Em dois anos, Marabá deve ultrapassar Santarém
August 13th, 2009
Se nada de novo acontecer para alavancar a economia da região Oeste do Pará, em dois anos a cidade de Marabá deverá ultrapassar Santarém. Em tamanho, porque em importância, a cidade pólo do Sul do Pará já se iguala a tricentenária “capital” do Baixo Amazonas. O Sul do Pará é hoje uma potência em termos de crescimento. Novos investimentos, empresas se instalando, cenário bem diferente do Oeste do Estado, onde o único grande projeto em curso, o da Alcoa, já está em fase de desmobilização do canteiro de obras.
Segundo um diretor da Vale ouvido pelo blog, o Produto Interno Bruto da região Sul do Pará deve crescer nos próximos anos na casa dos 18% ao ano. A mineradora é a grande responsavel por este crescimento. A Vale está construindo uma siderúrgica em Marabá que vai empregar mais de 80 mil pessoas. E isso está atraindo muitos outros investimentos para aquela região. As eclusas de Tucuruí também vão dar um upgrade na região.
Enquanto isso, no Oeste do Pará, as cidades vivem o crescimento da pobreza e da miséria. O maior segmento econômico, o madeireiro, está praticamente falido. As mineradoras existentes na região retiram o minério para industrializá-lo em outras regiões. E não existe nem plano para, um dia, transformar a região em pólo industrial.
Aliás, para isso, deu importante constribuição o ex-governador Simão Jatene, quando criou uma reserva ecológica intocável encima da maior jazida de bauxita do planeta. A mineradora Rio Tinto já estava concluindo a pesquisa mineral na região de Monte Alegre e Alenquer. O plano da empresa era construir uma mina e uma usina de alumina. Plano devidamente sepultado por Jatene e sua reserva gigantesca.
A transformação do oeste do Pará em exemplo de economia sustentável não passou de falácia. E, segundo economistas ouvidos pelo blog, os investimentos capazes de gerarem algum desenvolvimento para a região são a construção das usinas hidrelétricas nos rios Xingu e Tapajós. E o asfaltamento das rodovias federais Transamazônica e Santarém-Cuiabá. Obras muito distantes da realidade
Fornte: Paulo Leandro
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