


A obra, datada de 1981 e orçada em R$ 1,66 bilhão, é coordenada pelo Ministério dos Transportes. Além de minério e de carga, em geral, o corredor hidroviário permitirá o deslocamento de pessoas, num Estado onde os rios são meios essenciais de transporte.
(DOL)
Eclusas da Hidrelétrica de Tucuruí são inauguradas
Belém - Após 30 anos do seu anúncio, o sistema de transposição de Tucuruí foi inaugurado, nesta terça-feira (29), com a presença de várias autoridades, entre elas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente eleita Dilma Rousseff. A cerimônia de inauguração começou por volta das 17h. A obra vai permitir a navegação de grandes embarcações até Marabá, superando o desnível do rio Tocantins.
Também estiveram presentes quatro ministros, entre eles o de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, e dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. A Governadora Ana Júlia Carepa também acompanhou o presidente Lula durante uma visita de balsa ao sistema de transposição de desnível dos rios Tocantins e Araguaia. Durante o trajeto, a Governadora sofreu um pequeno acidente. No momento em que ela entrava na embarcação, próximo à eclusa 1, escorregou e machucou o ombro esquerdo.
Ela foi retirada do local de lancha e encaminhada para o Hospital Regional de Tucuruí. Depois de atendida retornou ao local das eclusas a tempo de acompanhar a cerimônia de inauguração.
Década de 80 - A construção das eclusas foi iniciada em 1981, mas as obras tiveram diversas interrupções com o passar dos anos. As eclusas de Tucuruí tiveram a construção totalmente paralisada em 1989 e as obras só foram retomadas em 2007.
A entrega estava prevista para o fim do ano passado, mas o prazo não foi cumprido e a inauguração ficou para o fim de 2010, após as obras incluídas no Plano de Aceleração do Crescimento.
Sistema - O sistema de transposição de Tucuruí inclui duas eclusas: uma a montante da barragem da hidrelétrica, outra a jusante, de retorno à calha do rio Tocantins. Entre elas, um canal intermediário, com 5.580 metros de extensão e 32,5 metros de profundidade, permitirá a navegação de embarcações com calado máximo de 4,5 metros.
As eclusas de Tucuruí têm capacidade para dar passagem a 40 milhões de toneladas de cargas por ano, a maior entre todas as eclusas existentes no mundo. O tempo de transposição dos comboios, de jusante a montante ou vice e versa, será de 1h30. O canal permite comboios se deslocando em direções opostas, e a capacidade máxima será de 24 comboios por dia nas duas direções. Os custos de manutenção das transposições somam R$ 2,8 milhões por ano, que no início serão realizados gratuitamente.
Os primeiros testes foram feitos com um rebocador no último sábado, mas a primeira carga transportada foi o muro-guia de montante, com estrutura de 140 metros que colabora no alinhamento dos barcos antes da entrada na câmara da eclusa. A operação, acompanhada pela Capitania dos Portos da Amazônia Oriental, foi considerada um sucesso e serviu para testar as embarcações que serão usadas na inauguração da obra.
ORM
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