Após um esforço conjunto do poder público e o
setor produtivo, a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) receberá,
no próximo mês, a portaria que certifica o território paraense como área 100%
livre da febre aftosa com vacinação. Com a nova classificação, toda a produção
do rebanho paraense poderá ser exportada para outras áreas livres de aftosa no
país. O certificado, que garante a mudança de status, será entregue pelo
Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, em uma
cerimônia prevista para acontecer no Maranhão.
Antes, somente a região sul do Estado (Área
1, de acordo com a classificação sanitária) tinha total liberdade de
exportação. A nova portaria garantirá a mesma liberdade, agora para as regiões
do Nordeste (Área 2) e do Baixo Amazonas e Marajó (Área 3), impactando
diretamente na produção de 100 municípios paraenses. Juntas, as Áreas 2 e 3 do
Pará possuem um rebanho de, aproximadamente, cinco milhões de cabeça, entre
bovinos e bubalinos.
A Área I, que já possui a classificação
internacional de livre da febre aftosa com vacinação, em cerca de 70% do
rebanho, reúne 44 municípios das regiões sul e sudeste. Ao todo, o rebanho
paraense é de cerca de 20 milhões de cabeças de gado. “Desde de 2011, nós
vínhamos buscando avançar no restante do Estado. Esse ganho é fundamental
porque vamos colocar, a partir da portaria, mais cinco milhões de cabeças no
mercado em condições sanitárias de igualdade com outras áreas”, ressaltou o
diretor da Adepará, Sálvio Freire.
O Estado do Pará, segundo o presidente da
Federação de Agricultura e Agropecuária do Pará, Carlos Xavier, é o estado
brasileiro em que a pecuária mais cresce. Com o Pará 100% livre da febre aftosa,
a produção avançará significativamente.
Novos esforços
Após a classificação positiva do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Sálvio Freire afirmou que os
esforços do governo continuarão, mas que o pleito passará a ser encabeçado pelo
governo federal, através de subsídios fornecidos pelo Pará. O objetivo será
garantir as áreas 2 e 3 do Estado como 100% livre da Aftosa, a nível
internacional, já que a região do nordeste paraense já possui esta
classificação.
O próximo passo é o encaminhamento de um
relatório, em junho deste ano, à Organização Internacional de Saúde Animal, com
sede na França, que também analisará a mudança de status, inclusive com
auditorias no Estado para confirmação dos serviços e resultados alcançados. Com
o novo aval positivo, a totalidade do rebanho paraense poderá ser
comercializada em qualquer outro país. “Nossa expectativa é receber essa
certificação em maio de 2014”, afirma Sálvio Freire.
No início de maio, foi dado início a mais uma
etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Pará, com investimentos
de quase R$ 250 mil, no combate à doença em 2.383 propriedades rurais, que
estão em áreas consideradas de maior risco para a doença. A vacinação do
rebanho de bovinos e bubalinos, que prossegue até o dia 31, só ainda não está
sendo realizada nos municípios do Arquipélago do Marajó e nos municípios de
Faro e Terra Santa, no oeste paraense.
Terça-Feira, 14/05/2013, 14:02:42 -
Atualizado em 14/05/2013, 14:29:18
(DOL, com informações da Agência Pará)
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