O PT pretende poupar a Igreja
Universal de ataques caso Fernando Haddad passe ao segundo turno contra o líder
Celso Russomanno (PRB), cujo partido é controlado pela denominação.
Os petistas temem uma
retaliação da TV Record ao governo Dilma Rousseff e devem usar o ministro da
Pesca, Marcelo Crivella (PRB), para negociar um pacto de não agressão na
disputa.
Russomanno cai pela 1ª vez;
Haddad cresce e empata com Serra, diz Datafolha
Além disso, o ex-presidente
Lula costurou a aproximação entre o PT e a igreja do bispo Edir Macedo e
incentivou a criação da sigla aliada.
O vínculo do partido de
Russomanno com a igreja do bispo Edir Macedo tem sido usado por José Serra
(PSDB) e Gabriel Chalita (PMDB) como principal arma contra o líder das
pesquisas.
Haddad, no entanto, tem
evitado a polêmica. Limita-se a criticar, de forma genérica, o uso de máquinas
religiosas em campanhas rivais.
"Nossa linha será
desconstruir Russomanno pela ausência de propostas, sem entrar nessa coisa de
igreja", diz o deputado estadual Simão Pedro, que integra a coordenação da
campanha petista.
Bispo licenciado da Universal
e ex-executivo da Record, o presidente do PRB, Marcos Pereira, diz estar
"certo" de que o PT não usará a igreja contra seu candidato.
"Eles já optaram por não
fazer isso", afirma. "Se o PT tentar dizer que as nossas propostas
são falhas, é aceitável. O que não pode é levar essa questão da religião."
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO
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