Num país tão heterogêneo, social e geograficamente, sintetizar as motivações dos eleitores numa fórmula única é tarefa impossível. Até mesmo no indivíduo, a construção do voto segue muitos meandros e se compõe de muitos elementos, tanto objetivos quanto subjetivos: simpatias e identificações pessoais, resultados palpáveis no bolso, grau de satisfação com os serviços públicos, casualidades da vida, enfim, experiências pessoais que têm muito ou pouco a ver com o governo.
Mas, se há uma coisa que define o sentimento dos brasileiros, que permeia todas as classes sociais e regiões do País, que atravessa as fronteiras do urbano e do rural, do nível de instrução e da idade, é essa: os brasileiros têm os olhos voltados para o futuro. Independentemente de suas preferências e posições sociais, eles concordam que a vida melhorou nos últimos anos, e veem continuidade naquilo que mais importa nesses 16 anos de governo de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva: as políticas econômica e social.
As coisas têm melhorado, e o que eles querem saber agora é em quem devem votar para que elas continuem melhorando. Por razões muito concretas, esse estado de ânimo perpassa eleitores em situações socioeconômicas e com sensibilidades e compreensões da realidade tão díspares: a melhoria do poder de compra dos trabalhadores, o acesso ao crédito, a expansão dos programas sociais, a geração de empregos formais, o crescimento com inflação baixa.
Os brasileiros estão mais contentes do que antes. Isso não significa que estejam satisfeitos: eles querem mais. Como não há um embate entre os candidatos sobre modelos de políticas econômicas e sociais, é natural que não haja um “herdeiro” óbvio do que é percebido como conquistas, nem um oponente claro daquilo que ainda perturba os brasileiros. E há muito o que os perturba: as ineficiências do Estado, a precariedade da saúde, a violência, a corrupção, os impostos altos, enfim, os velhos problemas de sempre.
As narrativas que seguem não pretendem ter consistência estatística. Não são pesquisas, nem sequer qualitativas: são reportagens. Mas o leitor não deixará de notar uma correlação entre os resultados das pesquisas de aprovação do governo e de intenção de voto e as opiniões expressas pelos entrevistados. Muitos dos estereótipos se confirmam aqui: o espírito crítico dos mais instruídos e urbanos, a gratidão dos mais pobres para com os programas sociais, a identificação especial dos nordestinos com o presidente Lula, as habituais queixas e inquietudes dos produtores rurais e dos empresários.
Mas mesmo o previsível ganha a vivacidade que só histórias reais podem proporcionar. É o Brasil em movimento. (AE)
Mas, se há uma coisa que define o sentimento dos brasileiros, que permeia todas as classes sociais e regiões do País, que atravessa as fronteiras do urbano e do rural, do nível de instrução e da idade, é essa: os brasileiros têm os olhos voltados para o futuro. Independentemente de suas preferências e posições sociais, eles concordam que a vida melhorou nos últimos anos, e veem continuidade naquilo que mais importa nesses 16 anos de governo de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva: as políticas econômica e social.
As coisas têm melhorado, e o que eles querem saber agora é em quem devem votar para que elas continuem melhorando. Por razões muito concretas, esse estado de ânimo perpassa eleitores em situações socioeconômicas e com sensibilidades e compreensões da realidade tão díspares: a melhoria do poder de compra dos trabalhadores, o acesso ao crédito, a expansão dos programas sociais, a geração de empregos formais, o crescimento com inflação baixa.
Os brasileiros estão mais contentes do que antes. Isso não significa que estejam satisfeitos: eles querem mais. Como não há um embate entre os candidatos sobre modelos de políticas econômicas e sociais, é natural que não haja um “herdeiro” óbvio do que é percebido como conquistas, nem um oponente claro daquilo que ainda perturba os brasileiros. E há muito o que os perturba: as ineficiências do Estado, a precariedade da saúde, a violência, a corrupção, os impostos altos, enfim, os velhos problemas de sempre.
As narrativas que seguem não pretendem ter consistência estatística. Não são pesquisas, nem sequer qualitativas: são reportagens. Mas o leitor não deixará de notar uma correlação entre os resultados das pesquisas de aprovação do governo e de intenção de voto e as opiniões expressas pelos entrevistados. Muitos dos estereótipos se confirmam aqui: o espírito crítico dos mais instruídos e urbanos, a gratidão dos mais pobres para com os programas sociais, a identificação especial dos nordestinos com o presidente Lula, as habituais queixas e inquietudes dos produtores rurais e dos empresários.
Mas mesmo o previsível ganha a vivacidade que só histórias reais podem proporcionar. É o Brasil em movimento. (AE)
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