quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Denúncia: Casais fazem sexo e defecam na praia de Alter do Chão.

Embarcações estão proibidas de atracar na "Ilha do Amor"

Cap. Andrade: “Marinha vai fiscalizar”
Diversas denúncias de moradores de Alter do Chão e turistas levaram a Capitania dos Portos e demais órgãos de segurança de Santarém a proibir as embarcações que transportam passageiros para o Sairé, de atracar na Ilha do Amor e no Lago Verde. A iniciativa tem como objetivo evitar uma série de problemas que vinham acontecendo na praia de Alter do Chão.

Segundo os comunitários, as embarcações jogavam fezes humanas no Lago Verde e nos arredores da Ilha do Amor, o que estava prejudicando a qualidade da água nas praias da vila balneária, ocasionando riscos aos banhistas. Para as embarcações que irão levar passageiros para o Sairé, os órgãos de segurança alertam que terão que instalar banheiros químicos no interior dos barcos ou buscar alternativa para o despejo das fezes humanas.

Outro problema apresentado pelos moradores foi em relação a casais que permanecem à noite na Ilha do Amor, durante o Festival do Sairé. De acordo com eles, os casais que vão de barco para Alter transformam a ilha em um ‘sexódromo’ ou ‘motel a céu aberto’, prejudicando famílias que procuram a praia para o lazer e o descanso.
Barcos serão proíbidos de atracar na praia de Alter do Chão
O comandante da Delegacia Fluvial de Santarém, capitão Andrade, avisa que a fiscalização nos barcos vai ser rigorosa e, que as embarcações de esporte e recreio também serão acompanhadas pelos militares.

PLANEJAMENTO: Em reunião realizada no último domingo em Alter do Chão, os órgãos de segurança decidiram manter o planejamento usado em anos anteriores. Cerca de 500 agentes de segurança devem fazer parte do sistema este ano.

Os trabalhos serão realizados durante os cinco dias de festival. De acordo com a coordenação do Sairé, a ação será em conjunto.

Policiais civis, militares, Corpo de Bombeiros, Detran e Capitania Fluvial serão responsáveis pela segurança dos visitantes de Alter do Chão. “Vamos tentar ajustar o que não foi possível, realizar onde teve entraves para que a gente possa ter um evento de sucesso”, completa a Secretária Municipal de Cultura, Jarle Aguiar. O festival do Sairé ocorrerá no período de 13 e 17 de setembro.

CULTURA: O Sairé é a mais antiga manifestação da cultura popular da Amazônia. A festa resiste há mais de 300 anos, mantendo intacto o seu simbolismo e essência. A origem remonta ao período da colonização, quando os padres jesuítas, na missão evangelizadora pela bacia do rio Amazonas, envolviam música e dança na catequese dos índios (essa é a hipótese mais provável, já que, antes da catequização, os indígenas não conheciam a religião cristã, nem os textos bíblicos e nem o mistério da Santíssima Trindade).

ESCALPELAMENTOS: Com o objetivo de evitar novos casos de escalpelamentos no interior de Santarém, a Capitania dos Portos realiza um trabalho de instalação de um acessório que protege o eixo do motor das embarcações. Quem deseja instalar o acessório em embarcações, como bajaras, lanchas, entre outras, deve procurar a sede da Marinha, localizada na orla de Santarém. A proposta é de que a cobertura do eixo e do rotor previna os casos de escalpelamento. O problema, segundo a Marinha, acontece quando o motor da embarcação enrosca o cabelo de uma pessoa e acaba arrancando o coro cabeludo. No caso das mulheres, houve o maior registro nos últimos anos.

De acordo com o comandante da Delegacia Fluvial de Santarém, Capitão José de Fátima Oliveira de Andrade, a Marinha em Santarém disponibiliza gratuitamente a instalação do acessório para os donos de embarcações. Para ele, a proteção é importante para a saúde humana e que todas as pessoas que tenham embarcações ainda com o motor descoberto devem se dirigir à Capitania para evitar acidentes.

No ano de 2009 em Santarém, o Ministério Público Estadual (MPE) emitiu recomendação à diretoria da Capitania dos Portos do Município, para que divulgue ostensivamente aos proprietários de embarcações a obrigatoriedade do uso de proteção no motor, eixo e partes móveis dos barcos, de forma a proteger os passageiros do risco de acidentes como o escalpelamento, conforme o disposto na Lei 11.970/09. O MPE considerou que a Lei, em vigor desde o dia 06 de agosto de 2009, dispõe que em caso de descumprimento, o infrator está sujeito à multa, e em caso de reincidência, a penalidade será multiplicada por três, além de ser apreendida a embarcação e cancelado o Certificado de Habilitação.


Por: Carlos Cruz

Nenhum comentário:

Postar um comentário