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Levantamento feito pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação (CNTE) diz que 17 Estados não pagam o novo piso nacional
dos professores, de R$ 1.451, e 18 não respeitam a jornada extraclasse, que
prevê que 33% do tempo de trabalho dos docentes sejam utilizados para
atividades como correção de provas, preparação de aulas, formação profissional,
entre outras.
De acordo com a entidade, os únicos Estados que cumprem a
Lei do Piso são Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará,
Pernambuco e São Paulo, além do Distrito Federal. Os sindicatos filiados à
CNTE, responsáveis pelo balanço, não conseguiram levantar informações sobre o
salário no Amazonas e no Rio de Janeiro.
O levantamento é diferente de outro divulgado na semana
passada pela Agência Brasil, baseado em informações das secretarias estaduais
de Educação. A reportagem apontou que são nove os Estados cujos docentes não
vão receber na folha de pagamento de março valor igual ou superior ao definido
pela lei.
Para cobrar o pagamento do novo piso, professores da rede
pública devem paralisar as atividades de quarta (14) a sexta-feira (16). Nesta
terça (13), a CNTE e suas entidades filiadas dão início à mobilização com um
'twittaço' usando a hashtag #Opisoelei.
A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determina um valor
mínimo que deve ser pago aos professores da rede pública com formação de nível
médio e carga horária de 40 horas semanais. Pelas regras, o piso deve ser reajustado
anualmente a partir de janeiro, tendo como critério o crescimento do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Entre 2011 e 2012, o
índice foi 22% e o valor passou de R$ 1.187 para R$ 1.451.
Para a CNTE, no entanto, o piso para este ano deveria ser de
R$ 1.937,26. A entidade considera, entre outros critérios, a atualização
monetária em 2009 (primeiro ano de vigência efetiva da lei) e a incidência de
60% para pagamento dos salários dos educadores, decorrente das complementações
da União feitas através das Medidas Provisórias 484/2010 e 485/2010.
Os sindicatos também cobram a adequação dos vencimentos dos
docentes à Lei do Piso. A remuneração, embora em alguns casos seja maior que o
piso, reúne gratificações e outros benefícios pagos aos professores.
Por
Estadão.edu, estadao.com.br
Promotoria
denuncia 35 por envolvimento na 'máfia da merenda'
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DE SÃO PAULO
Após quatro
anos de investigação, o Ministério Público de São Paulo denunciou (acusou
formalmente) 35 pessoas, entre elas 7 empresários e 20 executivos, suspeitos de
conluio para fraudar licitações da merenda escolar em várias prefeituras do
Estado, inclusive a de São Paulo.
A
"máfia da merenda", como foi chamado o grupo, é acusado pelos crimes
de formação de cartel, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, formação
de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Segundo a
Promotoria, as empresas eram beneficiadas nas licitações e, em troca, pagavam
uma porcentagem a funcionários municipais, além de emitir notas fiscais falsas.
Além dos
empresários e executivos, foram denunciados "testas de ferro" (quem
empresta o nome para encobrir o de outro), dois advogados e o secretário
municipal de Saúde, Januário Montone. Ele é acusado de ter recebido R$ 600 mil
de propina quando era secretário estadual de Gestão, em 2007.
A denúncia,
oferecida na quarta-feira (7), ainda não foi apreciada pela Justiça. Caso seja
aceita, será aberto processo criminal contra os acusados.
Foram
denunciados os empresários Eloíso Afonso Gomes Durães, da SP Alimentação;
Valdomiro Francisco Coan e Geraldo João Coan, da J. Coan; Marco Aurélio Ribeiro
da Costa, da Sistal; Sérgio de Nadai e Fabricio Arouca de Nadai, da Convida, e
Ignácio de Moraes Junior, da Nutriplus.
Três
nutricionistas do Departamento de Merenda Escolar do Estado também vão
responder a processo criminal.
Todos os
envolvidos negam as acusações.
ESQUEMA
A Promotoria
aponta que o esquema começou em 2001, era sofisticado e contava com líder,
secretário, tesoureiro e pessoas responsáveis pela corrupção de funcionários
públicos.
Segundo a
denúncia, os empresários utilizavam códigos para contabilizar os pagamentos
ilegais a esses funcionários, inclusive de outros Estados, bem como a várias
empresas "fantasmas".
Além do
esquema na merenda, é atribuído aos acusados o financiamento irregular de
campanhas políticas em vários Estados.
Cai
Romero Jucá
Romero Jucá ocupa o cargo há mais de 12 anos –
desde o governo Fernando Henrique Cardoso, passando pelos oito anos do governo
Lula e este primeiro ano de Dilma Rousseff.
A saída de Jucá abala o grupo que comanda o Senado há muitos anos, do
qual fazem parte o presidente da Casa, José Sarney, o líder da bancada do PMDB,
Renan Calheiros, e o vice-presidente do PMDB, Valdir Raupp, agora reforçado com
a chegada de Jader Barbalho ao Senado.
Desde o
início do atual legislatura, foi formado no Senado um grupo de dissidentes da
bancada do PMDB, chamado “Grupo dos Oito”, que resiste à liderança de Sarney e
Renan sobre a bancada. Neste grupo, estão, além de Eduardo Braga, os senadores
Ricardo Ferraço, Luiz Henrique, Vital do Rego, Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos
e Roberto Requião.
Por
Cristiana Lôbo |categoria Todas
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