O espaço foi adequado para operar granéis de
origem vegetal, em especial a movimentação e o escoamento de grãos como a soja
e o milho
Entrou em operação nesta terça-feira (16), em
Barcarena, o primeiro terminal de uso privado após a criação da nova Lei de
Portos do Brasil. O Terminal de Ponta da
Montanha, de propriedade da empresa Archer Daniels Midland Company (ADM),
gigante do agronegócio mundial, promete movimentar cerca de 1,5 milhão de toneladas
nesta primeira fase da operação, podendo alcançar seis milhões de toneladas de
grãos até o fim do ano. O investimento previsto é de mais de US$ 200 milhões.
A celebração do início das operações do porto
teve a presença do ministro chefe da Secretaria Nacional dos Portos, César
Borges, dos secretários de Estado de Gestão, Adnan Demachki, e de
Desenvolvimento Econômico e Incentivo à produção, Davi Leal, e do prefeito do
município, Antonio Carlos Vilaça. Também estiveram no evento o presidente da
ADM América do Sul, Valmor Schaffer, e o presidente global de oleaginosas da
empresa, Matt Jansen.
Adquirido pelo grupo em 2012, o terminal é
planejado a partir da multimodalidade do transporte, que reunirá no futuro três
vias de acesso: hidrovia, rodovia e ferrovia. O espaço foi adequado para operar
granéis de origem vegetal, em especial a movimentação e o escoamento de grãos
como a soja e o milho, da região Centro-Oeste e de Estados como Maranhão, Piauí
e Tocantins. Além disso, outra questão estratégica foi a escolha de
operacionalizar a estrutura em Barcarena. Segundo a empresa, o lugar diminui o
tempo da operação de escoamento, com redução de até 34% no custo de frete para
as exportações.
Antes da inauguração, as autoridades e os
diretores da empresa conheceram as instalações do empreendimento, que gera 140
empregos diretos. Dois navios já embarcaram soja para outros países a partir do
porto. O ministro César Borges falou das potencialidades do Pará e da
localização estratégica para o escoamento da produção de grão do Brasil.
“Estamos demonstrando aqui a nossa satisfação por esse empreendimento, e a ADM
está mostrando a sua confiança no Brasil. Eles estão tendo uma visão
estratégica e vendo que o futuro da logística da exportação de grãos está aqui
na Calha Norte. Temos no Pará um grande futuro, e o Estado está muito próximo
de ter todos os modais de transportes juntos”, afirmou.
Incentivos – Davi Leal disse que este é um
mais um empreendimento que vem para o Estado com apoio do governo. “Estamos
dando apoio total para este empreendimento, e desde 2011 incentivamos a vinda
de novos negócios ao Pará. Estamos com a expectativa de, até 2016, receber
investimentos de R$ 150 bilhões, e isso traduz a grande expectativa da
população, que significa emprego e renda. Devem ser gerados mais de 160 mil
empregos”, explicou o secretário.
A previsão da ADM é de transportar 80% do
volume de grãos por hidrovia e 20% por rodovia até a construção do trecho
ferroviário que ligará Açailândia (MA) a Barcarena. Segundo Valmor Schaffer, a
parceria com o Estado tem tudo para dar certo. “O Pará tem esta característica
da amplitude logística bem interessante. Ele proporciona um custo de escoamento
de produtos bastante competitivo para a soja do Centro-Oeste e do Norte e ainda
tem a parte da multimodalidade fluvial, terrestre e, no futuro, a gente tem
certeza, ferroviário. A vantagem logística de operarmos no Pará é
inquestionável. Ainda encontramos aqui uma liderança muito disposta a apoiar os
investimentos que vêm para cá. Isso foi fundamental”, afirmou.
Ainda no Estado, a ADM tem mais um projeto
relevante, que é o plantio de palma, por meio da agricultura familiar e
parcerias agrícolas. Atualmente o projeto engloba 279 famílias, que têm a
Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf), numa área de 2.030 hectares, situada nos municípios de São
Domingos do Capim, Irituia, Mãe do Rio, Aurora do Pará, Capitão Poço e Santa
Maria do Pará.
“A estimativa é que, até 2015, a companhia
instale uma fábrica de processamento de óleo de palma. Queremos que a empresa
exporte as commodities e que também parte deles seja agregada aqui no Pará. Só
assim eles vão trazer o desenvolvimento”, explicou David Leal. O terminal de
Barcarena, que hoje consegue movimentar cerca de 1,5 milhão de toneladas de
grãos por ano, terá a capacidade de exportação ampliada, até 2016, para seis
milhões de toneladas.
Por: Com informações da Agência Pará
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