sábado, 25 de fevereiro de 2012

Morre deputado Novelino e Nélio Aguiar assumirá vaga na ALEPA.

Nélio Aguiar deverá assumir a vaga deixada por Novelino e Gaúcho substituirá Nélio na Câmara de Santarém.

Médico e vereador Nélio Aguiar

O deputado estadual Alessandro Novelino (PMN) morreu em acidente aéreo na manhã deste sábado, quando viajava em uma aeronave, junto com alguns assessores. O acidente aconteceu às proximidades da cidade de Acará, no Nordeste do Pará.
A fatalidade que envolveu a morte do deputado estadual Alessandro Novelino em um acidente aéreo foi determinante para as mudanças no quadro político de Santarém, em pleno ano de eleições municipais. O vereador Nélio Aguiar, é o primeiro suplente do Partido da Mobilização Nacional (PMN) e obteve nas eleições quando disputou uma vaga à Assembléia Legislativa, precisamente 19.151 votos. Se o critério da substituição fosse levado em conta o critério as coligação, Nélio também teria direito á vaga, pois é primeiro suplente do partido e também da coligação.
Nélio, em entrevista ao IMPACTO, lamentou o episódio, por se considerar amigo de Novelino. “Estou consternado, pois tinha com ele relação de amizade”, lamentou. Nélio disse que a relação de apreço era tamanha, que Novelino durante a campanha, disponibilizou um helicóptero para que Nélio fizesse sua campanha com mais agilidade. Na época, Nélio recusou a oferta e agradeceu a deferência.
Em casos de vacância, o vereador Nélio Aguiar deve esperar a comunicação por parte do presidente da Assembléia Legislativa do Pará, Manoel Pioneiro. O prazo regimental é de 30 dias para as providências de documentação, relativas à posse.
Nélio Aguiar vinha sendo sondado para ser candidato a vice-prefeito de Santarém, por uma chapa de oposição, por ser considerado um nome sem rejeição, e que poderia fazer a diferença em uma disputa. Sobre isso, Nélio foi instado a se posicionar diante dos desdobramentos que vão culminar com o fim de um mandato na Assembléia Legislativa. Nélio ao ser indagado respondeu com toda a convicção. “Vou assumir a vaga deixada pelo Novelino, e já é ponto pacífico que não aceitarei concorrer à vaga de vice-prefeito de Santarém”, declarou.
Desde o ano passado o vereador Nélio Aguiar vinha sendo cogitado para substituir o deputado João Salame, o mais votado do partido, que como segundo colocado nas eleições de Marabá, assumiria o cargo do prefeito eleito, Maurino Magalhães. Maurino chegou a ser cassado no dia 03 de outubro do ano passado, pela juíza eleitoral Claudia Regina Moreira Favacho Moura, acusado de praticar “caixa 2”, durante a campanha eleitoral de 2008. Com a confirmação de que o deputado João Saleme, segundo colocado na disputa assumiria a vaga de Maurino, Nélio assumiria a vaga de Salame. Mas antes que Salame se decidisse, a prefeitura de Marabá passou a ser administrada provisoriamente pelo presidente da Câmara de vereador Nagib Mutran Neto (PMDB). O deputado João Salame temia perder o mandato de deputado caso Maurino fosse reconduzido ao cargo, o que acabou acontecendo.
O prefeito de Marabá, já havia sido cassado no início deste ano, pelo juiz Cristiano Magalhães Gomes pelos mesmos motivos, e retomou a posição por forma de liminar.
O desfecho acabou beneficiando Maurino a permanecer no cargo, afastando todas as possibilidades de Nélio assumir a vaga de Salame.
Com a vacância de Nélio Aguiar na Câmara de Santarém, seu substituto deverá ser Rogério Cebulisk, conhecido popularmente como Gaúcho, que tem como reduto maior o bairro da Nova República, na condição de primeiro suplente do PMN.

Fonte: RG 15/O Impacto


Padre Edilberto: “Usina de São Luiz acabará com Rio Tapajós”

Padre Edilberto Sena alerta para danos que construção de usinas causarão.

Padre Edilberto Sena

Ambientalistas de Santarém e do Oeste do Pará afirmam que o Governo Federal ainda não tem licença ambiental para construir a Usina Hidroelétrica de São Luiz do Tapajós, no Município de Itaituba. Após marcar o leilão para a construção da Usina, para dezembro de 2013, o Governo Federal está sendo duramente criticado por ambientalistas locais.
Desde o ano de 2007 pesquisadores e ambientalistas que estudam a biodiversidade do rio Tapajós declaram em pesquisas que o manancial sofrerá sérios danos ambientais com a construção da usina.
Para o pesquisador da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Wallace Paxiúba Duncan, a construção de uma hidrelétrica na comunidade de São Luiz, em Itaituba, anunciada pelo Governo Federal, será um golpe fatal no rio Tapajós. Desde 2007, Duncan realiza pesquisas no rio Tapajós, no Município de Itaituba.

O projeto do Governo Federal prevê a construção de cinco hidrelétricas na região do rio Tapajós, no Pará, no complexo Tapajós-Jamanxim, produzido pelas empresas Eletronorte e Camargo Corrêa. Segundo especialistas em meio ambiente, as inundações causadas pela construção de barragens afetarão diretamente 871 km² de áreas protegidas de floresta, uma área equivalente a metade da cidade de São Paulo.
De acordo com o representante da Frente em Defesa da Amazônia (FDA), padre Edilberto Sena, a usina de São Luiz do Tapajós será a quarta maior usina hidrelétrica do País e, que se o empreendimento chegar a ser construída, terá 7 mil 880 megawatts estimados de potência instalada. São Luiz será maior que a Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, somadas. Será também uma das obras de maior complexidade ambiental do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“O Ministério do Meio Ambiente estudou uma proposta de projeto de lei, no sentido de minimizar possíveis desgastes para o governo ao determinar, via Medida Provisória, a redução de Unidades de Conservação Ambiental. O ato foi contestado no Supremo Tribunal Federal na semana passada pelo procurador-geral da República, Dr Roberto Gurgel”, destaca o religioso.
Segundo Gurgel, redefinir limites de unidades de conservação por MP é inconstitucional. Se acatada pelo Supremo Tribunal Federal, a ação interromperá todo o processo de licenciamento.
A construção dessas usinas na região do Tapajós há muito vem causando transtornos para os moradores ribeirinhos que serão atingidos. Várias manifestações já foram realizadas pela Frente de Defesa da Amazônia tentando impedir a realização desse projeto. Padre Edilberto sena, em reportagem concedida ao Impacto, no ano passado, declarou que ele, bem como os membros da FDA e os ribeirinhos farão de tudo para que essas suínas não sejam construídas. Há informações de que se for preciso, o rio Tapajós será fechado, inclusive, pode haver resistência armada, pois só quem mora na região sabe do que virá se essas suínas forem construídas.

Por: Fernanda Rabelo

Fonte: OImpacto.com

                                                            

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