Relacionamento começou com a ida dela à igreja.
Brasil - “Há três anos vivo com o homem dos meus sonhos:
charmoso, gentil, companheiro e lindo. Sou uma mulher apaixonada e
feliz, mas tive que lutar por esse amor”. Essas são as palavras de
Patrícia Viviane Rosa, 33 anos, noiva de um ex-padre.
A história
de amor de Patrícia começou quando ela ainda se recuperava do fim de seu
primeiro casamento. Da relação, lhe restaram três filhos. A então
moradora de Jundiaí, interior paulista, decidiu mudar de vida e há três
anos se mudou para Salto, também no interior do estado.
Em busca
de paz, ela procurou a igreja católica e foi assim que surgiu o que ela
denomina de verdadeiro amor. “Eu não imaginava que era dentro de uma
igreja, no altar, que eu iria me apaixonar perdidamente, como aconteceu.
Foi tão difícil entender e aceitar este amor, mas não pude lutar contra
ele”, afirma.
Nas idas às missas, Patrícia conheceu e se
aproximou do pároco Carlos Eduardo Souza, 38 anos. Padre há muitos anos,
o religioso sempre foi conhecido na cidade pela dedicação aos
compromissos com a comunidade.
Destino ou não, as confissões e
conversas fizeram com que a amizade entre eles se transformasse em amor.
“Foi muito difícil, mas depois de muito bate-papo, desabafos, eu
resolvi abrir meu coração e falei tudo que podia sobre meus
sentimentos”, conta Patrícia.
A resposta que ela queria ouvir não
foi imediata. Patrícia teve que esperar alguns dias para saber se
conseguiria viver seu amor. Depois de um mês de licença, Carlos Eduardo
pediu afastamento do cargo e deixou a batina.
O sentimento já
tomava conta também do coração dele. “Eu tentei ficar longe, porque a
minha vida religiosa era a coisa mais importante para mim. Deus faz
parte da minha vida, foi muito mais complicado do que uma simples
história de amor, fiquei dividido, mas me rendi ao coração”, explica
Carlos.
Há
três anos juntos, o casal tem um filho de um ano, e o menino, nascido
no dia de Natal, é chamado por eles de "uma benção de Deus". Para o
sustento da família, Patrícia montou um comércio pequeno, enquanto
Carlos, desempregado, ajuda na construção da casa, onde pretende viver
com a família.
A luta diária é só mais um motivo para unir o
casal. “A nossa situação não é fácil, temos dificuldades, somos uma
família de seis pessoas. Mesmo assim, é a realização de um sonho, pois
há muito amor e logo terá as bênçãos de Deus”, revela Carlos.
A
união do casal será celebrada na igreja onde a paixão começou. O
ambiente é familiar principalmente para ele, mas, desta vez a emoção
será diferente. O ex-padre ocupará uma posição distinta a que estava
habituado há alguns anos: a de noivo. O casamento está marcado para dia
21 de abril.
Sem preconceito
Ambos relatam que a
história de amor deles foi e continua sendo uma história respeitada na
cidade. “Nunca tivemos problemas com isso. Aqui em Salto, todos nos
conhecem e ficaram felizes com nossa união. Quando saímos às ruas da
cidade, todo mundo fica curioso, para conhecer nosso bebê”, conta
Patrícia.
Mesma história
Segundo a Associação Sem
Rumos, entidade destinada a auxiliar famílias de ex-padres, mais de
cinco mil párocos já deixaram o sacerdócio no Brasil para se casar.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário