RIO DE JANEIRO (Reuters) - Em seu primeiro comício ao lado de Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva roubou a cena e ofuscou o discurso discreto da candidata do PT à Presidência da República.
Lula afirmou em seu discurso na Cinelândia, palco tradicional de manifestações no centro do Rio, que há uma premeditação no país para tentar impedi-lo de trabalhar pela campanha de Dilma.
"Vocês estão acompanhando a imprensa diariamente, vocês veem os jornais, televisão e escutam rádio... há uma premeditação para me tirarem da campanha política para não permitir que eu ajude a companheira Dilma", afirmou o presidente.
Sem citar o nome, Lula questionou a vice-procuradora-geral eleitoral Sandra Cureau, que ameaça entrar com uma ação de investigação contra ele pelo fato de o presidente ter citado Dilma nesta semana em dois eventos oficiais do governo.
"O que eles querem é me inibir para eu fingir que não conheço a companheira Dilma. É como se eu pudesse passar perto dela, e tem uma procuradora qualquer aí, e eu passar de costas viradas e fingir que não a conheço", disse.
"Eu não sou um homem de duas caras. Eu passo perto dela e digo pra vocês. É a minha companheira Dilma, que foi chefe da Casa Civil e que está preparada para presidir", afirmou Lula.
O presidente usou a maior parte do seu tempo para lembrar o público de suas conquistas nas áreas social, econômica e internacional, além de criticar oposicionistas.
"Não podemos permitir que esse país tenha algum retrocesso nos próximos anos", declarou Lula, que teve seu nome gritado diversas vezes durante o discurso de 22 minutos.
"Temos que acabar com a safadeza que a elite política brasileira construiu segregando o povo a condições desfavoráveis", acrescentou ele, que não parou o discurso quando houve uma briga na plateia entre oposicionistas liderados pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e correligionários do PT. Eles carregavam faixas com críticas à candidata petista.
No fim do pronunciamento, Lula aproveitou para pedir votos para sua ex-ministra da Casa Civil. "Estou indicando uma pessoa (à Presidência) que colocaria as duas mãos no fogo por ela. Colocaria minha alma por ela."
"Digo isso porque confio na competência, da honestidade, do compromisso e do sofrimento dela", disse Lula, que também pediu votos para o governador fluminense, Sérgio Cabral, candidato à reeleição pelo PMDB.
DISCURSO DISCRETO
Em um rápido pronunciamento, Dilma lembrou sua passagem pelo governo e, mais uma vez, procurou associar sua imagem à do presidente Lula.
"Tive a honra de participar do governo que transformou o Brasil... ele deu orgulho a todos os brasileiros", disse a candidata ao lembrar da trajetória pessoal e política do presidente.
"Tenho certeza que o presidente Lula começou com o Rio, eu vou continuar. Nós dois vamos honrar a confiança do presidente Lula", acrescentou.
Ao lado do vice, deputado Michel Temer (PMDB-SP), Dilma criticou indiretamente a escolha do deputado Indio da Costa (DEM-RJ) para ser vice na chapa do adversário José Serra, do PSDB.
"Ele não caiu do céu. Não é um vice improvisado. É competente e capaz", disse.
O palanque montado em frente à Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro também reuniu ministros de Estado, parlamentares, candidatos, presidentes de estatais, o governador Cabral e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
O comício, que durou cerca de 1h15, foi precedido por uma passeata que saiu da Candelária até a Cinelândia e, segundo a polícia militar, reuniu entre 10 e 15 mil pessoas, abaixo da expectativa de 50 mil feita anteriormente.
A chuva forte e o frio espantaram o público. Após o discurso do presidente Lula, muitos dispersaram antes de a candidata petista falar.
"Já vi o que tinha que ver aqui", disse à Reuters um militante do PT que estava na plateia e que logo após o discurso de Lula enrolou a bandeira do partido e decidiu voltar para casa, na zona norte da capital.
Segundo o comitê de campanha de Dilma, esse foi o primeiro de uma série de comícios ao lado de Lula previstos durante a corrida presidencial.
REUTERS
Por Rodrigo Viga Gaier
FONTE: MSN.COM
Lula afirmou em seu discurso na Cinelândia, palco tradicional de manifestações no centro do Rio, que há uma premeditação no país para tentar impedi-lo de trabalhar pela campanha de Dilma.
"Vocês estão acompanhando a imprensa diariamente, vocês veem os jornais, televisão e escutam rádio... há uma premeditação para me tirarem da campanha política para não permitir que eu ajude a companheira Dilma", afirmou o presidente.
Sem citar o nome, Lula questionou a vice-procuradora-geral eleitoral Sandra Cureau, que ameaça entrar com uma ação de investigação contra ele pelo fato de o presidente ter citado Dilma nesta semana em dois eventos oficiais do governo.
"O que eles querem é me inibir para eu fingir que não conheço a companheira Dilma. É como se eu pudesse passar perto dela, e tem uma procuradora qualquer aí, e eu passar de costas viradas e fingir que não a conheço", disse.
"Eu não sou um homem de duas caras. Eu passo perto dela e digo pra vocês. É a minha companheira Dilma, que foi chefe da Casa Civil e que está preparada para presidir", afirmou Lula.
O presidente usou a maior parte do seu tempo para lembrar o público de suas conquistas nas áreas social, econômica e internacional, além de criticar oposicionistas.
"Não podemos permitir que esse país tenha algum retrocesso nos próximos anos", declarou Lula, que teve seu nome gritado diversas vezes durante o discurso de 22 minutos.
"Temos que acabar com a safadeza que a elite política brasileira construiu segregando o povo a condições desfavoráveis", acrescentou ele, que não parou o discurso quando houve uma briga na plateia entre oposicionistas liderados pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e correligionários do PT. Eles carregavam faixas com críticas à candidata petista.
No fim do pronunciamento, Lula aproveitou para pedir votos para sua ex-ministra da Casa Civil. "Estou indicando uma pessoa (à Presidência) que colocaria as duas mãos no fogo por ela. Colocaria minha alma por ela."
"Digo isso porque confio na competência, da honestidade, do compromisso e do sofrimento dela", disse Lula, que também pediu votos para o governador fluminense, Sérgio Cabral, candidato à reeleição pelo PMDB.
DISCURSO DISCRETO
Em um rápido pronunciamento, Dilma lembrou sua passagem pelo governo e, mais uma vez, procurou associar sua imagem à do presidente Lula.
"Tive a honra de participar do governo que transformou o Brasil... ele deu orgulho a todos os brasileiros", disse a candidata ao lembrar da trajetória pessoal e política do presidente.
"Tenho certeza que o presidente Lula começou com o Rio, eu vou continuar. Nós dois vamos honrar a confiança do presidente Lula", acrescentou.
Ao lado do vice, deputado Michel Temer (PMDB-SP), Dilma criticou indiretamente a escolha do deputado Indio da Costa (DEM-RJ) para ser vice na chapa do adversário José Serra, do PSDB.
"Ele não caiu do céu. Não é um vice improvisado. É competente e capaz", disse.
O palanque montado em frente à Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro também reuniu ministros de Estado, parlamentares, candidatos, presidentes de estatais, o governador Cabral e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
O comício, que durou cerca de 1h15, foi precedido por uma passeata que saiu da Candelária até a Cinelândia e, segundo a polícia militar, reuniu entre 10 e 15 mil pessoas, abaixo da expectativa de 50 mil feita anteriormente.
A chuva forte e o frio espantaram o público. Após o discurso do presidente Lula, muitos dispersaram antes de a candidata petista falar.
"Já vi o que tinha que ver aqui", disse à Reuters um militante do PT que estava na plateia e que logo após o discurso de Lula enrolou a bandeira do partido e decidiu voltar para casa, na zona norte da capital.
Segundo o comitê de campanha de Dilma, esse foi o primeiro de uma série de comícios ao lado de Lula previstos durante a corrida presidencial.
REUTERS
Por Rodrigo Viga Gaier
FONTE: MSN.COM
Nenhum comentário:
Postar um comentário