
A novidade é que o relatório introduz, no 10º artigo, a possibilidade de pastoreio extensivo em áreas de encostas acima de 25º, que pela legislação vigente deveriam ser protegidas.
Quanto à reserva legal, o texto muda a linguagem, mas não recua no conteúdo, mantendo a isenção de recomposição para propriedades de até quatro módulos fiscais. O relator continua permitindo a recomposição de 50% da reserva legal com espécies exóticas e também isenta quatro módulos rurais de reserva legal das grandes propriedades.
Na Amazônia, a área de reserva legal pode cair de 80% para 50%, caso isso seja definido nos zoneamentos ecológico-econômico estaduais.
Anistia
Outro ponto polêmico, o relator manteve a suspensão de multas e sanções decorrentes de infrações cometidas até julho de 2008, relativa ao desmatamento de APPs e reserva legal.
Para demonstrar que o produtor desmatou antes de 2008, ou de acordo com a legislação da época - por exemplo, 50% da propriedade na Amazônia antes da legislação mudar para 80% - o projeto admite apenas a apresentação de documentos declaratórios e genéricos, como "descrição de fatos históricos de ocupação da região, registros de comercialização, dados agropecuários da atividade".
Votação
O texto está agendado para ser votado na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (4). Hoje (3), o governo deve se reunir para avaliar se as reivindicações feitas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) foram incorporadas no relatório. A bancada ambientalista defende o adiamento da votação.
Fonte: Amazonia.org.br
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