivo e no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Em contrapartida, carga tributária e desenvolvimento de tecnologia diminuíram o ritmo do aumento.
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Considerando a posição no ranking, no entanto, a elevação foi de apenas duas colocações, passando do 39º para o 37º lugar numa lista que engloba 43 nações.
Os outros quatro países que apresentaram melhora nessa comparação em maior intensidade foram Turquia (84,8%), Rússia (52,9%), Indonésia (37,8%) e China (36,7%). A Índia aparece na sétima colocação, com 26,1% de crescimento.
À frente do Brasil no ranking geral de competitividade, Argentina (31º) e Chile (33º) tiveram redução nas notas nesse período, de 1,3% e 11,2%, respectivamente.
"Provavelmente a posição do Brasil no ranking vai melhorar mais nos próximos anos, mas agora ainda há problemas de infraestrutura e falta de mão-de-obra qualificada, por exemplo", afirmou José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp.
O ranking elaborado pela entidade é liderado pelos Estados Unidos, mas a nota do país caiu 10,7% entre 1997 e 2008.
A Fiesp divulgou também o Índice de Resistência à Crise, que apontou o Brasil como um dos menos vulneráveis à turbulência que abalou a economia. O país aparece na 12ª posição, antes de todos os países da América Latina analisados e também dos Estados Unidos (19º). A China lidera a lista, e a Rússia foi considerada a nação mais vulnerável, ocupando a 43ª colocação.
O levantamento leva em conta a variação dos indicadores entre os primeiros trimestres de 2008 e de 2009. "Consideramos o auge da crise para analisar as ações dos países [para minimizar os efeitos da turbulência]", justificou Roriz.
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