As desavenças políticas entre PT e PMDB no Pará poderão criar um fato inusitado na eleição de outubro, quando os dois partidos, aliados no plano nacional, tiverem que receber no Estado a pré-candidata a presidente da República, Dilma Rousseff: dois palanques para ela, um da governadora Ana Júlia Carepa (PT) e o outro do deputado federal Jader Barbalho (PMDB). O PMDB defende abertamente o rompimento com a governadora e estimula Jader a enfrentá-la nas urnas como candidato ao governo.
A governadora é acusada de não honrar os compromissos com seus aliados, sobretudo o PMDB, cujo apoio foi decisivo para acabar com a hegemonia de 12 anos do PSDB no poder estadual. Os peemedebistas receberam algumas secretarias de governo, mas os ocupantes alegam que eram penalizados com a falta de recursos e vigiados permanentemente por petistas indicados pela própria Ana Júlia.
“A verdade é que nesses três anos e alguns meses nós nunca participamos do governo”, define Jader, acrescentando haver grande diferença entre participar de um governo, opinar sobre políticas de governo e ter pessoas empregadas no governo. “O que tivemos foi apenas isso: pessoas empregadas no governo”. Pelo tamanho do PMDB no Estado, inclusive decidindo eleições nos últimos 16 anos, Barbalho entende que não interessa ao partido ter vinte ou trinta pessoas empregadas no governo, que não opinam, não interferem na administração onde atuam, e que teriam sido “esvaziadas” ao longo do tempo.
A dura lição, diz o deputado, poderia ser resumida da seguinte maneira: “mesmo novamente correndo atrás do PMDB em busca de apoio, o que a governadora e a ala que a cerca não irão fazer quando tiverem alcançado mais quatro anos de governo sem precisar da reeleição?”
Segundo Barbalho, o problema na relação com Ana Júlia não ocorreu somente com o PMDB, mas com o próprio partido da governadora, o PT, que possui “várias alas”. Para ele, há um grupo petista que controla o partido e outro que controla o governo.
Perguntado se no caso de não lançar sua candidatura ao governo iria apoiar o ex-governador tucano Simão Jatene, o deputado foi taxativo: “tenho um bom relacionamento com ele, mas não é só com ele, e sim com lideranças de todos os partidos”.
Diário do Pará
A governadora é acusada de não honrar os compromissos com seus aliados, sobretudo o PMDB, cujo apoio foi decisivo para acabar com a hegemonia de 12 anos do PSDB no poder estadual. Os peemedebistas receberam algumas secretarias de governo, mas os ocupantes alegam que eram penalizados com a falta de recursos e vigiados permanentemente por petistas indicados pela própria Ana Júlia.
“A verdade é que nesses três anos e alguns meses nós nunca participamos do governo”, define Jader, acrescentando haver grande diferença entre participar de um governo, opinar sobre políticas de governo e ter pessoas empregadas no governo. “O que tivemos foi apenas isso: pessoas empregadas no governo”. Pelo tamanho do PMDB no Estado, inclusive decidindo eleições nos últimos 16 anos, Barbalho entende que não interessa ao partido ter vinte ou trinta pessoas empregadas no governo, que não opinam, não interferem na administração onde atuam, e que teriam sido “esvaziadas” ao longo do tempo.
A dura lição, diz o deputado, poderia ser resumida da seguinte maneira: “mesmo novamente correndo atrás do PMDB em busca de apoio, o que a governadora e a ala que a cerca não irão fazer quando tiverem alcançado mais quatro anos de governo sem precisar da reeleição?”
Segundo Barbalho, o problema na relação com Ana Júlia não ocorreu somente com o PMDB, mas com o próprio partido da governadora, o PT, que possui “várias alas”. Para ele, há um grupo petista que controla o partido e outro que controla o governo.
Perguntado se no caso de não lançar sua candidatura ao governo iria apoiar o ex-governador tucano Simão Jatene, o deputado foi taxativo: “tenho um bom relacionamento com ele, mas não é só com ele, e sim com lideranças de todos os partidos”.
Diário do Pará
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