Rio de Janeiro Henrique Porto Da Redação
Intuição, ilusão e desafio são algumas das palavras utilizadas pelo publicitário e empresário Roberto Medina para, 25 anos depois, descrever o que ficou conhecido como o maior festival de música do Brasil e um dos maiores do mundo: o Rock in Rio. De lá para cá, o evento foi realizado mais duas vezes no Brasil (em 1991 e 2001) e ganhou cinco edições internacionais - três em Lisboa (2004, 2006 e 2008) e duas em Madri (2006 e 2008). As capitais portuguesa e espanhola, aliás, vão receber o festival mais uma vez em maio e junho deste ano.
Mas quando o Rock in Rio voltará para a terra natal? 'Acho que pode acontecer no final de 2011. Tomei essa decisão há um mês. Estamos debatendo a ideia. Mas um sentimento me diz que vai acontecer', reconhece o publicitário, que cita AC/DC, Shakira, Ivete Sangalo e Radiohead como alguns dos artistas.
Como surgiu a ideia de fazer um festival no Brasil?
Foi uma maluquice. Não existia nada parecido, nem aqui nem lá fora, que pudesse servir de referência. Foi pura intuição. Foram oito meses de trabalho lidando com dificuldades. Era uma época de transição entre o governo militar e a democracia, um momento em que a juventude queria ir para rua. Eu, como empresário de comunicação, achava que seria bom tentar ajudar nesse sentido. O Rock in Rio foi todo concebido em uma noite. Lembro de estar jantando em casa, inquieto. E, na manhã seguinte, a coisa toda já existia. E já se chamava Rock in Rio. Só que as pessoas não gostaram do nome. Diziam: 'Vai colocar uma palavra americana no meio? Melhor que seja Rock no Rio'. E eu respondi: 'Não estou perguntando a opinião de vocês. Estou apenas comunicando que vai se chamar assim' (risos). Nunca imaginei que o festival fosse receber 1,38 milhão de pessoas, que iria se transformar em um movimento nacional. Só tinha certeza que ia ser muito importante para o Rio.
Ivete Sangalo em Madri. O que houve com o 'rock' e com o 'Rio'?
Tivemos a sorte de desenvolver uma marca que ultrapassou um festival realizado há 25 anos e que virou produto de exportação. Estamos acostumados a ser importadores. Acho que essa é a primeira vez que o Brasil exporta uma marca. E isso é ótimo. Quanto à escalação dos artistas, há uma visão distorcida do Rock in Rio. Já na primeira edição tivemos uma grande variedade de gêneros: Elba Ramalho, George Benson, Al Jarreau, Ivan Lins, Ney Matogrosso, Gilberto Gil. Além do mais, em 1985, não tínhamos tantas bandas de rock assim. Então, precisávamos preencher a programação com música brasileira. O rock era apenas uma bandeira de comportamento. Um evento deste tamanho tem que ter a participação de uma enorme quantidade de pessoas. Para que isso aconteça, precisamos ser ecléticos. Senão, a conta não fecha. E acho que as pessoas já entenderam isso. Vejo o futuro do Rock in Rio também com uma tenda de jazz. Os espanhóis não curtem muito. Em Portugal, menos ainda. Mas, aqui no Brasil, existe esse universo. Dentro desse contexto, digo mais: se pudesse fazer um dia só para crianças, eu faria. Minha principal atração seria Hannah Montana. E ela não iria para as tendas não, e sim para o palco principal.
Para ver a matéria completa assine O Liberal Digital.
Intuição, ilusão e desafio são algumas das palavras utilizadas pelo publicitário e empresário Roberto Medina para, 25 anos depois, descrever o que ficou conhecido como o maior festival de música do Brasil e um dos maiores do mundo: o Rock in Rio. De lá para cá, o evento foi realizado mais duas vezes no Brasil (em 1991 e 2001) e ganhou cinco edições internacionais - três em Lisboa (2004, 2006 e 2008) e duas em Madri (2006 e 2008). As capitais portuguesa e espanhola, aliás, vão receber o festival mais uma vez em maio e junho deste ano.
Mas quando o Rock in Rio voltará para a terra natal? 'Acho que pode acontecer no final de 2011. Tomei essa decisão há um mês. Estamos debatendo a ideia. Mas um sentimento me diz que vai acontecer', reconhece o publicitário, que cita AC/DC, Shakira, Ivete Sangalo e Radiohead como alguns dos artistas.
Como surgiu a ideia de fazer um festival no Brasil?
Foi uma maluquice. Não existia nada parecido, nem aqui nem lá fora, que pudesse servir de referência. Foi pura intuição. Foram oito meses de trabalho lidando com dificuldades. Era uma época de transição entre o governo militar e a democracia, um momento em que a juventude queria ir para rua. Eu, como empresário de comunicação, achava que seria bom tentar ajudar nesse sentido. O Rock in Rio foi todo concebido em uma noite. Lembro de estar jantando em casa, inquieto. E, na manhã seguinte, a coisa toda já existia. E já se chamava Rock in Rio. Só que as pessoas não gostaram do nome. Diziam: 'Vai colocar uma palavra americana no meio? Melhor que seja Rock no Rio'. E eu respondi: 'Não estou perguntando a opinião de vocês. Estou apenas comunicando que vai se chamar assim' (risos). Nunca imaginei que o festival fosse receber 1,38 milhão de pessoas, que iria se transformar em um movimento nacional. Só tinha certeza que ia ser muito importante para o Rio.
Ivete Sangalo em Madri. O que houve com o 'rock' e com o 'Rio'?
Tivemos a sorte de desenvolver uma marca que ultrapassou um festival realizado há 25 anos e que virou produto de exportação. Estamos acostumados a ser importadores. Acho que essa é a primeira vez que o Brasil exporta uma marca. E isso é ótimo. Quanto à escalação dos artistas, há uma visão distorcida do Rock in Rio. Já na primeira edição tivemos uma grande variedade de gêneros: Elba Ramalho, George Benson, Al Jarreau, Ivan Lins, Ney Matogrosso, Gilberto Gil. Além do mais, em 1985, não tínhamos tantas bandas de rock assim. Então, precisávamos preencher a programação com música brasileira. O rock era apenas uma bandeira de comportamento. Um evento deste tamanho tem que ter a participação de uma enorme quantidade de pessoas. Para que isso aconteça, precisamos ser ecléticos. Senão, a conta não fecha. E acho que as pessoas já entenderam isso. Vejo o futuro do Rock in Rio também com uma tenda de jazz. Os espanhóis não curtem muito. Em Portugal, menos ainda. Mas, aqui no Brasil, existe esse universo. Dentro desse contexto, digo mais: se pudesse fazer um dia só para crianças, eu faria. Minha principal atração seria Hannah Montana. E ela não iria para as tendas não, e sim para o palco principal.
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