Gilberto Kassab ofereceu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva um nome de seu partido, o PSD, para ser vice do petista Fernando Haddad na disputa pela Prefeitura de São Paulo, em outubro. A conversa ocorreu na semana passada, quando o prefeito paulistano visitou Lula no hospital Sírio-Libanês, onde ele passa por tratamento de radioterapia contra um câncer na laringe.
Na ocasião, segundo a Folha apurou, Kassab teria autorizado o petista a escolher o nome que quisesse dentro da legenda.
O novo gesto do prefeito tem potencial explosivo dentro do PT, que é um dos principais críticos da administração municipal.
Internamente, diz-se que Lula conseguiu emplacar seu candidato ao partido, mas racharia a sigla se insistisse em impor um afilhado do atual prefeito para a vaga de vice.
A oferta de Kassab também representa uma guinada na articulação que ele promovia até pouco tempo, a de tentar unir a sua legenda ao PSDB em uma candidatura única à sua sucessão.
Em outubro, ele propôs ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que os tucanos indicassem um nome para compor chapa encabeçada pelo vice-governador Afif Domingos (PSD).
Em troca, o prefeito selaria o compromisso de apoiar a reeleição de Alckmin em 2014. O entendimento, porém, não avançou.
JUNTOS
Embora Kassab e Lula não tenham comentado nomes no encontro da semana passada, há pelo menos uma pessoa no PSD com perfil híbrido: Henrique Meirelles, titular do Banco Central nos oito anos de Lula.
Procurado, Gilberto Kassab confirmou que a sucessão municipal fora alvo da conversa, mas negou ter discutido formalmente uma possível aliança. Na definição do prefeito, houve apenas uma abordagem superficial.
"Foi [algo como] `vamos estar juntos'. Não era o momento apropriado", disse.
Ele não esclareceu se desistiu da difícil costura com o PSDB ou se está apenas testando possíveis alianças.
O prefeito encontra dificuldade em lançar um candidato competitivo, até porque o recém criado PSD tem direito a tempo minúsculo na propaganda eleitoral.
Em dezembro, pesquisa do Datafolha mostrou que Lula ampliou sua força em São Paulo e poderia influenciar o voto de quase metade do eleitorado municipal. O instituto também identificou que a gestão de Kassab atingiu o menor índice de aprovação do segundo mandato: 20%.
NATUZA NERY
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
Editoria de Arte/Folhapress
Na ocasião, segundo a Folha apurou, Kassab teria autorizado o petista a escolher o nome que quisesse dentro da legenda.
O novo gesto do prefeito tem potencial explosivo dentro do PT, que é um dos principais críticos da administração municipal.
Internamente, diz-se que Lula conseguiu emplacar seu candidato ao partido, mas racharia a sigla se insistisse em impor um afilhado do atual prefeito para a vaga de vice.
A oferta de Kassab também representa uma guinada na articulação que ele promovia até pouco tempo, a de tentar unir a sua legenda ao PSDB em uma candidatura única à sua sucessão.
Em outubro, ele propôs ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que os tucanos indicassem um nome para compor chapa encabeçada pelo vice-governador Afif Domingos (PSD).
Em troca, o prefeito selaria o compromisso de apoiar a reeleição de Alckmin em 2014. O entendimento, porém, não avançou.
JUNTOS
Embora Kassab e Lula não tenham comentado nomes no encontro da semana passada, há pelo menos uma pessoa no PSD com perfil híbrido: Henrique Meirelles, titular do Banco Central nos oito anos de Lula.
Procurado, Gilberto Kassab confirmou que a sucessão municipal fora alvo da conversa, mas negou ter discutido formalmente uma possível aliança. Na definição do prefeito, houve apenas uma abordagem superficial.
"Foi [algo como] `vamos estar juntos'. Não era o momento apropriado", disse.
Ele não esclareceu se desistiu da difícil costura com o PSDB ou se está apenas testando possíveis alianças.
O prefeito encontra dificuldade em lançar um candidato competitivo, até porque o recém criado PSD tem direito a tempo minúsculo na propaganda eleitoral.
Em dezembro, pesquisa do Datafolha mostrou que Lula ampliou sua força em São Paulo e poderia influenciar o voto de quase metade do eleitorado municipal. O instituto também identificou que a gestão de Kassab atingiu o menor índice de aprovação do segundo mandato: 20%.
NATUZA NERY
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
Editoria de Arte/Folhapress
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