voto_consciente
Em menos de
um mês, eleitores de 5.568 municípios brasileiros vão escolher os futuros
prefeitos entre os mais de 15.550 candidatos considerados aptos pela Justiça
Eleitoral. E o voto jovem tem a possibilidade de decidir quem sairá vencedor.
Ao total, o
Brasil tem 140,6 milhões de eleitores, de acordo com o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). Desse total, 41,3% têm entre 16 e 34 anos, ou seja, 58,2
milhões. Só entre os adolescentes de 16 e 17 anos, com voto facultativo, há 2,9
milhões de eleitores. Considerados apenas os jovens entre 16 e 24 anos, há 24,8
milhões de votos que podem fazer a diferença.
Mas, em quem
votar? Quais critérios usar para escolher um bom candidato? Quais são as
principais demandas da cidade? Quais os planos de governo? E os 450 mil
candidatos às 58 mil vagas de vereador, o que pensam e sugerem para melhorar as
cidades?
Voto
Consciente
Pensando
nisso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a campanha
“Voto Consciente – Eleições 2012”. De acordo com o secretário-geral e bispo
auxiliar de Brasília, dom Leonardo Steiner, a atitude é uma contribuição com
orientações aos fieis e a todos os cidadãos, firmadas na ética e na cidadania à
luz do Evangelho. "A campanha quer contribuir para a recuperação da
política como a construção do bem comum, recolocando-a no patamar do qual
jamais deveria ter saído", disse.
A campanha
tem uma série de nove vídeos (links ao final da matéria) com temas para
refletir sobre a importância do voto.
Confira
abaixo cinco modos de dar um voto consciente e ajudar a construir cidadania.
1. Agir
coletivamente
O tempo das
eleições pode nos ajudar na reflexão e cons¬trução de novas práticas frente à
democracia, valorizando o agir coletivo, que tem sua base na comunidade. É nas
comunidades ou nos organismos da sociedade civil, que o povo se constitui como
sujeito do processo político. Buscar a construção dessa consciência coletiva é
fundamental para a conquista do bem comum, meta de toda ação política
verdadeira.
2. Formar
para a participação
Desencanto e
descrédito têm marcado a política em nosso país. Causas para isso não faltam. O
que fazer, então? Cruzar os braços? Ignorar? Não! O remédio é a participação de
todos, especialmente dos jovens. O novo que queremos só virá com a nossa
participação individual e coletiva. Há experiências positivas em várias cidades
que mostram a força da comunidade quando o povo se organiza e participa.
3.
Conscientizar para o voto cidadão
O voto tem
relação com o bem comum e gera profundas consequências para a vida das pessoas
em qualquer cidade e no campo. Se você ainda não está convencido disso, leia
mais sobre o verdadeiro sentido da política. Além disso, troque ideias com
outras pessoas; participe de debates, palestras, seminários.
Para as
eleições deste ano, procure entender as funções que estão em jogo: prefeito,
vice-prefeito, vereador. Assim você perceberá melhor se as práticas dos agentes
políticos são coerentes ou não com suas funções.
Contra os
candidatos corruptos, use a Lei da Ficha limpa, criada em 2010. Ela torna
inelegíveis candidatos com passado sujo, com improbidades, crimes etc. O
momento das eleições é muito importante para conhecer a ficha dos candidatos.
Ficha suja não merece crédito e nem voto! Use também a Lei 9.840, em vigor
desde 1999. Ela combate a compra de votos e o uso da máquina administrativa
pelos candidatos.
4. Construir
estruturas de participação permanente
O momento
eleitoral é excelente oportunidade para se constituírem instrumentos de
participação democrática no Município, que vão além da Democracia
Representativa. Por isso, precisamos participar nos Conselhos garantidos pela
Constituição Cidadã: educação, saúde, assistência social, idoso, mulher,
criança e adolescente etc.. Exija o Orçamento Participativo no seu município e
elimine a política de favores e o clientelismo; acompanhe os poderes
constituídos formando grupos que participem das reuniões da Câmara; faça a
mesma coisa com o Executivo.
5. Agir
localmente, pensando globalmente
As eleições
municipais nos ajudam a agir localmente, mas pensando globalmente. Por isso,
tenha sempre presentes as grandes questões nacionais como: a revisão do modelo
econômico e da forma de consumo; a busca de uma nova forma de encarar o
trabalho, entendido como direito humano fundamental; a defesa da vida em todas
as suas formas e dimensões; o acesso à terra e ao solo urbano por meio da Reforma
Agrária; a democratização dos meios de comunicação; a Reforma Politica; a
ecologia.
jovensconectados.org.br
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