Belém 21 de Agosto de 2009 BUSCA:
Vinte anos sem Raul Seixas
Ana Peres
Da Redação
O Maluco Beleza era ele próprio. O título de uma das canções mais famosas de Raul Seixas acabou se transformando em uma definição do cantor baiano, que gostava de cultivar uma barba estranha e o aspecto de bruxo e que morreu prematuramente aos 44 anos de idade, no dia 21 de agosto de 1989, vítima de uma parada cardíaca provocada pela pancreatite da qual sofria há dez anos. Os problemas de saúde do artista eram, em parte, decorrentes do abuso de bebidas alcoólicas. Em todo o Brasil, está prevista uma vasta programação para lembrar os 20 anos sem o artista. Em Belém, acontece o show 'O Dia em que Belém Parou', uma alusão ao álbum 'O Dia em que a Terra Parou', o décimo LP de Raul, lançado em 1977.
No show, amanhã, a partir das 21h, no ginásio do Sesc, na Doca, o cantor e compositor paraense Sérgio Leite faz um tributo ao autor de 'Gita', 'Metamorfose Ambulante', 'Sociedade Alternativa', 'Tente outra Vez', 'Medo da Chuva' e tantos outros sucessos que marcaram toda uma geração. 'Curto Raul desde a minha adolescência. Não só pelas músicas, mas pelas letras das canções dele. Fiquei tão fascinado pelas coisas que o Raul escrevia que passei a pesquisar sobre a vida dele, queria saber de onde vinha a inspiração para aquelas letras', contou Sérgio Leite, que passou a fazer cover do artista, em Belém, e gaba-se de ter uma voz semelhante à do ídolo. No show 'O Dia em que Belém Parou', além de cantar, Leite vai contar histórias e curiosidades da vida de Raul Seixas e exibir um vídeo sobre o cantor.
Raul Seixas nasceu na Bahia, em 1945. Fã de Elvis Presley, começou a seguir os passos do ídolo ainda na adolescência. Aos 17 anos fundou com dois amigos o grupo 'Relâmpagos do Rock', que dois anos mais tarde passaria a se chamar 'The Panters' e depois 'Raulzito e Os Panteras'. Apresentava-se de topete e camisa vermelha com as golas viradas para cima. O grupo, no entanto, se desfez quando Raul, que odiava a escola, decidiu largar tudo e prestar vestibular para a Faculdade de Direito, onde tirou um dos primeiros lugares. Anos mais tarde, o roqueiro diria que a decisão foi para provar à família 'como era fácil isso de estudar'. Por pura falta de interesse ele havia repetido cinco vezes a segunda série do ginásio. A fase 'careta' durou pouco. Em 1967, Raul retomou a parceria com 'Os Panteras' e dali por diante não pararia mais de cantar. A popularidade, no entanto, só viria em 1972, já engatinhando uma carreira solo, no VII Festival Internacional da Canção, com a classificação de 'Let me sing, Let me sing' entre as finalistas.
Fonte: O Liberal
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