Situação
aconteceu durante o final de semana. Ministério Público solicitou apoio da
Polícia
Após
o conflito entre madeireiros, indígenas e fiscais do Ibama que aconteceu
durante o final de semana, a Polícia Federal, atendendo uma solicitação do
Ministério Público Federal, enviou uma equipe de policiais para a região do
Alto Rio Guamá.
De
helicóptero, uma equipe foi ao local e deve realizar um levantamento da
situação para confirmar ou não o desaparecimento e agressão a funcionários
federais da FUNAI, conforme denúncia junto aquele orgão federal.
De
acordo com o Ibama, os conflitos começaram na manhã de sábado (1). Dois
caminhões apreendidos pelo Ibama com madeira ilegal foram retidos por cerca de
30 homens, próximo a ponte sobre o rio Bananal, em Dom Eliseu. O grupo armado
não permitiu a saída dos fiscais por cerca de três horas. Os supostos líderes
da emboscada foram os mesmos que, no dia seguinte (2), teriam organizado uma
manifestação violenta no centro do município. No protesto, incendiaram pneus e
ameaçaram por fogo no hotel onde se hospedavam os agentes federais. Os
madeireiros queriam que o Ibama se retirasse da região.
O
ato começou às 8h e terminou somente às 13h, após uma reunião — entre a
coordenadora da operação Soberania Nacional na Região, Taíse Ribeiro, e as
lideranças locais — acordar o fim da manifestação, com a promessa de assinatura
do Termo de Ajustamento de Conduta que está em negociação para o setor,
envolvendo Ministério Público Federal, Ibama e as secretarias de Meio Ambiente
do Pará e de Dom Eliseu.
Já
em Nova Esperança do Piriá, o Ibama fiscalizava explorações irregulares de
madeira na Terra Indígena Alto Rio Guamá, a 400 km de Dom Eliseu, quando dois
fiscais e o cacique Valdeci Tembé, guia da operação, também foram alvos de uma
emboscada.
A
ação ocorreu ainda no sábado, às 19h. Desta vez cerca de 150 homens armados renderam
os fiscais que haviam ficado num trecho da estrada, vigiando uma caminhonete
quebrada, enquanto um grupo maior, com seis agentes e oito homens do Batalhão
de Polícia Ambiental do Pará, entrou na mata para localizar uma exploração
ilegal.
Com
chegada do 'invasores', o indígena fugiu para a floresta. Segundo o Ibama, os
madeireiros, que usavam droga e bebiam cachaça durante o ataque, diziam que
'queriam o índio'. Os dois agentes ficaram em poder dos agressores até à uma
hora de domingo, quando retornou o restante da equipe do Ibama. O coordenador
da ação, Norberto Neves, negociou a saída em segurança dos agentes. Nenhum
servidor do Ibama ou policial ficou ferido ou sofreu agressão física. O cacique
Valdeci Tembé ainda está desaparecido.
Redação Portal ORM, com informações do Ibama e Polícia
Federal
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