domingo, 24 de novembro de 2013

Agricultores denunciam assentamento fantasma criado pelo Incra Dezenas de agricultores invadiram sede do Incra para cobrar providências


Dezenas de agricultores invadiram sede do Incra para cobrar providências
Dezenas de agricultores invadiram sede do Incra
Lideranças de 28 comunidades da região do Rio Mojú, no município de Mojuí dos Campos, no Oeste do Pará,em protesto pacifico invadiram a sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), por volta de 10h30, de terça-feira, 19. Os agricultores reivindicaram que o Governo Federal devolva as terras de um assentamento criado recentemente pelo Incra naquela região, o qual denominaram de “assentamento fantasma”.

Por volta de 10h40, com a ausência do atual superintendente do INCRA, Luiz Bacelar, os agricultores foram atendidos pelo superintendente adjunto Adalberto Anequino. Depois de muita conversa e questionamentos feitos pelos agricultores e de lideranças, ficou acertado que no dia 04 de dezembro próximo, um grupo liderado pelo prefeito de Mojuí dos Campos, Jailson Alves e de lideranças devem se reunir na Capital Federal, para um encontro com o presidente do INCRA.

O prefeito Jailson Alves, bem como os presidentes de sindicatos e Câmara Municipal de Mojuí dos Campos devem chegar a um acordo, junto ao Incra, para beneficiar a população rural.

De acordo com o prefeito de Mojuí dos Campos, Jailson Alves (PSDB), a criação do Projeto de Assentamento Coletivo (PAC), na Comunidade de Bom Sossego não é viável, principalmente porque já há o projeto do PA I e II, no mesmo local e, que foi implantado na região há alguns anos. “Já existe um abaixo-assinado para que o Incra não crie um assentamento fantasma na região”, avisa.

Jailson reforça que o movimento foi pacífico e, que hoje, Mojuí conta com cerca de 120 comunidades. “Vieram lideranças de várias comunidades. O Incra criou um assentamento irregular, mas o povo quer que as comunidades sejam atendidas pelo programa do Governo Federal, o Terra Legal”, diz.

ABAIXO-ASSINADO: Aproximadamente 200 moradores de 28 comunidades da região do Rio Moju, no planalto santareno participaram da manifestação, na sede do incra. Na ocasião, eles entregaram um abaixo-assinado com mais de 700 assinaturas ao superintendente adjunto do Instituto demonstrando que são contra o PAC.

Segundo o presidente da Associação dos Projetos Rurais da Região do Rio Moju (Asproprios), Antônio Zezithe de Sousa, a reivindicação foi também para solicitar a regularização das terras em que vivem. “Desde 2006 estamos lutando contra esse assentamento [PAC]. Criamos a associação para lutar contra esse projeto porque não tem progresso, ninguém pode crescer dentro de assentamento coletivo, ninguém pode ter fazenda, criações, e como vamos crescer assim?”, questiona.

Uma cópia do documento também foi enviada ao Ministério Público Federal (MPF. Caso as reivindicações não sejam atendidas, os agricultores prometem voltar a cidade e fazer uma manifestação maior.

INCRA NA UTI: Além do protesto dos agricultores, funcionários do Incra também protestaram contra os desmandos cometidos em termos de logística de trabalho. Em uma faixa exposta na entrada do prédio, na Avenida Presidente Vargas, no bairro do Caranazal, os funcionários do Incra colocaram a seguinte frase: “A gestão das terras do País precisa ser resgatada. O Incra está na UTI”, diz a faixa do Sindicato Nacional dos Peritos Federais Agrários (Sindipfa).

Fonte: RG 15/O Impacto

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