Dono de cerca de 20 segundos de tempo de TV, o nanico PSC (Partido Social
Cristão) acertou-se com o governo e desistiu de apoiar Serra.
Pior: em entrevista marcada para esta quarta (30), a legenda deve anunciar o apoio a Dilma.
Embora integre o consórcio partidário que dá suporte congressual a Lula, o PSC aderira a Serra em maio.
No oficial, a legenda atribui a meia-volta à suposta recusa de Serra em considerar a indicação de seu único senador, Mão Santa (PI), para vice da chapa.
No paralelo, os pendores oposicionistas do PSC foram amolecidos pela ascensão de Dilma nas pesquisas e por um acerto com o governo.
A cúpula do partido se queixava da “desatenção” com que vinha sendo tratada pelo Planalto na liberação das emendas orçamentárias de seus 16 deputados.
Além de pão e água, alegava-se que o ministro Alexandre Padilha, coordenador político de Lula, servira um chá de cadeira a um mandachuva do PSC que o visitara.
Nesta terça (29), Padilha trocou o chá por café quente e água fresca. Abriu as portas de seu gabinete para o pastor Everaldo Dias Pereira.
Vice-presidente do PSC, o pastor Everaldo foi ao Planalto acompanhado do líder de Lula na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Numa nota levada ao seu micro-blog, Padilha deu publicidade ao "despacho" com o pastor. Fez questão de pendurar na web uma foto do encontro (veja lá no alto).
Junto com o tempo de TV, o PSC carrega companhias constrangedoras. Em Brasília, a principal liderança da legenda é o “ficha suja” Joaquim Roriz.
A perspectiva de defecção chega num instante em que Serra tenta superar a crise que eletrifica suas relações com o DEM.
O candidato tucano talvez devesse considerar a hipótese de convidar para vice um bom pai de santo. Não rende votos. Mas pode ajudar a espantar a urucubaca urdida em "despachos" inimigos.
Divulgação/Twitter de Alexandre Padilha
Escrito por Josias de Souza
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