Festas em balneários regadas a cervejas e mulheres. Dias inteiros trancados em um quarto de hotel sem nada para fazer. Cervejadas em praça pública. Orgias em hotéis e festas em boates. O roteiro bem que parece o de um grupo de homens jovens curtindo as férias adoidado, mas se trata de um grupo de integrantes das polícias consideradas da mais alta elite do Brasil: a Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança, juntamente com fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A farra animalesca acontece na região da Transamazônica, onde mais de 90 agentes da PF, da Força Nacional e do Ibama realizam a Operação Arco de Fogo, criada ano passado pelo governo federal para coibir o desmatamento ilegal na Amazônia. O uso da estrutura pública (veículos, combustíveis e diárias) para farras deste tipo já é comum na história da Arco de Fogo. Ano passado, um grupo de policiais federais foi flagrado numa farra com bebidas em um clube particular em Altamira.
Desta vez não foi diferente. A operação montou uma base em Uruará desde o dia 11 de março e desde então mostrou poucos resultados além de farras e arbitrariedades, A reportagem do site ecoamazônia passou um final de semana em Uruará acompanhando as peripécias dos agentes federais e flagrou atos capazes de envergonhar o mais desavergonhado dos agentes públicos. Num destes casos, um grupo de agentes foi flagrado bebendo cerveja em plena praça central da cidade, em uma viatura que foi alugada pelo governo para a operação.
A caminhonete modelo L200 branca de placas HJJ 6138 estacionou no final da tarde de sexta-feira, dia 19, em plena praça e os agentes que estavam no veículo desceram e começaram a tomar as cervejas que estavam em uma caixa de isopor na carroceria do veículo. Foram mais de duas horas de bebedeira, sem que eles tivessem qualquer pudor em esconder o que estavam fazendo. Quando a cerveja acabou, os agentes entraram no veículos, alcoolizados, e saíram pelas ruas da cidade. Como não apareceu o "amigo da rodada", é óbvio que o veículo alugado para a polícia foi dirigido por um motorista bêbado.
Mas a noite ainda era pequena para a turma do arromba. Na mesma sexta-feira, por volta das 22:30, o mesmo veículo já estava rodando pelas ruas da cidade. Desta vez os agentes não pararam em nenhuma praça para se embebedarem, mas estavam à caça. Não, eles não estavam caçando bandidos, traficantes de alta periculosidade nem mesmo um ladrãozinho pé de chinelo. Estavam em busca de mulheres para satisfazerem seus apetites sexuais. Em frente à praça, no meio da rua, abordaram uma moça que entrou no carro e foi levada para um hotel localizado em frente ao Mercado Municipal, onde outros agentes estavam hospedados, aguardando a "presa" da noite. De lá, a mulher só saiu de madrugada.
A entrada e saída de mulheres dos quartos é comum nos hotéis onde os agentes estão hospedados. Nos hotéis Dallas e Amazônia, onde está a maior parte dos agentes, funcionários confirmaram a movimentação de "meninas", ou namoradas dos agentes. Muitas vezes, apenas uma namorada para vários agentes, o que dá uma idéia do que acontece nos quartos cujos custos de hospedagens são pagos pela União.
Se estes fatos já não fossem suficientes para desmoralizar uma operação que nasceu morta - já que não apresentou resultados concretos até o momento - há ainda situações mais escabrosas. Como o toour que a turma da Arco de Fogo tem feito nos balneários da região. Nos dois últimos domingos, por exemplo, eles pegaram uma mini van que também está locada para a polícia, mais alguns veículos, e foram aproveitar a vida em um balneário localizado no município de Medicilândia. Novamente, a farra foi regada a muita cerveja, o combustível que parece alimentar a vontade insaciável de farrear destes agentes que deixaram seus estados e vieram para a Transamazônica com duas certezas na cabeça: que o povo da região é bandido e que eles estão em uma viagem de turismo de aventura onde podem fazer farra, beber e namorar ao custo do contribuinte. E nas horas vagas ainda podem brincar de rambo, com suas metralhadoras e armas de grosso calibre.
Abuso de autoridade e prejuízos comerciais
Se não bastasse o estilo de vida sodomita adotado pelos agentes da Operação Arco de Fogo na Transamazônica, a atuação é marcada por abuso de autoridade e de prejuízos causados à economia do município de Uruará e à toda a região. Há diversos relatos de truculência feitos à reportagem por pessoas que sofreram na pele o abuso dos agentes, mas não denunciaram os casos com medo de represálias.
Um destes casos é de um homem que foi agredido em plena via pública, sem qualquer motivo. Ele levou alguns tapas em empurrões dos agentes da Polícia Federal. O fato já é público em Uruará, mas a vítima pediu para não ter a identidade revelada pela reportagem. Um outro homem teve o quintal de sua casa invadido pelos agentes, que estavam à sua procura. Os abusos continuam. Os policiais apreenderam vários caminhões que não transportavam qualquer carga, mas apenas por terem carrocerias madeireiras.
Além disso, há o impedimento ilegal ao desenvolvimento das atividades das empresas florestais. Os agentes da Arco de Fogo mandaram várias indústrias paralisarem as suas atividades sem qualquer justificativa até que eles autorizassem novamente o funcionamento. Ou seja, a operação se tornou polícia, promotor e juiz ao mesmo tempo e faz um julgamento sumário, sem direito à defesa. Empresas que ficaram paralisadas tiveram prejuízos milionários e não sabem de quem cobrar esta conta.
Enquanto isso, a economia definha. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruará, Rubens Rodrigues Jorge, informou que o movimento no comércio teve uma forte queda após o início da operação. Segundo ele, isso gera desemprego e como conseqüência caos social. "O setor madeireiro responde por 40% da economia e geração de emprego no município", disse o empresário, destacando que os casos de delitos aumentou mais de 30% no município desde que o setor passou a sofrer restrições para trabalhar.
Enquanto a população perde o emprego e sofre com a miséria, os custos do governo com a mega-operação não param de crescer. A reportagem apurou que só com diárias para os agentes são gastos mais de 15 mil reais por dia. Ainda têm os custos com aluguem de veículos, hospedagem, combustível, alimentação, etc. Um custo milionário com uma operação que cada vez mais fica marcada por abuso, arbitrariedades, e pouco ou nenhum resultado sobre o índice de desmatamento na Amazônia. Em resumo: absurdamente cara e absolutamente desnecessária.
Fonte: Redacão Ecoamazônia
A farra animalesca acontece na região da Transamazônica, onde mais de 90 agentes da PF, da Força Nacional e do Ibama realizam a Operação Arco de Fogo, criada ano passado pelo governo federal para coibir o desmatamento ilegal na Amazônia. O uso da estrutura pública (veículos, combustíveis e diárias) para farras deste tipo já é comum na história da Arco de Fogo. Ano passado, um grupo de policiais federais foi flagrado numa farra com bebidas em um clube particular em Altamira.
Desta vez não foi diferente. A operação montou uma base em Uruará desde o dia 11 de março e desde então mostrou poucos resultados além de farras e arbitrariedades, A reportagem do site ecoamazônia passou um final de semana em Uruará acompanhando as peripécias dos agentes federais e flagrou atos capazes de envergonhar o mais desavergonhado dos agentes públicos. Num destes casos, um grupo de agentes foi flagrado bebendo cerveja em plena praça central da cidade, em uma viatura que foi alugada pelo governo para a operação.
A caminhonete modelo L200 branca de placas HJJ 6138 estacionou no final da tarde de sexta-feira, dia 19, em plena praça e os agentes que estavam no veículo desceram e começaram a tomar as cervejas que estavam em uma caixa de isopor na carroceria do veículo. Foram mais de duas horas de bebedeira, sem que eles tivessem qualquer pudor em esconder o que estavam fazendo. Quando a cerveja acabou, os agentes entraram no veículos, alcoolizados, e saíram pelas ruas da cidade. Como não apareceu o "amigo da rodada", é óbvio que o veículo alugado para a polícia foi dirigido por um motorista bêbado.
Mas a noite ainda era pequena para a turma do arromba. Na mesma sexta-feira, por volta das 22:30, o mesmo veículo já estava rodando pelas ruas da cidade. Desta vez os agentes não pararam em nenhuma praça para se embebedarem, mas estavam à caça. Não, eles não estavam caçando bandidos, traficantes de alta periculosidade nem mesmo um ladrãozinho pé de chinelo. Estavam em busca de mulheres para satisfazerem seus apetites sexuais. Em frente à praça, no meio da rua, abordaram uma moça que entrou no carro e foi levada para um hotel localizado em frente ao Mercado Municipal, onde outros agentes estavam hospedados, aguardando a "presa" da noite. De lá, a mulher só saiu de madrugada.
A entrada e saída de mulheres dos quartos é comum nos hotéis onde os agentes estão hospedados. Nos hotéis Dallas e Amazônia, onde está a maior parte dos agentes, funcionários confirmaram a movimentação de "meninas", ou namoradas dos agentes. Muitas vezes, apenas uma namorada para vários agentes, o que dá uma idéia do que acontece nos quartos cujos custos de hospedagens são pagos pela União.
Se estes fatos já não fossem suficientes para desmoralizar uma operação que nasceu morta - já que não apresentou resultados concretos até o momento - há ainda situações mais escabrosas. Como o toour que a turma da Arco de Fogo tem feito nos balneários da região. Nos dois últimos domingos, por exemplo, eles pegaram uma mini van que também está locada para a polícia, mais alguns veículos, e foram aproveitar a vida em um balneário localizado no município de Medicilândia. Novamente, a farra foi regada a muita cerveja, o combustível que parece alimentar a vontade insaciável de farrear destes agentes que deixaram seus estados e vieram para a Transamazônica com duas certezas na cabeça: que o povo da região é bandido e que eles estão em uma viagem de turismo de aventura onde podem fazer farra, beber e namorar ao custo do contribuinte. E nas horas vagas ainda podem brincar de rambo, com suas metralhadoras e armas de grosso calibre.
Abuso de autoridade e prejuízos comerciais
Se não bastasse o estilo de vida sodomita adotado pelos agentes da Operação Arco de Fogo na Transamazônica, a atuação é marcada por abuso de autoridade e de prejuízos causados à economia do município de Uruará e à toda a região. Há diversos relatos de truculência feitos à reportagem por pessoas que sofreram na pele o abuso dos agentes, mas não denunciaram os casos com medo de represálias.
Um destes casos é de um homem que foi agredido em plena via pública, sem qualquer motivo. Ele levou alguns tapas em empurrões dos agentes da Polícia Federal. O fato já é público em Uruará, mas a vítima pediu para não ter a identidade revelada pela reportagem. Um outro homem teve o quintal de sua casa invadido pelos agentes, que estavam à sua procura. Os abusos continuam. Os policiais apreenderam vários caminhões que não transportavam qualquer carga, mas apenas por terem carrocerias madeireiras.
Além disso, há o impedimento ilegal ao desenvolvimento das atividades das empresas florestais. Os agentes da Arco de Fogo mandaram várias indústrias paralisarem as suas atividades sem qualquer justificativa até que eles autorizassem novamente o funcionamento. Ou seja, a operação se tornou polícia, promotor e juiz ao mesmo tempo e faz um julgamento sumário, sem direito à defesa. Empresas que ficaram paralisadas tiveram prejuízos milionários e não sabem de quem cobrar esta conta.
Enquanto isso, a economia definha. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruará, Rubens Rodrigues Jorge, informou que o movimento no comércio teve uma forte queda após o início da operação. Segundo ele, isso gera desemprego e como conseqüência caos social. "O setor madeireiro responde por 40% da economia e geração de emprego no município", disse o empresário, destacando que os casos de delitos aumentou mais de 30% no município desde que o setor passou a sofrer restrições para trabalhar.
Enquanto a população perde o emprego e sofre com a miséria, os custos do governo com a mega-operação não param de crescer. A reportagem apurou que só com diárias para os agentes são gastos mais de 15 mil reais por dia. Ainda têm os custos com aluguem de veículos, hospedagem, combustível, alimentação, etc. Um custo milionário com uma operação que cada vez mais fica marcada por abuso, arbitrariedades, e pouco ou nenhum resultado sobre o índice de desmatamento na Amazônia. Em resumo: absurdamente cara e absolutamente desnecessária.
Fonte: Redacão Ecoamazônia
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