HOMENAGEM

HOMENAGEM PÓSTUMA-Pascoal Brito de Araújo - 06.06.1947 - 13.03.2013

Pascoal Brito de Araújo - 06.06.1947 - 13.03.2013-É em profundo pesar e com sentimento de grande perda que se noticia a morte de Pascoal Brito de Araújo. Nascido em 06 de junho de 1947, Pascoal Brito de Araújo ou Dom Pascoal como era por muitos chamado ou simplesmente Comandante Pascoal, faleceu no dia 13 de março de 2013, em sua residência. Aviador, o Comandante Pascoal chegou à Novo Progresso no início da década de 80, se estabelecendo na Vila de Alvorada, para realizar vôos aos garimpos da região.  Comandante Pascoal faz o pouso de inauguração da Pista do Garimpo II Curinga em Junho de 1985, com seu cessna skylane, de flap manual. Muito mais que apenas um piloto de aeronave, Pascoal deixou sua marca na história, como cidadão de garra e destemido guerreiro. Além de piloto desbravador, sempre participou ativamente nas questões sociais da comunidade local. No esporte se dedicou fundando e patrocinando times de futebol. Nossa homenagem póstuma é um reconhecimento de que suas bravatas contribuíram para o desenvolvimento desta região. Palavras seriam insuficientes para demonstrar o significado e importância deste cidadão que nos deixa, mas através dela podemos refletir.  Reflitamos sobre o significado deste piloto que desafiava os perigos e exercia o domínio dos céus, seus inerentes desafios, aparentemente intransponíveis e desta forma, renovemos o incontido orgulho de termos contado com este aviador que nos deixa.  Pascoal não voava, apenas, quando erigia aos céus com seu "asa dura". Sentia a inolvidável magia e o contagiante fascínio de uma profissão versátil, instigante e incomum, que inebria o mundo, tal qual o fez com Santos-Dumont em seu primeiro vôo. O Comandante Pascoal cultivava o impávido sentimento que, cedo o fez encarar o desafio do domínio dos céus e das florestas, para que, envolto pela imensidão azul e verde, lograsse  incondicional êxito em sua valorosa missão de desbravar e assim fez história, assim fez escola. No alvorecer de cada dia, que fique, embora apenas em simbologia, a estóica consciência da grandiosidade dos teus atos, pois teus vôos, sustentados por asas de perícia e arrojo, vigilantes na tutela de nossos mais autênticos preceitos, muitas vidas  salvaram, à muitas bocas deram de comer. Por asas que conduzem progresso, na obstinação de ser instrumento de inclusão social, levando o alimento, a saúde, a esperança aos vitimados ou desassistidos, assim cumpriu sua missão. Por asas forjadas para o combate das dificuldades, treinadas para a defesa do progresso e de Novo Progresso, para o oportuno reconhecimento de que sem elas muitos teriam sido dizimados, para o tempestivo perfilhar de que a riqueza proporcionada pelo ouro extraído das florestas, que dignificam a tradição paraense, de glórias concebidas no fragor do bamburro, eis nossa homenagem. Este é o auspicioso horizonte que se descortina diante de nossos olhos, e que deve permanecer em memória. Essas são as ações de Comandante herdeiro da sabedoria, da dedicação e, mormente, da perseverança, da qual cada um de nós é beneficiário indissolúvel.  Manifesto, pois, meu irrestrito reconhecimento, elevado respeito e profundo orgulho! Parabéns, cavaleiro dos céus!  -Por Edson Cruz