Aconteceu nos dias 21 e 22 de fevereiro na Paróquia de Santa Luzia da Cidade de Novo Progresso o encontro de formação de multiplicadores da Campanha da Fraternidade que este ano traz o Tema “Fraternidade e Tráfico Humano e o Lema é para a liberdade que Cristo nos libertou. A paróquia faz parte da prelazia de Itaituba e compõe o Regional Norte II da CNBB, com sua sede em Belém que contempla os Estados do Pará e do Amapá. Estavam presentes lideranças de Cachoeira da Serra, Castelo dos Sonhos, Carro Velho, Km 1000, Km 1027, Alvorada da Amazônia, Jardim America, São José Operário, Santa Luzia, Canaã, Comunidade Santa Clara, Jucelandia, Otavio Oneta, PJ, Jovens da Paróquia, Assentamentos da Região, Comunidades Bandeirantes, Comunidade Santa Júlia, Santo Antônio, São José, Linha Gaúcha, Riozinho e Moraes Almeida, todas essas comunidades, pessoas com cede de conhecimento da palavra de Deus. O encontro teve inicio as 19:30 com momento de acolhida seguida de oração. O encontro contou com assessoria do Secretariado de Campanhas da Diocese de Santarém.
O que vem ser a Campanha da Fraternidade, pois bem essa campanha teve origem alguns anos antes do início do Concílio Ecumênico Vaticano II, quando um pequeno grupo de padres recém-ordenados, sob a coordenação de Dom Eugenio Sales, reunia-se em Natal, cada mês, para rezar e refletir sobre a Igreja e a Pastoral. Daí surgiram várias iniciativas postas em prática, com sucesso. Algumas vieram a ter dimensão nacional. Dentre elas estão o primeiro Regional da CNBB, que abrangia as dioceses da área territorial que ia do Maranhão à Bahia; o primeiro planejamento pastoral, colocando a técnica a serviço do Reino de Deus; a organização sistemática dos trabalhadores em sindicatos rurais, reconhecidos pelo Governo. E, logo a seguir, a primeira Federação dos Trabalhadores Rurais no Rio Grande do Norte; paróquias confiadas a religiosas; as escolas radiofônicas e outras iniciativas, sem esquecer a Campanha da Fraternidade, posteriormente assumida em nível nacional pela CNBB no ano de 1964. No Nordeste semi-árido, pobre, mas confiante em Deus, nasceram estas atividades fecundas, fruto do Evangelho posto em prática. A Arquidiocese de Natal havia recebido alguma ajuda, de modo particular da Igreja da Alemanha, que mal saíra da catástrofe da 2ª Guerra Mundial. Alguns dirigentes do Serviço de Assistência Rural (SAR) julgaram ser importante criar, entre católicos, uma mentalidade de cooperação local com as obras pastorais e sociais da Igreja, dando, assim, maior credibilidade aos pedidos feitos ao estrangeiro. Ao chegarem respostas favoráveis dos católicos, o grupo de sacerdotes e leigos julgou que, de sua parte, deveria fazer algo para que se pudesse solicitar colaboração aos irmãos na Fé. Dom Heitor de Araujo Sales, então sacerdote potiguar, estudando na Europa e passando as férias na Alemanha, trouxe todo o material da estrutura da “Misereor” e a divulgação de suas campanhas. Na sede do Movimento de Natal, os subsídios vindos da Europa foram traduzidos e adaptados à realidade brasileira. Um grupo estudou o assunto, escolheu o nome que vigora até hoje - Campanha da Fraternidade -, organizou da melhor maneira a Campanha com essa dupla finalidade: evangelizadora e social. Foi na cidade de Nísia Floresta que surgiu o embrião da Campanha da Fraternidade. Caminhadas à pé, de casa em casa, de rua em rua, de povoado em povoado. Quase paralelamente às marchas, foram criadas as Semanas da Fraternidade. Eram doados ovos, galinhas, hortaliças frutas e o resultado comercializado numa feira cuja renda tinha como finalidade a compra de colchões, redes, dentre outras coisas, para as famílias pobres espalhadas em treze comunidades ligadas ao município. A experiência das Irmãs Vigárias nesta cidade e das marchas foi implantada depois em São Gonçalo do Amarante e Taipu. Tudo com o apoio da Santa Sé, como sempre trabalhou Dom Eugenio Sales, e com a ajuda dos leigos. A primeira Campanha da Fraternidade ficou restrita à Arquidiocese de Natal, em 1962. A coleta rendeu um milhão de cruzeiros importância que corresponde, hoje, em torno de R$ 47.700,00. A segunda, na Quaresma de 1963, abrangeu 25 dioceses do Nordeste. O aviso da Cúria nº 5/1963, sobre o assunto na Arquidiocese de Natal, trazia elementos valiosos: “Em todas as matrizes, igrejas, capelas, escolas e também no comércio, far-se-á uma grande coleta em favor das obras apostólicas e sociais da Arquidiocese”. Referia-se ao costume, iniciado nos Estados Unidos e países europeus, de designar um dia para angariar donativos destinados à Igreja e ao mundo subdesenvolvido.
Hoje em todo o nacional a campanha se espalha por todas as dioceses, paróquias e comunidades. A campanha deste ano vem com o objetivo geral de Identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humana, mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar esse crime, com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus. A abertura deve acontecer a nível nacional na quarta feira de cinzas, tendo uma reflexão profunda por toda a quaresma.
Em nome da Igreja queremos agradecer a todos que nos apoiaram para a realização desse encontro, Prefeitura Municipal, a todos os Padres Carvanís, os Jovens, aos secretariados da Paróquia as famílias que acolheu as Famílias que acolheram os nossos participantes.
Fonte: PASCOM/PAROQUIA SANTA LUZIA
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