27/10/2009
Líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN) vai procurar, nesta terça (27), o presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP).ABrDeseja agendar ainda para esta semana um encontro PMDB-PT. Para quê? Quer apressar o acerto dos palanques estaduais.
Henrique identificou uma movimentação subterrânea de Orestes Quércia, o presidente do PMDB-SP.
Fechado com o tucano José Serra, Quércia move-se para torpedear o pré-acordo em que o pedaço governista do PMDB comprometeu-se a apoiar Dilma Rousseff.
“O Quércia está se mexendo. E nós queremos dar tranquilidade aos nossos companheiros nos Estados. Por isso, precisamos nos definir”.
Henrique acrescenta: “O Quércia reclama do apoio a Dilma. Mas faz campanha aberta para o Serra no PMDB...”
“...O movimento do Quércia é inconsequente, incoerente e ilógico. Com a filiação do Henrique Meirelles, o PMDB passou a ter sete ministros no governo...”
“...Como é que nós poderíamos apoiar um candidato que faz oposição a um governo do qual o PMDB participa de forma tão categórica?”
Entre os diretórios do PMDB que pendem para Serra, Henrique trata como casos perdidos apenas dois: São Paulo, de Quércia; e Pernambuco, de Jarbas Vasconcelos.
Acha que noutras praças –Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, por exemplo— o jogo ainda não está jogado.
O problema é que, enquanto o PT diz coisas definitivas sem definir as coisas, Quércia se mexe. Tocou o telefone, por exemplo, para Germano Rigotto.
Uma das opções do PMDB para a disputa do governo gaúcho, Rigotto encontrara-se, dias atrás, com o candidato do PT, Tarso Genro.
Numa escala de zero a dez, a chance de uma coligação do PMDB de Rigotto com o PT de Tarso é de menos 11.
Mas o ministro petista da Justiça é adepto da fórmula dos múltiplos palanques estaduais pró-Dilma.
Ao pressentir a atmosfera de quebra de gelo, Quércia pôs-se em movimento. Faz o mesmo em outras praças. Daí a pressa do PMDB nacional.
Escrito por Josias de Souza às 06h17
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