(Foto: Augusto Nascimento)
Quatro pessoas foram presas durante a operação Fukushima
deflagrada na madrugada desta terça-feira (10) em Belém. Elas são acusadas de
envolvimento direto nas fraudes relativas a convênios firmados pela Assembléia
Legislativa do Estado do Pará (Alepa). A operação, realizada pelo Grupo Especial
de Prevenção e Repreensão as Organizações Criminosas (Geproc), também apreendeu
centenas de documentos além de computadores, notebooks e pendrives.
As prisões ocorreram nas residências do contador Gilberto
Silva; da contadora Karla Noely Guimarães Marques; da chefa de gabinete do
deputado Pastor Divino (PRB), Silvana Helena Lobo da Silva e da servidora
lotada no gabinete do Pastor Divino, Maria Soreia da Silva Nascimento. “A busca
e apreensão com prisão de pessoas foi requerida com base no procedimento investigatório
que apura crime de lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e outras
fraudes cometidas em desfavor da coletividade”, disse o promotor Arnaldo Célio
Azevedo, um dos coordenadores da operação.
O coordenador do Geproc, promotor de justiça Milton
Menezes, explica que a operação é fruto das investigações em mais de 50
convênios firmados pela Alepa na gestão do ex-deputado Domingos Juvenil, que
atingiram o montante de mais de R$19 milhões. Além das residências, a
investigação também ocorreu em ONGs; a Associação dos Moradores do Bairro do
Guamá com sedes em Belém e Barcarena; o Movimento voluntário "Fé para
Mudar" (Ananindeua); a Mão Amiga; e a Associação Beneficiente Pará em Ação
(Belém).
Segundo o promotor, a fraude foi detectada a partir de
documentos encontrados no computador do ex-chefe de gabinete da Alepa, Edmilson
Campos, onde constava uma lista de pedidos/propostas de convênios entre
entidades privadas sem fins lucrativos. “A Alepa não pode fazer convênio. Não é
o objeto da instituição fazer trabalho de assistência social”, sintetizou o
promotor de justiça, Nelson Medrado.
O mais grave, foi apontado pelo promotor Arnaldo Azevedo
"os convênios não são fiscalizados e nem prestam contas ao Tribunal de
contas do Estado”.
Os documentos apreendidos serão analisados pelo GEPROC e
os presos prestam depoimentos e cumprem prisão temporária de cinco dias podendo
ser prorrogada por mais cinco. As prisões foram determinadas pelo juiz Pedro
Sotero.
Dez promotores de justiça do MP, nove delegados do Núcleo
de Inteligência da Polícia Civil e mais de 20 policiais militares e civis
cumpriram a determinação judicial do Juiz de Direito Pedro Pinheiro Sotero,
titular da 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares.
(DOL
com informações do MPE)
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