Cerca de cinco milhões de pessoas morrem de
AVC por ano, no mundo; no Brasil são por volta de 100 mil
Os números impressionam. Segundo a OMS
(Organização Mundial da Saúde), mais de cinco milhões de pessoas morrem,
anualmente, em decorrência do AVC (acidente vascular cerebral), também
conhecido como derrame. No Brasil, este índice é de aproximadamente 100 mil
casos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Desse total, 43 mil ocorrem na região
Sudeste: 21 mil em São Paulo e quase 11 mil no Rio de Janeiro. Quando não mata, o mal leva a sequelas graves que
atingem em torno de 50% dos sobreviventes. Por fim, sabe-se que a doença é mais
comum após os 40 anos, embora possa surgir em qualquer idade.
Por tudo isso, reconhecer e tratar o AVC são
grandes desafios atuais no país e no mundo. O problema ocorre quando uma
artéria é tapada ou obstruída ou quando se rompe um vaso sanguíneo. Diante do
quadro, a parte do cérebro afetada não recebe o oxigênio necessário e neurônios
começam a morrer. Perceber que o derrame está acontecendo é fundamental porque
cada minuto sem tratamento significa a morte de muitos neurônios e das conexões
entre eles, o que origina sequelas.
"Ele não surge do nada, geralmente é
fruto de disfunções anteriores que levam ao aumento no risco de oclusão de um
vaso ou seu rompimento", salienta o neurologista Leandro Teles, médico do
Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Diante da menor suspeita do distúrbio, é
imprescindível, portanto, buscar ajuda médica especializada, que confirmará o
diagnóstico e implementará as ações necessárias, salienta o neurocirurgião
Paulo Porto de Melo, que é membro das Sociedades Brasileira e Americana de
Neurocirurgia e colaborador do Departamento de Neurocirurgia da Universidade de
Saint Louis (Missouri, EUA).
Rosana Faria de Freitas
Do UOL, em São Paulo 27/05/201307h00
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