17/01/2010
ESTELITA HASS CARAZZAI
da Agência Folha, em Curitiba
ANA FLOR
Enviado especial a Curitiba
Apesar do número crescente de crianças atendidas no país, a Pastoral da Criança viu o valor que recebe em doações cair em 2009. Fundada por Zilda Arns, a pastoral recebeu 23% a menos em doações do que em 2008. A maior queda foi na parte vinda de empresas privadas.
Veja imagens do velório de Zilda Arns
Envie o seu relato sobre o terremoto no Haiti
Brasil divulga telefones para vítimas do país
Veja especial sobre Zilda Arns
Veja a repercussão da morte de Zilda Arns
Leia íntegra da palestra que Zilda Arns preparou para apresentar no Haiti
Zilda Arns morreu na última terça-feira (12) no Haiti, vítima do terremoto que devastou o país. Financiada pelo dinheiro repassado por entidades públicas e privadas e por doações individuais, a pastoral recebeu cerca de R$ 9 milhões em 2009, contra R$ 11,7 milhões em 2008.
A queda nas doações, segundo a irmã Vera Lúcia Altoé, coordenadora nacional da Pastoral da Criança, é atribuída à crise financeira mundial, que reduziu o volume de doações de empresas tradicionalmente parceiras da instituição, como HSBC, Gol, Gerdau e Nestlé.
Apesar da queda nas doações, a receita da pastoral cresceu 20% entre 2008 e 2009, devido ao aumento dos repasses do Ministério da Saúde, o maior mantenedor da pastoral nos últimos anos. Só no ano passado, a pastoral recebeu R$ 33 milhões do órgão --o equivalente a 70% do total de recursos recebidos pela instituição.
Para este ano, a expectativa da Pastoral da Criança é que haja um leve aumento nas doações, devido à melhora no cenário econômico do país.
Com uma rede formada por 300 mil voluntários e cerca de 1,2 milhão de famílias atendidas, a pastoral tem contribuído com o governo federal na distribuição de alimentos para pessoas carentes em municípios de todo o país Na comunidade São Jorge, em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba (PR), todas as semanas, há dois anos, as lideranças da entidade distribuem verduras para cerca de cem famílias cadastradas.
Na última quinta-feira (14), a Folha acompanhou a distribuição de sacolas do programa Fome Zero do governo a 25 famílias, que são avisadas pelos voluntários das datas em que os alimentos estarão disponíveis. Com 26 anos de atuação, a pastoral atua em mais de 4.000 municípios do país --e o atendimento chega a 1,9 milhão de crianças e gestantes. Doações podem ser feitas por meio do site da entidade (www.pastoraldacrianca.org.br).
Velório
Ontem (16), até as 11 horas, cerca de 4.000 pessoas já haviam passado pelo velório da médica no Palácio das Araucárias (sede do governo estadual), em Curitiba. Além de caravanas de voluntários da pastoral, vindas de todo o país, também vieram à cerimônia a senadora e pré-candidata à Presidência pelo PV Marina Silva (AC), a representante do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Brasil, Marie-Pierre Poirier, e a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB).
Marina Silva comparou Zilda ao líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988, com quem conviveu no Acre. "Quando nós perdemos o Chico Mendes, sentimos uma sensação de desamparo muito grande, a mesma que sentimos com a perda da dona Zilda."
ESTELITA HASS CARAZZAI
da Agência Folha, em Curitiba
ANA FLOR
Enviado especial a Curitiba
Apesar do número crescente de crianças atendidas no país, a Pastoral da Criança viu o valor que recebe em doações cair em 2009. Fundada por Zilda Arns, a pastoral recebeu 23% a menos em doações do que em 2008. A maior queda foi na parte vinda de empresas privadas.
Veja imagens do velório de Zilda Arns
Envie o seu relato sobre o terremoto no Haiti
Brasil divulga telefones para vítimas do país
Veja especial sobre Zilda Arns
Veja a repercussão da morte de Zilda Arns
Leia íntegra da palestra que Zilda Arns preparou para apresentar no Haiti
Zilda Arns morreu na última terça-feira (12) no Haiti, vítima do terremoto que devastou o país. Financiada pelo dinheiro repassado por entidades públicas e privadas e por doações individuais, a pastoral recebeu cerca de R$ 9 milhões em 2009, contra R$ 11,7 milhões em 2008.
A queda nas doações, segundo a irmã Vera Lúcia Altoé, coordenadora nacional da Pastoral da Criança, é atribuída à crise financeira mundial, que reduziu o volume de doações de empresas tradicionalmente parceiras da instituição, como HSBC, Gol, Gerdau e Nestlé.
Apesar da queda nas doações, a receita da pastoral cresceu 20% entre 2008 e 2009, devido ao aumento dos repasses do Ministério da Saúde, o maior mantenedor da pastoral nos últimos anos. Só no ano passado, a pastoral recebeu R$ 33 milhões do órgão --o equivalente a 70% do total de recursos recebidos pela instituição.
Para este ano, a expectativa da Pastoral da Criança é que haja um leve aumento nas doações, devido à melhora no cenário econômico do país.
Com uma rede formada por 300 mil voluntários e cerca de 1,2 milhão de famílias atendidas, a pastoral tem contribuído com o governo federal na distribuição de alimentos para pessoas carentes em municípios de todo o país Na comunidade São Jorge, em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba (PR), todas as semanas, há dois anos, as lideranças da entidade distribuem verduras para cerca de cem famílias cadastradas.
Na última quinta-feira (14), a Folha acompanhou a distribuição de sacolas do programa Fome Zero do governo a 25 famílias, que são avisadas pelos voluntários das datas em que os alimentos estarão disponíveis. Com 26 anos de atuação, a pastoral atua em mais de 4.000 municípios do país --e o atendimento chega a 1,9 milhão de crianças e gestantes. Doações podem ser feitas por meio do site da entidade (www.pastoraldacrianca.org.br).
Velório
Ontem (16), até as 11 horas, cerca de 4.000 pessoas já haviam passado pelo velório da médica no Palácio das Araucárias (sede do governo estadual), em Curitiba. Além de caravanas de voluntários da pastoral, vindas de todo o país, também vieram à cerimônia a senadora e pré-candidata à Presidência pelo PV Marina Silva (AC), a representante do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Brasil, Marie-Pierre Poirier, e a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB).
Marina Silva comparou Zilda ao líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988, com quem conviveu no Acre. "Quando nós perdemos o Chico Mendes, sentimos uma sensação de desamparo muito grande, a mesma que sentimos com a perda da dona Zilda."
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