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Afora a novela do salário mínimo –que migrará do cenário legislativo para o STF— a fábula mais enfadonha da política nacional é a encenação de Gilberto Kassab.
A parábola atingirá o seu ápice em 30 de março. Em litígio com o DEM, o prefeito de São Paulo fundará uma nova legenda, o PDB (Partido Democrático Brasileiro).
Inicia-se, então, um novo capítulo. Depois de trocar o regime de pão e água da oposição pela dieta gorda do governi$mo, Kassab deve ir ao colo do PSB.
Delineou a estratégia, informam as repórteres Daniela Lima, Vera Magalhães e Catia Seabra, num café da manhã realizado na última terça (22).
Dividiu a mesa com o governador pernambucano Eduardo Campos e Márcio Franca, presidentes, respectivamente, do PSB federal e do PSB-SP.
O novo partido entra no enredo como mera estratégia para tentar evitar que a infidelidade com o DEM resulte em punições da Justiça eleitoral.
Kassab busca, além da autoproteção, um escudo que dê segurança jurídica aos políticos que planeja levar consigo na aventura.
Fala em duas dezenas de congressistas, menciona prefeitos e vice-governadores. Entre eles Guilherme Afif Domingos, o vice de Geraldo Alckmin (PSDB).
Ouvido, Afif, hoje um índio ‘demo’, praticamente confirma a constituição da nova tribo. Diz que, se sair do DEM, será “fiel depositário” da aliança com Alckmin.
Como assim? "Sempre serei um elo conciliador, não importa em que partido estiver".
Antes de abrir negociações com o PSB, Kassab tricotava com o PMDB. Em verdade, conserva em suspenso esse pedaço do tricô.
No final de semana, avistou-se com Temer, em São Paulo. Nos próximos dias, deve encontrar o ministro pemedebê Moreira Franco (Assuntos Estratégicos).
Dilma foi informada sobre a movimentação das agulhas. Primeiro por Temer. Depois, por Eduardo Campos. A presidente deu seu Ok às tratativas.
Kassab move-se com o objetivo de pôr em pé um palanque para 2014. Deseja concorrer ao governo de São Paulo.
Vai à disputa em queda nas pesquisas que avaliam sua prefeitura e espremido entre as duas principais forças políticas do Estado: PSDB e PT.
Antes, talvez tenha de se entender com o TSE. Candidato único à presidência do DEM federal, José Agripino Maia (RN) não parece disposto a facilitar a vida de Kassab.
Em privado, Agripino diz: se o DEM não for à Justiça contra Kassab, corre o risco de virar uma legenda de portas abertas.
Na semana passada, Kassab tocou o telefone para Agripino. Chamou-o de “meu presidente”. Disse que queria conversar. Ficou de marcar o dia. Até agora, nada.
Tomado pelo tamanho da vara, Kassab virou pescador tóxico. Lança seus anzóis na direção de pelo menos cinco legendas: além do DEM, PTB, PP, PR e até o PSDB.
A migração de Kassab da direita burguesa para o socialismo prêt-à-porter ainda produzirá muito ruído. E proverá à Justiça Eleitoral farta matéria prima.
Escrito por Josias de Souza
Afora a novela do salário mínimo –que migrará do cenário legislativo para o STF— a fábula mais enfadonha da política nacional é a encenação de Gilberto Kassab.
A parábola atingirá o seu ápice em 30 de março. Em litígio com o DEM, o prefeito de São Paulo fundará uma nova legenda, o PDB (Partido Democrático Brasileiro).
Inicia-se, então, um novo capítulo. Depois de trocar o regime de pão e água da oposição pela dieta gorda do governi$mo, Kassab deve ir ao colo do PSB.
Delineou a estratégia, informam as repórteres Daniela Lima, Vera Magalhães e Catia Seabra, num café da manhã realizado na última terça (22).
Dividiu a mesa com o governador pernambucano Eduardo Campos e Márcio Franca, presidentes, respectivamente, do PSB federal e do PSB-SP.
O novo partido entra no enredo como mera estratégia para tentar evitar que a infidelidade com o DEM resulte em punições da Justiça eleitoral.
Kassab busca, além da autoproteção, um escudo que dê segurança jurídica aos políticos que planeja levar consigo na aventura.
Fala em duas dezenas de congressistas, menciona prefeitos e vice-governadores. Entre eles Guilherme Afif Domingos, o vice de Geraldo Alckmin (PSDB).
Ouvido, Afif, hoje um índio ‘demo’, praticamente confirma a constituição da nova tribo. Diz que, se sair do DEM, será “fiel depositário” da aliança com Alckmin.
Como assim? "Sempre serei um elo conciliador, não importa em que partido estiver".
Antes de abrir negociações com o PSB, Kassab tricotava com o PMDB. Em verdade, conserva em suspenso esse pedaço do tricô.
No final de semana, avistou-se com Temer, em São Paulo. Nos próximos dias, deve encontrar o ministro pemedebê Moreira Franco (Assuntos Estratégicos).
Dilma foi informada sobre a movimentação das agulhas. Primeiro por Temer. Depois, por Eduardo Campos. A presidente deu seu Ok às tratativas.
Kassab move-se com o objetivo de pôr em pé um palanque para 2014. Deseja concorrer ao governo de São Paulo.
Vai à disputa em queda nas pesquisas que avaliam sua prefeitura e espremido entre as duas principais forças políticas do Estado: PSDB e PT.
Antes, talvez tenha de se entender com o TSE. Candidato único à presidência do DEM federal, José Agripino Maia (RN) não parece disposto a facilitar a vida de Kassab.
Em privado, Agripino diz: se o DEM não for à Justiça contra Kassab, corre o risco de virar uma legenda de portas abertas.
Na semana passada, Kassab tocou o telefone para Agripino. Chamou-o de “meu presidente”. Disse que queria conversar. Ficou de marcar o dia. Até agora, nada.
Tomado pelo tamanho da vara, Kassab virou pescador tóxico. Lança seus anzóis na direção de pelo menos cinco legendas: além do DEM, PTB, PP, PR e até o PSDB.
A migração de Kassab da direita burguesa para o socialismo prêt-à-porter ainda produzirá muito ruído. E proverá à Justiça Eleitoral farta matéria prima.
Escrito por Josias de Souza
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