terça-feira, 24 de maio de 2011

Polícia Federal prende funcionário da Caixa por peculato.

CaJá se encontra recolhido em uma das confortáveis celas do Centro de Recuperação Agrícola ‘Silvio Hall de Moura’, em Cucurunã, o funcionário da Caixa Econômica Federal, localizada na avenida Borges Leal, em Santarém, Arthur Francisco Gomes da Mota, preso na manhã de ontem (23), por agentes da Polícia Federal, acusado de fazer saques com cartões de beneficiários do seguro-defeso.

Arthur estava sob investigação há algum tempo, segundo informou o agente da PF, Uilses Tavares. Ele já havia sido preso por esquema semelhante em 2007, quando foi flagrado portando 29 cartões do Bolsa-Família. Naquela ocasião, a PF descobriu que ele se apropriava indevidamente do dinheiro das pessoas cadastradas no programa. O funcionário da Caixa ficou preso por sete meses. Ele foi enquadrado no artigo 312 do Código Penal. Arthur foi solto graças a um habeas corpus, que lhe garantiu a liberdade provisória.

A prisão de Arthur ocorreu por volta das 10h30, por uma equipe da PF, que esperaram o banco abrir para prendê-lo em horário de expediente. O delegado Javier comandou toda a operação.

Conforme as investigações policiais, Arthur, mesmo depois de ter cumprido pena por peculato, em 2007, voltou a trabalhar normalmente, na mesma agência onde cometera o primeiro crime. Desta vez, seu alvo eram os beneficiários do seguro-defeso.

Tavares explica que Arthur se apropriava do cartão do segurado, que depois de solicitar o seguro, demorava a sacar o dinheiro. Ele então criava uma senha e sacava o valor.

“Pela demora do beneficiário do seguro em sacar o pagamento, ele criava uma nova senha e fazia o saque, pois sabia que o dinheiro estava depositado na conta do titular do benefício, achando que o segurado não iria aparecer mais para sacar o valor”, disse o agente da PF.

Segundo Uilses Tavares, o funcionário da Caixa não terá o mesmo privilégio que teve em 2007, quando conseguiu um habeas corpus. Desta vez, ele deverá ser condenado por crime de peculato se ficar comprovado que os pescadores foram enganados por ele.

Z-20 – Segundo Antonio Pinto, diretor da Colônia de Pescadores Z-20, cerca de 1200 pescadores ainda não receberam o seguro-defeso em Santarém. Antonio Pinto explicou que quando os pescadores se dirigiam ao banco, eram informados de que os cartões não estavam disponíveis ou já haviam sido entregues aos seus donos.


Por: Marcos Santos

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