Estudo publicado pela revista “Conservation Letters” aponta que o êxodo rural na Amazônia não significa necessariamente uma redução da exploração descontrolada de seus recursos naturais.
Analisando um grupo de municípios no interior do Amazonas, os autores Luke Parry, da Universidade de Lancaster, na Inglaterra, Carlos Peres, da Universidade de East Anglia, e Silvana Amaral, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), relatam que houve uma queda de cerca de 33% na extensão com população permanente nos rios, mas não na exploração comercial da floresta.
Dados oficiais e trabalho de campo mostraram que há extração de recursos naturais a até 800 km após o último assentamento permanente. O estudo inclui diferentes tipos de extrativismo: de ouro, madeira, animais, castanhas e piaçava. Os “exploradores” podem ter origem nas cidades mais próximas ou até em outros estados, enfrentando longos deslocamentos.
O estudo aponta uma mudança no perfil de ocupação da Amazônia nos últimos 25 anos - as maiores concentrações populacionais que ainda crescem se encontram a até 300 km dos centros urbanos, enquanto o “interior profundo” perde habitantes progressivamente. (G1)
Por: O Estado do Tapajos
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