Wilson Dias/ABr
Um dia depois de demitir-se do Dnit, Luiz Antonio Pagot já dispõe de nova ocupação. Do outro lado do balcão, prepara consultorias a empresas privadas.
Em conversa com a reporter Adriana Vasconcelos, Pagot disse que não vai mais perder tempo discorrendo sobre o passado.
Como virou a página, negou-se a reveler o teor da carta que endereçou a Dilma Rousseff, por meio do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência).
Instado a comentar o fato de Paulo Passos ter sobrevivido à “faxina” de Dilma, Pagot preferiu não responder.
Passos era secretário-geral de Alfredo Nascimento. Com a saída do titular, o virou ministro. Já havia ocupado a cadeira sob Lula, quando Nascimento foi às urnas.
A despeito do desejo de permitir que o passado passe, Pagot permitiu-se comentar que Passos, o novo ministro, sabia de tudo o que se passava.
“Ele esteve sempre presente, seja na posição A [secretário-geral] ou B [ministro]...”
Sobre a intenção de Dilma de preencher as vagas do Dnit com prontuários higienizados, Pagot disse:
“Se eu não tivesse ficha limpa, não teria assumido o cargo. Por isso, não me sinto ofendido”.
Conviria a Pagot dar uma olhada na legislação. Um ex-servidor graduado não pode sair por aí oferecendo consultorias. Exige-se o recato de uma quarentena.
Escrito por Josias de Souza
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