quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Pará apresenta Ideb abaixo da média da região norte.


Estado teve dimunuição significativa na avaliação do Ensino Médio. Dados do Mec apontam que Pará está longe da meta nacional.


 
Pará apresenta Ideb abaixo da média da região norte
Ideb Pará PA Pará - O Ministério da Educação (Mec) divulgou nesta terça-feira (14) os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) referentes ao ano de 2011. O indicador é uma forma de monitorar a qualidade do ensino no país, avaliando o desempenho de alunos dos ensinos fundamental e médio a cada dois anos com notas que variam de zero a dez.

A meta nacional é que o Ideb do Brasil tenha média 6 até o ano de 2022, que equivale ao desempenho dos países desenvolvidos. Porém, as escolas do Pará ainda estão longe desta realidade.

    Olimpíada de Física será neste sábado
    Seduc pesquisa demandas de cursos técnicos para ensino médio
    Senai abre concurso público com vagas para Santarém
    Curso ajuda candidatos ao vestibular de Música da Uepa
    Ufopa promove debate sobre Comunicação e Ciência


O Ministério da Educação (Mec) divulgou nesta terça-feira (14) os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) referentes ao ano de 2011. O indicador é uma forma de monitorar a qualidade do ensino no país, avaliando o desempenho de alunos dos ensinos fundamental e médio a cada dois anos com notas que variam de zero a dez.

A meta nacional é que o Ideb do Brasil tenha média 6 até o ano de 2022, que equivale ao desempenho dos países desenvolvidos. Porém, as escolas do Pará ainda estão longe desta realidade.

Especialista critica falta de investimentos na educação do estado
Para Ronaldo Lima Araújo, doutor em educação da Universidade Federal do Pará, o desempenho abaixo da média registrado no estado já era esperado. "Em geral, o Ideb do Pará tem ficado abaixo da média nacional. É um problema da má qualidade da educação no Pará, resultado de um histórico da falta de compromisso com a educação", comenta.

Porém, para Araújo, a posição que o Pará ocupa no ranking nacional é inaceitável. "Não há justificativa para um estado que está entre os dez maiores geradores de riqueza do país ter um dos piores desempenhos na educação. Isso significa que geramos riqueza, mas não revertemos isto em bem estar para a população", explica.

Araújo aponta que a solução seria o estado fazer um trabalho para identificar o que causou o crescimento nos índices do ensino fundamental e o declínio do ensino médio, para que ocorra a aplicação de políticas públicas que melhorem o quadro geral do estado. Segundo ele, os problemas da educação no Pará são sérios, especialmente com relação ao ensino médio.

"Temos 100 mil jovens de 15 a 17 anos fora da escola, e cerca de 250 mil com os estudos atrasados, cursando séries anteriores. Só 100 mil alunos estão onde deveriam estar, e estes ainda tem uma educação de baixa qualidade. Isto é gravíssimo. A juventude está com o presente prejudicado e o futuro ameaçado", avalia o educador.

Estudantes reclamam da qualidade do ensino no Pará
A dona de casa Odete Costa está preocupada com o futuro do filho Jheymeson, de 15 anos. Ele estuda em um colégio público, e sofre com ausências de professores e desorganização. "Um dia desses eu fui até lá para saber as notas do meu filho, e ninguém sabia me dizer nada, porque nem as notas da primeira avaliação tinham sido lançadas", desabafa.

Jheymerson conta que nunca reprovou, mas sente dificuldades em algumas disciplinas, "especialmente as de exatas, como matemática, física e química", relata o estudante. Além disso, outro problema é a flata de estrutura: os bebedouros do colégio, por exemplo, não refrigeram a água, que é servida quente aos alunos.

A falta de investimentos já foi sentida na pele pela mãe do rapaz, que estudou no mesmo colégio nas turmas de Ensino para Jovens e Adultos (Eja). "Passei um ano inteiro sem professor de matemática", relembra a dona de casa.



Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário