Local: São Paulo - SP
Fonte: Valor Econômico
Link: http://www.valoronline.com.br/
Para o Valor, de São José dos Campos
O aumento da temperatura do planeta vai gerar um crescimento na frequência de raios. No Brasil, a Amazônia, no futuro, será a região mais afetada pelos raios, pois deverá registrar, até o fim do século, o maior aumento de temperatura do país, entre 4 e 8 Celsius. Outro fator que contribui para esse cenário é a previsão de uma diminuição na umidade da região, com a transformação da floresta em cerrado, o que favorece ainda mais a incidência de raios.
As afirmações fazem parte de estudo realizado pelo pesquisador Osmar Pinto Júnior, do Inpe, publicado no livro "Lightning in the Tropics: From a Source of Fire to a Monitoring System of Climatic Changes" (Os Raios nos Trópicos: de Fonte de Fogo a Um Sistema de Monitoramento de Mudanças Climáticas), lançado em novembro do ano passado, nos Estados Unidos, pela Nova Science Publishers, de Nova York.
As observações feitas por satélite e monitoradas pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Inpe, indicam um aumento de 18% na incidência de descargas atmosféricas nos últimos dez anos, e a tendência é que ocorra um acréscimo ainda maior nas próximas décadas. "A tendência global de crescimento na frequência de raios ocorrerá fundamentalmente devido ao aumento de temperatura provocado pela maior concentração de gases- estufa na atmosfera."
Os estudos sobre as relações entre raios e aquecimento global também serão intensificados a partir deste ano com a transferência do grupo de pesquisadores do Elat para o Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST), que desenvolve pesquisas na área de mudanças ambientais globais. "Este novo centro precisa reunir pesquisadores de várias áreas e buscar os cruzamentos interdisciplinares que revelam os aspectos mais importantes das mudanças no ambiente global", afirma o chefe do CCST, Carlos Nobre.
Os impactos causados pelos raios no ambiente e na vida dos brasileiros também estará sendo retratado, em breve, em um documentário, que está sendo produzido por Pinto Júnior. "Estamos finalizando o levantamento das informações históricas e devemos começar as filmagens em junho deste ano." A estreia está prevista para julho de 2011. (VS)
Fonte: Valor Econômico
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Para o Valor, de São José dos Campos
O aumento da temperatura do planeta vai gerar um crescimento na frequência de raios. No Brasil, a Amazônia, no futuro, será a região mais afetada pelos raios, pois deverá registrar, até o fim do século, o maior aumento de temperatura do país, entre 4 e 8 Celsius. Outro fator que contribui para esse cenário é a previsão de uma diminuição na umidade da região, com a transformação da floresta em cerrado, o que favorece ainda mais a incidência de raios.
As afirmações fazem parte de estudo realizado pelo pesquisador Osmar Pinto Júnior, do Inpe, publicado no livro "Lightning in the Tropics: From a Source of Fire to a Monitoring System of Climatic Changes" (Os Raios nos Trópicos: de Fonte de Fogo a Um Sistema de Monitoramento de Mudanças Climáticas), lançado em novembro do ano passado, nos Estados Unidos, pela Nova Science Publishers, de Nova York.
As observações feitas por satélite e monitoradas pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Inpe, indicam um aumento de 18% na incidência de descargas atmosféricas nos últimos dez anos, e a tendência é que ocorra um acréscimo ainda maior nas próximas décadas. "A tendência global de crescimento na frequência de raios ocorrerá fundamentalmente devido ao aumento de temperatura provocado pela maior concentração de gases- estufa na atmosfera."
Os estudos sobre as relações entre raios e aquecimento global também serão intensificados a partir deste ano com a transferência do grupo de pesquisadores do Elat para o Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST), que desenvolve pesquisas na área de mudanças ambientais globais. "Este novo centro precisa reunir pesquisadores de várias áreas e buscar os cruzamentos interdisciplinares que revelam os aspectos mais importantes das mudanças no ambiente global", afirma o chefe do CCST, Carlos Nobre.
Os impactos causados pelos raios no ambiente e na vida dos brasileiros também estará sendo retratado, em breve, em um documentário, que está sendo produzido por Pinto Júnior. "Estamos finalizando o levantamento das informações históricas e devemos começar as filmagens em junho deste ano." A estreia está prevista para julho de 2011. (VS)
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