Nélio Aguiar deverá assumir a vaga
deixada por Novelino e Gaúcho substituirá Nélio na Câmara de Santarém.
Médico e vereador Nélio Aguiar
O deputado estadual Alessandro
Novelino (PMN) morreu em acidente aéreo na manhã deste sábado, quando viajava
em uma aeronave, junto com alguns assessores. O acidente aconteceu às
proximidades da cidade de Acará, no Nordeste do Pará.
A fatalidade que envolveu a morte
do deputado estadual Alessandro Novelino em um acidente aéreo foi determinante
para as mudanças no quadro político de Santarém, em pleno ano de eleições
municipais. O vereador Nélio Aguiar, é o primeiro suplente do Partido da
Mobilização Nacional (PMN) e obteve nas eleições quando disputou uma vaga à
Assembléia Legislativa, precisamente 19.151 votos. Se o critério da
substituição fosse levado em conta o critério as coligação, Nélio também teria
direito á vaga, pois é primeiro suplente do partido e também da coligação.
Nélio, em entrevista ao IMPACTO,
lamentou o episódio, por se considerar amigo de Novelino. “Estou consternado,
pois tinha com ele relação de amizade”, lamentou. Nélio disse que a relação de
apreço era tamanha, que Novelino durante a campanha, disponibilizou um
helicóptero para que Nélio fizesse sua campanha com mais agilidade. Na época,
Nélio recusou a oferta e agradeceu a deferência.
Em casos de vacância, o vereador
Nélio Aguiar deve esperar a comunicação por parte do presidente da Assembléia
Legislativa do Pará, Manoel Pioneiro. O prazo regimental é de 30 dias para as
providências de documentação, relativas à posse.
Nélio Aguiar vinha sendo sondado
para ser candidato a vice-prefeito de Santarém, por uma chapa de oposição, por
ser considerado um nome sem rejeição, e que poderia fazer a diferença em uma
disputa. Sobre isso, Nélio foi instado a se posicionar diante dos
desdobramentos que vão culminar com o fim de um mandato na Assembléia
Legislativa. Nélio ao ser indagado respondeu com toda a convicção. “Vou assumir
a vaga deixada pelo Novelino, e já é ponto pacífico que não aceitarei concorrer
à vaga de vice-prefeito de Santarém”, declarou.
Desde o ano passado o vereador
Nélio Aguiar vinha sendo cogitado para substituir o deputado João Salame, o
mais votado do partido, que como segundo colocado nas eleições de Marabá,
assumiria o cargo do prefeito eleito, Maurino Magalhães. Maurino chegou a ser
cassado no dia 03 de outubro do ano passado, pela juíza eleitoral Claudia
Regina Moreira Favacho Moura, acusado de praticar “caixa 2”, durante a campanha
eleitoral de 2008. Com a confirmação de que o deputado João Saleme, segundo
colocado na disputa assumiria a vaga de Maurino, Nélio assumiria a vaga de
Salame. Mas antes que Salame se decidisse, a prefeitura de Marabá passou a ser
administrada provisoriamente pelo presidente da Câmara de vereador Nagib Mutran
Neto (PMDB). O deputado João Salame temia perder o mandato de deputado caso
Maurino fosse reconduzido ao cargo, o que acabou acontecendo.
O prefeito de Marabá, já havia
sido cassado no início deste ano, pelo juiz Cristiano Magalhães Gomes pelos
mesmos motivos, e retomou a posição por forma de liminar.
O desfecho acabou beneficiando
Maurino a permanecer no cargo, afastando todas as possibilidades de Nélio
assumir a vaga de Salame.
Com a vacância de Nélio Aguiar na
Câmara de Santarém, seu substituto deverá ser Rogério Cebulisk, conhecido
popularmente como Gaúcho, que tem como reduto maior o bairro da Nova República,
na condição de primeiro suplente do PMN.
Fonte: RG 15/O Impacto
Padre Edilberto: “Usina de São
Luiz acabará com Rio Tapajós”
Padre Edilberto Sena
Ambientalistas de Santarém e do
Oeste do Pará afirmam que o Governo Federal ainda não tem licença ambiental
para construir a Usina Hidroelétrica de São Luiz do Tapajós, no Município de
Itaituba. Após marcar o leilão para a construção da Usina, para dezembro de
2013, o Governo Federal está sendo duramente criticado por ambientalistas
locais.
Desde o ano de 2007 pesquisadores
e ambientalistas que estudam a biodiversidade do rio Tapajós declaram em
pesquisas que o manancial sofrerá sérios danos ambientais com a construção da
usina.
Para o pesquisador da Universidade
Federal do Amazonas (UFAM), Wallace Paxiúba Duncan, a construção de uma
hidrelétrica na comunidade de São Luiz, em Itaituba, anunciada pelo Governo
Federal, será um golpe fatal no rio Tapajós. Desde 2007, Duncan realiza
pesquisas no rio Tapajós, no Município de Itaituba.
O projeto do Governo Federal prevê
a construção de cinco hidrelétricas na região do rio Tapajós, no Pará, no
complexo Tapajós-Jamanxim, produzido pelas empresas Eletronorte e Camargo
Corrêa. Segundo especialistas em meio ambiente, as inundações causadas pela
construção de barragens afetarão diretamente 871 km² de áreas protegidas de
floresta, uma área equivalente a metade da cidade de São Paulo.
De acordo com o representante da
Frente em Defesa da Amazônia (FDA), padre Edilberto Sena, a usina de São Luiz
do Tapajós será a quarta maior usina hidrelétrica do País e, que se o
empreendimento chegar a ser construída, terá 7 mil 880 megawatts estimados de
potência instalada. São Luiz será maior que a Santo Antônio e Jirau, no rio
Madeira, somadas. Será também uma das obras de maior complexidade ambiental do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“O Ministério do Meio Ambiente
estudou uma proposta de projeto de lei, no sentido de minimizar possíveis
desgastes para o governo ao determinar, via Medida Provisória, a redução de
Unidades de Conservação Ambiental. O ato foi contestado no Supremo Tribunal
Federal na semana passada pelo procurador-geral da República, Dr Roberto
Gurgel”, destaca o religioso.
Segundo Gurgel, redefinir limites
de unidades de conservação por MP é inconstitucional. Se acatada pelo Supremo
Tribunal Federal, a ação interromperá todo o processo de licenciamento.
A construção dessas usinas na
região do Tapajós há muito vem causando transtornos para os moradores
ribeirinhos que serão atingidos. Várias manifestações já foram realizadas pela
Frente de Defesa da Amazônia tentando impedir a realização desse projeto. Padre
Edilberto sena, em reportagem concedida ao Impacto, no ano passado, declarou
que ele, bem como os membros da FDA e os ribeirinhos farão de tudo para que
essas suínas não sejam construídas. Há informações de que se for preciso, o rio
Tapajós será fechado, inclusive, pode haver resistência armada, pois só quem
mora na região sabe do que virá se essas suínas forem construídas.
Por: Fernanda Rabelo
Fonte: OImpacto.com
Fonte: OImpacto.com
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