terça-feira, 4 de dezembro de 2012

PF envia helicóptero com policiais para área de conflito entre madeireiros e fiscais.



Situação aconteceu durante o final de semana. Ministério Público solicitou apoio da Polícia

Após o conflito entre madeireiros, indígenas e fiscais do Ibama que aconteceu durante o final de semana, a Polícia Federal, atendendo uma solicitação do Ministério Público Federal, enviou uma equipe de policiais para a região do Alto Rio Guamá.


De helicóptero, uma equipe foi ao local e deve realizar um levantamento da situação para confirmar ou não o desaparecimento e agressão a funcionários federais da FUNAI, conforme denúncia junto aquele orgão federal.


De acordo com o Ibama, os conflitos começaram na manhã de sábado (1). Dois caminhões apreendidos pelo Ibama com madeira ilegal foram retidos por cerca de 30 homens, próximo a ponte sobre o rio Bananal, em Dom Eliseu. O grupo armado não permitiu a saída dos fiscais por cerca de três horas. Os supostos líderes da emboscada foram os mesmos que, no dia seguinte (2), teriam organizado uma manifestação violenta no centro do município. No protesto, incendiaram pneus e ameaçaram por fogo no hotel onde se hospedavam os agentes federais. Os madeireiros queriam que o Ibama se retirasse da região.


O ato começou às 8h e terminou somente às 13h, após uma reunião — entre a coordenadora da operação Soberania Nacional na Região, Taíse Ribeiro, e as lideranças locais — acordar o fim da manifestação, com a promessa de assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta que está em negociação para o setor, envolvendo Ministério Público Federal, Ibama e as secretarias de Meio Ambiente do Pará e de Dom Eliseu.


Já em Nova Esperança do Piriá, o Ibama fiscalizava explorações irregulares de madeira na Terra Indígena Alto Rio Guamá, a 400 km de Dom Eliseu, quando dois fiscais e o cacique Valdeci Tembé, guia da operação, também foram alvos de uma emboscada.


A ação ocorreu ainda no sábado, às 19h. Desta vez cerca de 150 homens armados renderam os fiscais que haviam ficado num trecho da estrada, vigiando uma caminhonete quebrada, enquanto um grupo maior, com seis agentes e oito homens do Batalhão de Polícia Ambiental do Pará, entrou na mata para localizar uma exploração ilegal.


Com chegada do 'invasores', o indígena fugiu para a floresta. Segundo o Ibama, os madeireiros, que usavam droga e bebiam cachaça durante o ataque, diziam que 'queriam o índio'. Os dois agentes ficaram em poder dos agressores até à uma hora de domingo, quando retornou o restante da equipe do Ibama. O coordenador da ação, Norberto Neves, negociou a saída em segurança dos agentes. Nenhum servidor do Ibama ou policial ficou ferido ou sofreu agressão física. O cacique Valdeci Tembé ainda está desaparecido.


Redação Portal ORM, com informações do Ibama e Polícia Federal

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