sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Serra recebe PMDB de SP para aliança

Sexta-feira, 30/10/2009, 06:55h

O PMDB paulista reuniu-se ontem com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), para declarar oficialmente apoio ao tucano numa eventual candidatura à Presidência da República. Liderados pelo presidente estadual, ex-governador Orestes Quércia, 62 dos 65 prefeitos da legenda no Estado apareceram na sede do governo paulista. A bancada de deputados estaduais peemedebistas também engrossou o coro da aliança.

O encontro ocorreu num momento em que lideranças do partido tentam organizar um levante contra o acordo fechado neste mês entre o PMDB nacional e o PT para apoiar a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). O presidente da sigla, Michel Temer (PMDB-SP), pleiteia a vaga de vice na chapa de Dilma.

“Houve uma precipitação daqueles que anunciaram essa união e começa a haver reações. Essa aliança de um grupo do PMDB com a ministra Dilma não foi baseada em nenhuma discussão. É uma aliança pragmática demais, em torno de cargos”, reagiu Quércia.

A aliança do PMDB paulista com Serra foi costurada ainda no ano passado. Em troca, Quércia quer ter garantida uma vaga para disputar o Senado.

O peemedebista não escondeu o objetivo da reunião. “É uma demonstração da aliança do PMDB com o Serra, o PSDB e o DEM em São Paulo, cujo objetivo maior é a candidatura do Serra à Presidência da República. Claro que não se tratou isso dessa forma, foi uma reunião administrativa, mas evidente que tem aspectos políticos”.

Serra tratou a conversa como “político-administrativa”. “Os prefeitos pediram uma visita para discutir assuntos político-administrativos”. Foi a primeira vez que o tucano recebeu apoio de todo o exército da legenda aliada em São Paulo. Até então, as demonstrações eram apenas de forma isolada e vindas especialmente de Quércia.

O ex-governador assegurou que, se Serra for o candidato a presidente, todos os prefeitos do PMDB trabalharão para elegê-lo, independentemente, da orientação nacional do partido. “A força do partido toda estará com o Serra e com o candidato do PSDB a governador”. Segundo ele, o único cenário em que a legenda paulista pode não apoiar o tucano é se o partido lançar candidato próprio à Presidência.

Quércia comentou que novas demonstrações de apoio a Serra deverão ocorrer pelo País. No dia 21 de novembro, o PMDB contrário ao apoio à candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará um ato no Paraná, capitaneado pelo governador Roberto Requião

INDEFINIÇÃO TUCANA

O governador de Minas, Aécio Neves, que disputa a indicação junto com Serra para disputar a presidência da República afirmou ontem que está à disposição do seu partido para apresentar uma proposta “renovadora e ousada” para o País. Mas garantiu que respeitará a decisão do PSDB caso a legenda entenda que a candidatura do governador paulista é mais competitiva do que a dele. “O partido tem que respeitar minha posição para garantir um palanque forte em Minas para o governo do Estado e também para a Presidência da República”, afirmou, justificando sua decisão de estabelecer um prazo limite para a definição da candidatura.

(SP/ABr)

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