São 75 o número de mortos em Salvador e região metropolitana durante os quase cinco dias de greve da Polícia Militar no Estado da Bahia, segundo informações divulgadas pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) às 10h51 deste domingo (5).
Os crimes aconteceram das 21h39 de terça-feira (31), logo após os policiais largarem seus postos, até as 2h49 deste domingo. A sexta-feira (3) registrou a maior taxa de homicídio, com 32 mortes. O número de assassinatos se torna ainda mais preocupante quando comparado à média de ocorrências da SSP. Em todo mês de dezembro de 2011, na Grande Salvador, a taxa média diária de homicídio foi de cinco.
Na manhã deste domingo, o subcomandante-geral da PM, coronel Carlos Eleutério, afirmou ao R7 que a ordem já foi restabelecida nas cidades do Estado com a ajuda da Força Nacional e do Exército.
- Na tarde deste domingo, teremos uma nova reunião, novas orientações e tentaremos novos caminhos. Só esperamos que isso termine em breve.
Mandados de prisão
Doze líderes grevistas estão sendo procurados pelo comando da Polícia Militar – que não aderiu ao movimento, segundo confirmou ao Eleutério, neste domingo. Um deles é Marcos Prisco, presidente da Aspra (Associação dos Policiais, Bombeiros e de Seus Familiares do Estado da Bahia). De acordo com Eleutério, foram expedidos 12 mandados de prisão contra lideranças do movimento, que estão em fase de execução.
Marco Prisco, líder do movimento grevista da Polícia Militar na Bahia e presidente da Aspra, afirmou, neste sábado (4), que quer espaço para negociação. Segundo Prisco, uma comissão foi montada após indicação do próprio governo do Estado para tentar chegar a um acordo.
Músico do Oludum morre
...O governador da Bahia, Jaques Wagner, afirmou, no sábado (4), que a reivindicação da anistia para os policiais que participam do movimento da greve no Estado não será atendida. Wagner se reuniu com ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com as Forças Armadas e com a Força Nacional para discutir a questão da greve dos PMs e a onda de violência na BA. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.
- Não se trata de um ato de arrogância ou de intolerância. Se alguém depreda ônibus, carro da polícia, sai pelas ruas atirando para cima, mata moradores de rua, qualquer coisa dessas é crime independente de quem o cometeu. Ultrapassar a democracia com a violação da lei, comigo não tem acordo.
Violência
Durante a greve, Salvador e as demais cidades do Estado sofreram com arrastões e saques. Escolas e estabelecimentos comerciais fecharam as portas e o serviço de transporte público, em Feira de Santana, foi suspenso. Cerca de 2.350 militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica estão no Estado para reforçar a segurança no Estado.
Fonte:r7.com
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