O primeiro centro de treinamento de manejo florestal do Pará está em fase de implantação na gleba Curumucuri, em Juruti, oeste paraense. A área, com 33 mil hectares, vai abrigar um complexo tecnológico para qualificar as comunidades locais para a produção madeireira e de produtos florestais, como sementes e óleos, de forma sustentável.
O Decreto Estadual 105, publicado no Diário Oficial do Estado dia 21 de junho, anunciou o projeto, cuja implantação começou neste fim de semana, com a operação Mamuru. O Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor), em parceria com outros órgãos estaduais de meio ambiente e de segurança pública, está desocupando a área, que nos últimos anos foi alvo de madeireiros e posseiros ilegais.
O coordenador da operação, Pedro Bernardo, explica que após essa desocupação será possível fazer a licitação para selecionar a empresa que ficará responsável pela instalação da infraestrutura do centro e dos cursos de capacitação para a população. Parte do lucro será arrecadada pelo Estado, que investirá em outros projetos para as comunidades de Juruti.
"A concessão florestal à empresa estabelece o investimento nas comunidades, como a construção de escolas, barcos e caixa d'água, entre outros. O lucro que a empresa terá com os cursos e a exploração sustentável da madeira terá parte arrecadada pelo Estado, que destinará 30% desse valor aos projetos", reforça.
Qualificação - O diretor de Gestão de Florestas Públicas do Ideflor, Thiago Valente, ressalta que no início de 2012 a licitação deve ser lançada e, até o segundo semestre do mesmo ano, a população contará com a qualificação. "Além da comunidade, pretendemos beneficiar organizações governamentais e não-governamentais (ONGs), instituições de ensino e de pesquisa, empresas do setor florestal e todos os interessados da região", acrescenta Thiago Valente.
Segundo ele, o centro de treinamento de manejo florestal do Pará vai promover diversos cursos de produção madeireira e não-madeireira na gleba. A sustentabilidade será o foco principal da qualificação. As comunidades serão capacitadas para explorar a floresta sem devastá-la, seguindo a legislação ambiental vigente no Estado e no Brasil.
As famílias de Juruti já aguardam pelo projeto e avaliam de forma positiva a implantação do maior centro de manejo florestal do Norte na região de Juruti. O lavrador Isaías Rodrigues, 41 anos, acredita que o centro vai proporcionar outras possibilidades de manejo para os trabalhadores.
"É uma oportunidade muito grande para colocar famílias que querem emprego e renda. Além disso, já perdemos muita oportunidade de ganhar a vida com outras possibilidades que a floresta nos oferece, como, por exemplo, o beneficiamento do coco do babaçu, abundante aqui na região. A gente não sabe fazer isso e lá poderemos aprender", projeta. Para ele, "o centro vai produzir um modelo de exploração sustentável que vai ajudar muitas famílias em todo o Pará".
Assim como Isaías, a dona-de-casa e lavradora Shirley Nascimento, 31, sabe que o centro tecnológico poderá ensinar outras formas de economia para a família dela. "Eu e meu esposo trabalhamos no nosso sítio. Com certeza, com essa qualificação, poderemos trabalhar outros cultivos e outros produtos que a nossa plantação nos oferecer", planeja ela, que tem seis filhos e faz o cultivo de açaí. Um dos cursos que já despertou interesse em Shirley é o de coleta de sementes e de óleos, outros produtos para estimular a economia familiar.
O centro de treinamento de manejo florestal do Estado, que está na gleba Curumucuri, faz parte do conjunto de cinco glebas conhecido como Mamuru-Arapiuns. O nome faz referência aos dois rios que cercam a região. A área total do complexo corresponde a 1,312 milhão de hectares, o equivalente a 1,3 milhão de estádios do tamanho do Mangueirão.
As outras áreas do complexo estão sendo destinadas para assentamentos, de responsabilidade do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), e concessões florestais do Estado, concedidas pelo Ideflor.
Fonte: Redacão Ecoamazônia
O Decreto Estadual 105, publicado no Diário Oficial do Estado dia 21 de junho, anunciou o projeto, cuja implantação começou neste fim de semana, com a operação Mamuru. O Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor), em parceria com outros órgãos estaduais de meio ambiente e de segurança pública, está desocupando a área, que nos últimos anos foi alvo de madeireiros e posseiros ilegais.
O coordenador da operação, Pedro Bernardo, explica que após essa desocupação será possível fazer a licitação para selecionar a empresa que ficará responsável pela instalação da infraestrutura do centro e dos cursos de capacitação para a população. Parte do lucro será arrecadada pelo Estado, que investirá em outros projetos para as comunidades de Juruti.
"A concessão florestal à empresa estabelece o investimento nas comunidades, como a construção de escolas, barcos e caixa d'água, entre outros. O lucro que a empresa terá com os cursos e a exploração sustentável da madeira terá parte arrecadada pelo Estado, que destinará 30% desse valor aos projetos", reforça.
Qualificação - O diretor de Gestão de Florestas Públicas do Ideflor, Thiago Valente, ressalta que no início de 2012 a licitação deve ser lançada e, até o segundo semestre do mesmo ano, a população contará com a qualificação. "Além da comunidade, pretendemos beneficiar organizações governamentais e não-governamentais (ONGs), instituições de ensino e de pesquisa, empresas do setor florestal e todos os interessados da região", acrescenta Thiago Valente.
Segundo ele, o centro de treinamento de manejo florestal do Pará vai promover diversos cursos de produção madeireira e não-madeireira na gleba. A sustentabilidade será o foco principal da qualificação. As comunidades serão capacitadas para explorar a floresta sem devastá-la, seguindo a legislação ambiental vigente no Estado e no Brasil.
As famílias de Juruti já aguardam pelo projeto e avaliam de forma positiva a implantação do maior centro de manejo florestal do Norte na região de Juruti. O lavrador Isaías Rodrigues, 41 anos, acredita que o centro vai proporcionar outras possibilidades de manejo para os trabalhadores.
"É uma oportunidade muito grande para colocar famílias que querem emprego e renda. Além disso, já perdemos muita oportunidade de ganhar a vida com outras possibilidades que a floresta nos oferece, como, por exemplo, o beneficiamento do coco do babaçu, abundante aqui na região. A gente não sabe fazer isso e lá poderemos aprender", projeta. Para ele, "o centro vai produzir um modelo de exploração sustentável que vai ajudar muitas famílias em todo o Pará".
Assim como Isaías, a dona-de-casa e lavradora Shirley Nascimento, 31, sabe que o centro tecnológico poderá ensinar outras formas de economia para a família dela. "Eu e meu esposo trabalhamos no nosso sítio. Com certeza, com essa qualificação, poderemos trabalhar outros cultivos e outros produtos que a nossa plantação nos oferecer", planeja ela, que tem seis filhos e faz o cultivo de açaí. Um dos cursos que já despertou interesse em Shirley é o de coleta de sementes e de óleos, outros produtos para estimular a economia familiar.
O centro de treinamento de manejo florestal do Estado, que está na gleba Curumucuri, faz parte do conjunto de cinco glebas conhecido como Mamuru-Arapiuns. O nome faz referência aos dois rios que cercam a região. A área total do complexo corresponde a 1,312 milhão de hectares, o equivalente a 1,3 milhão de estádios do tamanho do Mangueirão.
As outras áreas do complexo estão sendo destinadas para assentamentos, de responsabilidade do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), e concessões florestais do Estado, concedidas pelo Ideflor.
Fonte: Redacão Ecoamazônia
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