segunda-feira, 16 de abril de 2012

Paulo Paixão REFLEXÃO.


Cotidiano

Amanhecer para mim significa rezar
Ao despertar.
Agasalhar a minha amada sob os lençóis
E deixar que o silêncio vele o seu sono
Um pouquinho mais...
Ir para o terraço do primeiro andar de chinela
E pijama apreciar o sol despontar; ouvir a sinfonia
Dos pássaros e vê-los alçar seu voos para algures...
E, no fundo, invejar sua liberdade e sua
Despreocupação... Com os anjinhos vão!
Meu corpo pede um banho de água fria e o faço
Antes de tomar o café quentinho... O contrário
Faz mal! É o que dizem nossos avós!
Mais tarde vou ficar a sós com os livros ou
Compondo na telinha do computador...
Meus versos são reais ou quase irreais...
E diretamente proporcionais às minhas
Limitações... São como sou: simples e sinceros!
Não digo o que quero, mas o que minha
Alma transmite... O terno? O eterno? O etéreo?
Por longo tempo falo comigo mesmo: divago,
Divirjo, deduzo, destruo, discuto comigo mesmo.
Sou louco? Sou estranho? Sou tímido?
Acho a vida um barato! E acho que não perco
Tempo com ninharias, leviandades, hipocrisias...
Algumas vezes traio minha consciência e
Em seguido me pesam o arrependimento e o remorso!
Poderia, nesses momentos, cair em depressão,
Mas lembro: sou humano e filho de Deus!
E como Mário Quintana: eu passarinho,
As adversidades passarão!

Fonte: Paulo Paixão

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