sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Projeto busca aprimorar atividade garimpeira na região Projeto elaborado pela USP envolve Ufopa e Seicom.

Santarém  - A Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), apresentaram, em reunião realizada na manhã desta sexta-feira (14) em Santarém, um projeto modelo a ser implementado na região.

O projeto foi elaborado pelo Núcleo de Pesquisa da Pequena Mineração Responsável, da USP. A proposta visa o aprimoramento da atividade mineral na região do Rio Tapajós. O financiamento deve ser feito pelo governo federal.

“A gente começou a ver que um setor que precisava de apoio era o de pequena mineração. Esse conceito a gente desenvolveu na USP nos últimos dois anos, com o apoio de várias outras universidades do Canadá e aqui do Brasil e a gente levou essa proposta pra Rio Mais 20. Lá, houve uma reação muito forte a favor de, finalmente ter uma proposta real que possa fazer diferença pro pequeno minerador”, informou o diretor do Núcleo de Pesquisas da USP, Giorgio Detomi.

“Não só com produção sustentável do garimpo, mas internalizar os recursos que são gerados. Hoje, a produção garimpeira na região não internalizou de recursos para o desenvolvimento sustentável da região e a ideia é que esse paradigma seja mudado”, afirmou o pró-reitor de Planejamento da Ufopa, Aldo Queiroz.

Segundo dados da Seicom, na região do Tapajós existem aproximadamente 2 mil garimpos, com 60 mil pessoas trabalhando. Devido a esses números foi montado um grupo específico na região para identificar problemas e desafios nessa área. Os macroprocessos de licenciamento e elaboração da agenda ambiental serão revistos.

“Já houve uma série de iniciativas de governos, de instituições de ensino, se instituições internacionais, mas o que a gente observa é que essas iniciativas muito boas só tem vitalidade enquanto tem o recurso externo. Se retirar o recurso, a atividade decai. O nosso grande desafio é pensar num modelo de pequena lavra sustentável pra região do Tapajós que seja auto suficiente”, informou a secretária adjunta da Seicom, Maria Amélia Enriques.

Redação Notapajos com informações de Daniele Gambôa

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