Em seu último discurso antes da renúncia, o
papa Bento 16 prometeu aos cardeais "obediência incondicional" ao
novo pontífice, a ser escolhido em meados de março. Ele também agradeceu o
apoio dos sacerdotes no período em que comandou a Igreja Católica.
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Bento 16 deixará o cargo nesta quinta-feira,
após dizer que sairia do comando do Vaticano no último dia 11. Ele deverá
deixar o Vaticano em um helicóptero para a residência de verão de Castel
Gandolfo, onde passará alguns meses antes de ir à clausura em um convento
dentro da cidade-estado.
Reprodução/Globo News
Papa Bento 16 falou a cerca de 100 cardeais
durante audiência na Sala Clementina
Em comunicado, o decano do Colégio de
Cardeais, Angelo Soldano, agradeceu em nome dos sacerdotes pela gratidão demonstrada
pelo papa e o exemplo que representou durante seus oito anos de pontificado. Na
entrada do evento, Bento 16 foi aplaudido pelos cardeais.
Após a saudação, o papa agradeceu o apoio dos
sacerdotes durante os últimos oito anos. "Continuarei perto de vocês em
oração, especialmente nos próximos dias quando vocês elegerão o novo papa, a
quem hoje declaro minha incondicional reverência e obediência".
O pontífice ainda pediu a união da Igreja
Católica e o trabalho conjunto "como uma orquestra" para alcançar a
concordância e a harmonia.
Ele disse que, nos últimos oito anos, houve
momentos de "luz radiante" e "algumas nuvens que escureceram o
céu". "Nós tentamos servir a Cristo e sua igreja", disse.
O papado de Bento 16 foi marcado por
escândalos de abuso sexual e pedofilia, vazamento de documentos privados e
informações de brigas entre integrantes de seu círculo íntimo. As crises são
apontadas como uma das causas da renúncia, a primeira em 600 anos.
Bento 16 deverá deixar o palácio papal pela
última vez por volta das 17h locais (13h em Brasília). Ele seguirá para a
residência de verão do Vaticano, em Castel Gandolfo, a 30 km de Roma.
A partir das 20h (16h em Brasília), será
declarada a vacância do cargo, abrindo caminho para o conclave. O símbolo da
saída do papa será o fechamento das portas do palácio papal e a folga da Guarda
Suíça, que garante a segurança do pontífice.
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
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