Caetano Scannavino, do Saúde & Alegria, defende mais
recursos para desenvolvimento sustentável na floresta.
Ambientalista diz que a velocidade do desmatamento na
Amazônia caiu, mas ainda é muito alta.
O ambientalista Caetano Scannavino, morador e
especialista da região amazônica, cobrou mais atuação do Brasil no desenvolvimento do território.
Ele defende que os demais estados brasileiros,
sobretudo, o eixo Rio-São Paulo, devem “nacionalizar a Amazônia”, ou seja, se
preocupar em se apropriar e conhecer melhor a região. Segundo Scannavino, há
ainda uma responsabilidade de todo o país com relação a este território.
Coordenador da ONG Projeto Saúde e Alegria, Scannavino participou do evento “No
Caminho da Rio+20″, no Rio. Ainda de acordo com o especialista, a parcela de
responsabilidade é também de países que usufruem dos recursos da Amazônia.
O custo é local, mas o benefício é global. É um fato que
o Brasil precisa de recursos. Só nós não temos condições de arcar com o
desenvolvimento sustentável da Amazônia. Isso não significa que perderíamos a
soberania do território — afirmou Scannavino.
Caetano Scannavino
O ambientalista disse que o Brasil pode ser vanguardista
no questão do desenvolvimento social aliado ao econômico e ambiental na
Amazônia, e vê na Rio+20 uma oportunidade de inserir o tema.
Ainda assim, ele
tem uma visão cética da conferência com relação à assinatura de acordos. Com
base no Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal
(Prodes), Scannavino mostrou que houve redução na destruição da floresta: em
1988, cerca de 21 mil quilômetros quadrados foram devastados.
Em 2010, este número
foi para cerca de seis mil quilômetros. Scannavino credita a redução a
políticas públicas, mas reafirma que o desmatamento ainda é considerado rápido.
A velocidade das ações ainda não acompanha a velocidade
da destruição do meio ambiente — disse.
Fonte: O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário