quarta-feira, 19 de maio de 2010

Preço e qualidade do serviço de telefonia foram temas de audiência na Câmara

SÃO PAULO – As constantes reclamações dos consumidores e os altos preços da telefonia fixa e móvel do País foram os principais temas discutidos durante audiência realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados na última terça-feira (18).

No debate, o coordenador-geral de assuntos jurídicos do DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor) do Ministério da Justiça, Amaury Oliva, criticou a qualidade dos serviços prestados pelas operadoras e os altos preços cobrados. “As operadoras de telefonia não cumprem regras básicas e não oferecem melhorias na qualidade do serviço”, disse, de acordo com a Agência Câmara.

Por outro lado, o presidente da Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações), Eduardo Levy, defendeu o setor. “O setor de telecomunicações é mais tributado do que o de cigarros”, afirmou. “A cada R$ 100 de serviços prestados, R$ 40 são de impostos”.

Reclamações

Para Oliva, a baixa qualidade do serviço tem gerado descontentamento dos consumidores. Tanto é que 75% das reclamações de consumidores sobre o descumprimento das regras de atendimento dos call centers é referente ao setor de telefonia fixa e móvel. Das reclamações que os órgãos dos consumidores recebem, 39% referem-se a esses serviços.

“Os serviços no país são caros e não há qualidade que o consumidor espera”, disse Oliva, de acordo com a Agência Brasil. De acordo com a UIT (União Internacional de Telecomunicações), o serviço de telefonia celular brasileiro é o quarto mais caro do mundo.

Para Levy, da Telebrasil, para fazer o levantamento a UIT considerou apenas os planos básicos, que teriam preços mais elevados do que os planos comerciais – aqueles criados pelas operadoras, geralmente com pacotes promocionais.

Pré-pago da Anatel

O gerente de Comunicações Pessoais Terrestres da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Nelson Mitsuo, informou, durante a audiência, que a agência estuda criar um cartão telefônico para ser usado em telefones móveis. A diferença é que os créditos não estarão associados a operadoras.

Segundo afirmou Mitsuo, de acordo com a Agência Brasil, o cartão poderia ser usado em qualquer aparelho e teria prazo ilimitado de validade dos créditos. Ele informou ainda que faltam definir questões técnicas, como a plataforma de cobrança, para criar o sistema de pré-pago.

Fonte: msn.com

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