A Petrobras só não terá 30% da reserva de Libra, localizada na Bacia de Santos e que pode conter até 15 bilhões de barris de óleo equivalente, se o Congresso não aprovar o projeto de partilha de produção, afirmou o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, nesta segunda-feira.
Segundo ele, a possibilidade de a União decidir ficar com a área e explorá-la sozinha, que foi especulada por alguns veículos na mídia nos últimos dias, só existirá se a partilha não for aprovada pelos parlamentares.
"Se o Congresso Nacional aprovar, 30% é da Petrobras. Se o sistema não for aprovado, a União teria a possibilidade ou de explorar diretamente como monopólio da União ou poderia fazer o leilão. Mas isso se o projeto de partilha não for aprovado", afirmou Gabrielli a jornalistas após participar de evento em São Paulo.
"O projeto já foi aprovado na Câmara, já foi aprovado no Senado e está de volta à Câmara. Se votado e aprovado, e a discussão nem é a partilha, é a distribuição do royalty, se aprovado, a Petrobras terá 30%".
Movimentos de deputados e senadores buscando uma redistribuição dos royalties do petróleo, questão que foi incluída como emenda no projeto de partilha, atrasaram a tramitação da proposta.
O governo quer aprovar a partilha ainda este ano para poder iniciar em 2011 os leilões de áreas do pré-sal, sendo que Libra poderia ser o primeiro prospecto a ser ofertado.
O projeto estipula que a Petrobras será operadora única do pré-sal e que terá participação mínima de 30% nas áreas.
Na semana passada, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a votação do pré-sal ainda este ano é prioridade do governo.
Questionado sobre uma eventual sucessão na estatal, e se aceitaria continuar se recebesse um convite da presidente eleita Dilma Rousseff, Gabrielli se esquivou:
"Não vou comentar sobre isso. Isso é exclusivamente responsabilidade do presidente [da República]. Não vou fomentar nenhuma especulação".
A presidência da estatal, que já era um dos cargos mais poderosos no governo, cresceu em importância devido aos grandes investimentos previstos nos próximos anos para exploração do pré-sal.
Sobre esses investimentos, Gabrielli comentou que a porção relativa ao desenvolvimento das reservas de 5 bilhões de barris de óleo equivalente vendidas pela União à Petrobras, a chamada cessão onerosa, deverá custar um "pouco menos de US$ 10 bilhões".
Ele confirmou que a companhia precisará captar, até 2014, aproximadamente US$ 40 bilhões para fechar as contas, mesmo após a recente mega capitalização, mas não deu detalhes sobre como e quando isso será feito.
Disse apenas que deverá ser um terço via bancos comerciais, um terço com bancos de fomento e de investimento, e o terço restante por meio de bônus no mercado. "Existe um cronograma interno [para essas operações], mas não vamos anunciar. É captação de oportunidade de mercado".
O executivo comentou que a recente alta do petróleo representa, inicialmente, aumento de custo.
"Por incrível que pareça, no caso da Petrobras, o preço alto aumenta custo mais rápido que do que aumenta a receita. Diferentemente das empresas exportadoras de petróleo, o preço do petróleo subir rapidamente afeta primeiro o custo, e só depois vem afetar a receita".
"Portanto, ter uma aceleração rápida do preço do petróleo não é uma boa coisa no curto prazo para a Petrobras. No longo prazo, ele tende a flutuar na faixa que eu mencionei [US$ 65 a US$ 85 dólares], e portanto não vejo grandes impactos".
Por fim, Gabrielli comentou os projetos de alcoodutos no Centro-Oeste, confirmando que podem se tornar um só.
"Está em análise... Temos nosso projeto e há vários outros projetos em andamento, e é possível convergir para um projeto único. [Mas] nós não comentamos sobre negociações".
DA REUTERS
Fonte: folha.com
Segundo ele, a possibilidade de a União decidir ficar com a área e explorá-la sozinha, que foi especulada por alguns veículos na mídia nos últimos dias, só existirá se a partilha não for aprovada pelos parlamentares.
"Se o Congresso Nacional aprovar, 30% é da Petrobras. Se o sistema não for aprovado, a União teria a possibilidade ou de explorar diretamente como monopólio da União ou poderia fazer o leilão. Mas isso se o projeto de partilha não for aprovado", afirmou Gabrielli a jornalistas após participar de evento em São Paulo.
"O projeto já foi aprovado na Câmara, já foi aprovado no Senado e está de volta à Câmara. Se votado e aprovado, e a discussão nem é a partilha, é a distribuição do royalty, se aprovado, a Petrobras terá 30%".
Movimentos de deputados e senadores buscando uma redistribuição dos royalties do petróleo, questão que foi incluída como emenda no projeto de partilha, atrasaram a tramitação da proposta.
O governo quer aprovar a partilha ainda este ano para poder iniciar em 2011 os leilões de áreas do pré-sal, sendo que Libra poderia ser o primeiro prospecto a ser ofertado.
O projeto estipula que a Petrobras será operadora única do pré-sal e que terá participação mínima de 30% nas áreas.
Na semana passada, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a votação do pré-sal ainda este ano é prioridade do governo.
Questionado sobre uma eventual sucessão na estatal, e se aceitaria continuar se recebesse um convite da presidente eleita Dilma Rousseff, Gabrielli se esquivou:
"Não vou comentar sobre isso. Isso é exclusivamente responsabilidade do presidente [da República]. Não vou fomentar nenhuma especulação".
A presidência da estatal, que já era um dos cargos mais poderosos no governo, cresceu em importância devido aos grandes investimentos previstos nos próximos anos para exploração do pré-sal.
Sobre esses investimentos, Gabrielli comentou que a porção relativa ao desenvolvimento das reservas de 5 bilhões de barris de óleo equivalente vendidas pela União à Petrobras, a chamada cessão onerosa, deverá custar um "pouco menos de US$ 10 bilhões".
Ele confirmou que a companhia precisará captar, até 2014, aproximadamente US$ 40 bilhões para fechar as contas, mesmo após a recente mega capitalização, mas não deu detalhes sobre como e quando isso será feito.
Disse apenas que deverá ser um terço via bancos comerciais, um terço com bancos de fomento e de investimento, e o terço restante por meio de bônus no mercado. "Existe um cronograma interno [para essas operações], mas não vamos anunciar. É captação de oportunidade de mercado".
O executivo comentou que a recente alta do petróleo representa, inicialmente, aumento de custo.
"Por incrível que pareça, no caso da Petrobras, o preço alto aumenta custo mais rápido que do que aumenta a receita. Diferentemente das empresas exportadoras de petróleo, o preço do petróleo subir rapidamente afeta primeiro o custo, e só depois vem afetar a receita".
"Portanto, ter uma aceleração rápida do preço do petróleo não é uma boa coisa no curto prazo para a Petrobras. No longo prazo, ele tende a flutuar na faixa que eu mencionei [US$ 65 a US$ 85 dólares], e portanto não vejo grandes impactos".
Por fim, Gabrielli comentou os projetos de alcoodutos no Centro-Oeste, confirmando que podem se tornar um só.
"Está em análise... Temos nosso projeto e há vários outros projetos em andamento, e é possível convergir para um projeto único. [Mas] nós não comentamos sobre negociações".
DA REUTERS
Fonte: folha.com
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