Anuruddha Lokuhapuara/Reuters
Lula insinuou dias atrás que a falta de rumo da oposição é culpa do Sérgio Motta, o amigo do FHC que, antes de morrer, previu 20 anos de poder tucano.
Serjão estava certo, só errou o nome do partido, cutuca Lula, remodelando o vaticínio: o PT, não o PSDB, dará as cartas por duas décadas.
Ironicamente, Lula reuniu em torno do seu projeto um centrão partidário semelhante ao que gravitava ao redor de FHC.
Com uma diferença: o aumentativo agigantou-se. Sob Dilma, o centrão virou centrãzão. A divisão de tarefas tornou-se mais equilibrada.
Para os eventos de cerimônia, o conglomerado tem o PT –com Lula temporariamente deslocado para a seção de Relações Públicas. Para o dia-a-dia, tem o PMDB.
Já seria o suficiente para prover tranqüilidade ao governo. Mas, insatisfeito com tudo, o empreendimento quer mais.
Para não se desviar de suas prioridades, o projeto de poder longevo decidiu delegar as tarefas menos relevantes –o embate com a oposição, por exemplo.
Optou-se por terceirizar ao novo PSD de Gilberto Kassab o serviço de azucrinar DEM, PSDB e PPS.
Guindou-se uma cobra criada por José Serra à gerência do serpentário! O que mais Lula e Cia. poderiam querer?
Escrito por Josias de Souza às
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